quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O fácil vício em jogos - Parte 1

Por Apoka.


Uma das minhas características - talvez - mais problemáticas é o fato de viciar facilmente em algum jogo e, após um certo tempo, sem nem tê-lo zerado, simplesmente esquecer do jogo. E não é só tê-lo esquecido, mas nunca mais conseguir voltar a jogá-lo... Pelo menos não como era da primeira vez.


Pois bem, meu primeiro post útil no blog é sobre aqueeele vício tão bom que passa tão rápido. No desenvolver do post vou tentar ir me lembrando de vários jogos em que já estive viciado por dias, semanas, ou meses. E, para a minha imagem, prefiro ocultar os piores vícios (err).


Neste "capítulo" falarei sobre os MMORPGs em que já estive viciado. Aproveite a leitura.



Os MMORPGs


"Pôxa, Apoka, vício em MMORPGs?" Confesso que já fui um viciado e até hoje ainda gosto bastante de MMORPGs, e a minha lista é grande, que mais parecerá uma lista de recomendações.


"Querido diário, comecei hoje a jogar FlyFF. /eee"


Screenshot de FlyFF


Vamos começar a jornada com um simpático jogo de visual fantasioso e um tanto infantil: FlyFF, ou Fly For Fun.


Entre o pessoal do IRC, alguns já jogavam bem antes de mim, e os comentários me animaram bastante pra entrar na nova moda do canal. Comecei a jogar dia 30/04/2006, com um velho amigo, Brant, que parece ter sido o único que realmente se animou pra jogar, além de ser o único que tinha paciência e internet para baixar o jogo e um computador que o rodasse tão bem. Não que seja um jogo com requisitos pesados, mas não rodaria muito bem num computador que tenha 256MB de memória RAM e uma placa de vídeo onboard, por exemplo.


Sobre o jogo, FlyFF é um tanto divertido. Possui bons gráficos e animações, além de a experiência de jogar em grupo (party) é bem melhor que a de vários jogos, contando com diversas funções para o tempo em que você permanecesse caçando junto com seu grupo, como mais chance de encontrar itens raros, mais danos quando se ataca junto com o líder do grupo, e entre outras. E claro, FlyFF é bem conhecido pelo seu sistema de vôo em pranchas ou vassouras, com um sistema de combate muito bem feito. Mas como qualquer jogo, FlyFF tinha seus defeitos, muitos pelos quais me fizeram desistir do jogo. O jogo possui poucas quests, e a grande maioria baseia-se apenas em passar horas e horas guardando itens difíceis de serem adquiridos, matando monstros. Possui uma característica que estragam muitos MMOs; caso você quisesse realmente adquirir um nível alto de experiência, teria que perder passar muitas horas do dia na mesma rotina: matando os mesmos monstros, o que deixava o jogo (e todos os semelhantes) extremamente chato, sendo que a partir do lvl 40, o monstro mais forte que você consegue vencer, te dá apenas 0,6% de experiência. Outra grande dificuldade era arranjar dinheiro e bons itens, já que você tem que depender da sorte para cair um bom item dos monstros, e os itens vendidos pelos jogadores são sempre caríssimos (mesmo os equipamentos para lvl 15 custam mais de 500,000 Penyas, a moeda do jogo), mas bem... Nada que um bom amigo rico não resolva.


"Querido diário, parei de jogar FlyFF... :( ...Agora jogo Grand Chase! (???)"


Hoje em dia eu nem consigo explicar como pude largar FlyFF para jogar algo como... Grand Chase (hoje em dia acho que o jogo é ridículo) , mas bem, todo mundo tem suas falhas, alguns em abundância, como eu.


Dia 01/07/2006 Kyrio (Forbidden Fox, ou Naoki) traz uma novidade pro canal... Um MMOG (não, eu não considero Grand Chase como um MMORPG, apesar de os atributos serem iguais aos de um RPG) que lembrava Smash Bros e Digimon Rumble Arena, da LevelUP! Games: Grand Chase.Screenshot de Grand Chase


Se eu não me engano, eu, Kyrio e o Brant fomos quem mais viciou nesse jogo. E aproveitando para falar sobre o jogo... Grand Chase tem suas semelhanças a certos jogos dos consoles (mencionados acima), e baseia-se em reunir a "gallerë" para derrotar vários inimigos em diversas campanhas, enfrentando-se em uma arena, um modo de jogo semelhante ao survival, entre outros modos de jogo. Apesar de hoje em dia eu achar o jogo ridículo, na época a diversão era garantida. Mas o jogo não foi bom o suficiente para me fazer ficar preso a ele por tanto tempo, e logo parei de jogar. Acho que o grande motivo foi a invasão de hackers no jogo. Era um verdadeiro saco ver gente voando, matando monstro com um golpe, entre outras coisas.


"Querido diário, estou viciado em Maple Story!!1"


Hmm, mais um MMORPG em que eu fiquei viciado. A bola da vez agora é Maple Story, um curioso e divertido MMORPG diferente do comum, em 2D, e side-scroll, no estilo dos jogos de plataforma.


Brant vivia implorando pra eu jogar Maple Story com ele, e não poupava elogios e referências boas ao jogo (uma delas era sobre o GamesFAQ considerar Maple Story como oScreenshot de Maple Story segundo melhor MMORPG do mundo, atrás de World of Warcraft. Pra mim, isso perdeu a credibilidade a partir do ponto que escolheu WoW como o melhor MMORPG). Acabei não resistindo, e no dia 10/10/2006 comecei com o vício.


Bom, na verdade eu joguei pela primeira vez no dia anterior, que aliás foi bem engraçado. O e-mail confirmando meu cadastro tava demorando muito a chegar, enquanto o de todo mundo havia chegado na mesma hora, e então o Brant resolveu ser generoso comigo e deixar eu criar um personagem na conta dele pra jogar um pouquinho e me acostumar com o jogo... O coitado ficou esperando, enquanto eu tava virando a noite no jogo, e acabou que ele não jogou mais naquela noite. :(


Enfim, no dia seguinte eu resolvi usar um outro e-mail para me cadastrar no jogo, e a confirmação do cadastro chegou na mesma hora. Resultado: Nunca passei tanto tempo num jogo como naquele dia. Não sei se fiquei todo aquele tempo jogando, mas segundo meus registros do IRC, fiquei 13h30min ausente naquele dia.


Não tenho muito o que dizer sobre o jogo, apenas que é bem divertido, possui bastantes quests e uma interação divertida entre os jogadores. O que era chato no jogo era que o servidor lotava, e deixava o jogo bem lento mesmo, e também tem a indesejável presença dos hackers, matando todos os monstros do mapa com um único golpe, etc.


"Querido diário, a moda agora é Trickster!"


Bom, eu me atrevo a dizer que Trickster foi o maior vício entre o povo do IRC, ou pelo menos que foi o jogo que mais tinha gente participando. Claro que por isso Trickster tornou-se uma das mais divertidas experiências.


Como a maioria dos MMORPGs apresentados, Brant trouxe o jogo ao canal. Não lembro exatamente a data em que começamos a jogar, apenas que foi em meados de dezembro de 2006. E assim como em Maple Story, joguei MUITO no primeiro dia, umas 6, 8 horas sem intervalo. Pensei que por ter jogado tanto na primeira semana eu logo enjoaria do jogo, mas não foi o que aconteceu. Com o passar do tempo, mais pessoas do canal passaram a se juntar aos viciados, e o jogo só foi ficando cada vez mais divertido. Na minha opinião, quando se tem muitos amigos, Trickster é o melhor MMORPG para se jogar em grupo. Porém... Alguns foram desanimando aqui e ali e logo parei de jogar.


"Finalmente uma placa de vídeo! Partiu VCO! @_@"


Screenshot1 de VCO Voyage Century Online foi um jogo que eu tive que esperar MUITO para poder jogá-lo. Não precisa de uma super máquina para rodá-lo, mas precisa de pelo menos uma placa de vídeo razoável. Em fevereiro de 2007 instalei uma GeForce 4 no meu computador, e finalmente poderia jogar aquilo o dia inteiro.


De fato, o jogo não possuía apenas gráficos lindos, mas uma jogabilidade excelente, e o sistema de habilidades era muito bom. Diferente de vários MMORPGs famosos, VCO não se baseia em matar monstros para se desenvolver no jogo. Como podem ver na imagem, trata-se de um MMORPG 3D sobre a época das grandes navegações, dando várias escolhas ao jogador: ser um perigoso pirata, um honrado capitão, ou um grande trabalhador, dentro das mais diversas categorias: mineração, costura, alquimia, plantação, entre outros, o que deixava o jogo muito livre.Screenshot2 de VCO


Possui um sistema de batalha bastante diversificado, dando ao jogador a possibilidade de batalhar em alto mar usando seus canhões, abordando navios, ou em terra, usando machados, armas de fogo, espadas, entre outras armas.


Infelizmente minha placa de vídeo acabou queimando, e por isso parei de jogar VCO e me viciando em outros jogos. Mas ainda falarei de outros em que estive viciado enquanto minha placa de vídeo ainda funcionava. Sim, ainda há alguns MMOs em que eu estive viciado desde fevereiro de 2007 até agora.


"Querido diário, estou jogando Space Cowboy sozinho, véi. :("


O vício em Space Cowboy Online foi o mais diferente dos meus vícios. Aliás, o único MMO que joguei por bastante tempo... sozinho. Não tinha gráficos lá tão bons, não entendo porque seus requisitos eram tão pesados, o que contribuiu para a minha solitária jornada.


Screenshot de SCO Para os amantes de Star Fox (como eu), SCO era um prato cheio. Um divertido sistema de combate e vôo, chefões difíceis e tiros para todos os lados, o que mais eu poderia querer num jogo de simulador de nave? Para alguns, a idéia de você adquirir EXP e ir aumentando de nível e seus stats deixa o jogo bem menos tradicional que os bons e velhos simuladores, mas isso não era motivo pra eu dizer que o jogo era ruim.


Não tenho muito a dizer sobre o tempo que passei jogando SCO, afinal, sem nenhum amigo jogando comigo era um tanto repetitivo, e acabei desanimando do jogo por causa do Voyage Century, quando mais pessoas passaram a jogar conosco. E quando estava animado para voltar a jogar, fiquei sabendo que a GPotato (mesma softhouse de FlyFF) havia fechado os servidores de SCO. Talvez tenha algum servidor pirata funcionando, ou não, mas está fora do meu conhecimento.


"Querido diário, PSObb é muito bom! :O"


Phantasy Star Online: Blue Burst com certeza Screenshot de PSObbfoi um dos melhores MMORPGs que já joguei. Criado pela SEGA, o jogo era diferente do que normalmente vemos nos MMORPGs famosos, já que praticamente não há espaço para o uso do mouse. E um jogo que funcione perfeitamente no teclado dá uma cara diferente a ele, um jogo bem próximo ao dos consoles e portáteis.


Infelizmente o jogo é pago, o que pra mim não rola jogar no servidor oficial, e, pela primeira vez joguei um MMORPG em servidor pirata.


PSObb não possui um mundo onde você viaja por ele, comprando itens nas cidades e enfrentando monstros em bosques ou florestas tão distantes. Possui um sistema mais privado: você cria uma sala e joga com até 3 pessoas em um modo de jogo dentro de um capítulo da história de PSObb. No modo padrão de jogo você simplesmente surge em uma cidade para poder preparar-se, e escolher alguma missão ou, se preferir, derrotar o chefão de algum mapa. A partida acaba quando você derrota o chefão de algum mapa ou quando você completa alguma missão.


Creio eu que joguei até quando minha placa de vídeo queimou, ou quando apenas eu e o Kyrio jogávamos, que daí fui enjoando do jogo.


"Querido diário, minha placa de vídeo queimou... Mas tem RYL!"


Screenshot de RYL Bom, quando minha placa de vídeo queimou eu já estava acostumado a jogar MMOs com gráficos lindos, o que foi um grande choque, até que o pessoal "descobriu" Risk Your Life. "Alooc, um MMORPG bom que pega no meu PC! :D", pensei. De fato, mesmo com uma onboard de 8MB de vídeo o jogo até que funcionava bem, isso quando resolvia abrir, já que na época eu tinha pouquíssima memória RAM. À propósito, veja como o jogo rodava "bem" no meu computador (imagem à esquerda).


Assim como em PSObb, RYL dá preferência ao uso do teclado, mas você também pode usar o mouse para controlar seu personagem, e lutar. O servidor da Malásia era vazio, e por isso quase nunca tínhamos problemas com lag, o que fez a gente jogar RYL por um bom tempo... Só que daí o jogo foi ficando MUITO difícil, e a EXP não compensava, tampouco as quests possibilitavam uma rápida evolução. E aí o pessoal começou a desistir, até que eu larguei mão também. O jogo tava ficando realmente difícil.


"Querido diário, agora estou viciado em Zu Online!"


Depois de RYL passei um bom tempo sem jogar nenhum MMORPG. Até que surgiu Zu Online, baseado na mitologia oriental. Diferentemente de todos os MMOs que eu já havia jogado, para evoluir no Zu você deve fazer quests e participar dos eventos, o que havia em abundância no jogo, dando uma experiência bem diferente dos outros jogos.Screenshot de Zu Online


Gráficos em Cell Shading, cenários sombrios, e várias outras características tornam Zu uma excelente opção para quem é fascinado pela cultura oriental.


Criado pela mesma empresa de Voyage Century, Zu não deixa de apresentar funções tão boas quanto o outro jogo. Traz um sistema de forjamento de itens, de criação e evolução de pets, vôo, e entre outras coisas mais.


Bom, apesar do vício em alguns jogos de GBA e PS2, ainda hoje eu jogo Zu Online, e creio eu que ainda jogarei por muito tempo. E aqui eu encerro esse meu longo post, e na próxima parte eu falarei sobre os jogos de PC em que eu já estive viciado e joguei por tanto tempo junto com o pessoal do IRC, incluindo aquelas clássicas partidas em jogos de estratégia como Age of Empires, Empire Earth e outros. Até mais!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Madden NFL 98 - Resenha e tutorial n00b

Por bruN0.



É verdade que a popularidade do futebol americano na terra da bola redonda não é essas coisas todas hoje (apesar do crescimento, com transmissões de boa audiência na ESPN e Band Sports), mas existe louco pra tudo, especialmente na Internets.

E uma dessas loucuras foi querer aprender a jogar Madden. Bem verdade que eu já tinha me arriscado há algum tempo em jogar no PS2 ou no emulador de SNES, ambos sem qualquer sucesso prático. Mas ao ver o jogo IRL do Indianapolis Colts (vulgo time do :omglies: Payton Manning) contra o azarão San Diego Chargers, uma súbita vontade de jogar a franquia do comentarista velho e chato dos EUA apareceu na minha mentalidade nerdish. Eu já sabia alguma coisa das regras, mas nada profundamente. Então usei a boa Wikipédia e dei boas pesquisadas sobre posições, táticas e coisas relacionadas. O resultado disso é que combinado ao meu vício, creio que tenho certo domínio sobre a edição do Mega Drive (pois o emulador de SNES não suporta o Madden por mais de 10 minutos sem travar).

O jogo possui gráficos relativamente pobres, mas comparado com seus antecessores, até que não são tão ruins (ainda inferiores a sua versão de SNES). Quem está acostumado a jogar ou ver um Madden '08 no PS2, precisa acostumar os olhos. A jogabilidade inicialmente é sofrível, pois apesar da simplicidade de botões (só são utilizados 3 na versão do MD), os comandos são múltiplos e variados, tornando confuso especialmente para os jogadores que nunca tiveram muita familiaridade com o esporte.

Pensando nisso (e em futuros confrontos através do Kaillera), resolvi fazer um tutorial muuuuito fuleragem sobre como sair do canto no Madden '98. Mas pra nubage ficar ligada, vou relembrar uns termos comuns no futebol americano. Se você se acha o FODAUM, pule para a parte que interessa.

COMEÇA PARTE NUBAGE

Você tem um time lindo e maravilhoso (ou não). Você precisa fazer mais pontos que o outro time. Você tem 4 lances pra ultrapassar um determinado espaço de jardas (inicialmente são 10). Cada lance é chamado de down. 4 downs para 10 jardas. Se você passar dessas 10 jardas nesse intervalo, você tem direito a mais 4 downs para mais 10 jardas e assim sucessivamente. Claro que você não é idiota e vai querer ganhar 10 jardas usando 4 downs, sendo que você precisa fazer pontos. Você vai querer mais, muito mais... e aí entra a magia de usar seus queridos jogadores para chegar na área do adversário (as duas áreas são separadas por um espaço de 100 jardas, avaliem). Se você não conseguir as tais 10 jardas em 4 downs, você se ferra e a próxima rodada é a do time adversário. Ah, e o jogo dura 60 minutos, dividido em quartos de 15 minutos. Assim funciona o jogo de futebol americano, de maneira totalmente simplória. Vamos aos termos básicos:

Touchdown (TD): É o jeito de fazer mais pontos e maior objetivo no jogo. Não é possível que você nunca tenha visto em qualquer filme yankee algo parecido com uns machos enormes comemorando porque um deles chegou numa parte toda colorida numa parte do campo. Pois é bem por aí. Você precisa colocar o jogador com a bola naquela área do adversário. E não basta colocar somenta a bola, você precisa estar com os dois pés FIRMES nessa área. Feito isso, você ganhou 6 pontos e uma possibilidade de converter mais pontos que pode ser por um chute na bola que entre por aquelas imensas traves amarelas (vale um ponto) ou você colocar DE NOVO seu homenzinho na área do adversário, mas com a vantagem de você estar a pouquíssimas jardas do tal espaço. Esse feito vale dois pontinhos a mais para o seu time.

Field Goal (FG): Vamos considerar que você chega no 4º down com pouquíssimas chances de fazer um touchdown, mas você não é besta e ainda quer alguns pontinhos. Eis o field goal. É o tal chute na bola que precisa entrar entre as traves amarelas que estão na área de touchdown que você tanto deseja. É literalmente um GOL, no sentido futebolístico da palavra. Algumas vezes dá certo, outras não... mas se der, são 3 valiosos pontinhos para o seu time.

Quarterback (QB): É o cerébro do time. Sabe o carinha que sempre recebe as bolas do seu time e é responsável de lançar para seus amiguinhos fazerem o trabalho sujo? Pois bem, eis o cara que faz os passes do seu time, às vezes corre e também agarra a Gisele Bündchen nas horas vagas (privilégio de Tom Brady, QB do New England Patriots). Tenha certeza que quando jogar o Madden, ele será fundamental.

madden4.jpgScrimmage: Sabe aquele amontoado de gente que fica em linha antes de começar cada lance? Pois bem, eles estão na linha de scrimmage (também chamado linha de escaramuça, mas isso é coisa de portuga doido). Basicamente é onde começa cada down de um time. Se você, por exemplo, ganha 3 jardas em um down, sua linha de scrimmage ficará 3 jardas a frente no próximo down. É lá onde o pau come solto e fica aquela agarração toda.

Snap: É quando começa cada down. A bola geralmente é jogada de alguém que está na linha de scrimmage para o QB ou alguém que depois entregue para ele. Certifique-se de que ninguém vá se mexer até que o snap aconteça, se não é falta para o time que se adiantou.

Running Backs (RB) e Wide Receivers (WR): Só saiba de uma coisa: quando a bola chegar neles, bote pra correr. E muito. Eles são os caras que fogem da polícia correm para o abraço e fazem a felicidade da nação (ou não), fazendo os touchdowns, geralmente. São essenciais tanto no jogo aéreo (lançamentos do QB) ou terrestres (os RB tentam ultrapassar a muralha humana do time adversário e ganhar umas jardas para o time).

Safety: É quando o negócio tá ruim. Se por algum motivo aleatório (e tome preguiça de escrever mais...) você for derrubado dentro de sua própria área, mas ainda com a posse de bola, o time adversário ganha 2 pontos. Então, vê se não vacila muito quando tiver muito perto de sua área, garotão.

Punt: Você está no 4º down e não tem chances nem de touchdown ou de field goal. Se você quer adotar uma postura mais conservadora, dê um chutão na bola e tire a bola daquela região ridícula e deixe o time adversário brincar um pouco perto da área deles.

Punições/Faltas: São MUITAS, acredite. E eu não vou ser o louco de listar isso tudo e perder meu tempo (além do mais, é uma lista feita para n00bs no assunto, como você que está lendo). Só não se assuste caso seu time leve ou faça uma falta sem você perceber. Basta não se mover antes de acontecer o snap e você já evita o mais idiota.

ACABA PARTE NUBAGE

Pronto, agora vamos falar do jogo. Sabe como funciona o básico das regras? Então pronto. Se você se arriscou a jogar Madden contra a máquina pela primeira vez, você provavelmente levou uma surra de pau mole. Isso se deve ao fato de você não saber os controles né, garotão? Bem, vou dar uma ajuda básica e, talvez depois de ver esse tutorial fuleira, você até consiga fazer um TD. Vamos separar em situações distintas.

Eu vou começar o jogo chutando a bola, e agora?

madden5.jpgÉ simples na teoria, chato na prática. Resumindo tudo: apertando C, a barrinha de força começa a encher. Aperte novamente o C para pará-la e chutar a bola com a força que você quer. Se você quiser jogar ela no canto, é só apertar um dos direcionais enquanto a barra sobe. Às vezes ela sobe mais rápido ou devagar, depende da influência do vento, da qualidade do jogador que chuta ou de fatores totalmente random que estão além da minha capacidade.



Eu tou atacando, e agora?

madden1.jpg


Agora calma, campeão. Antes de mais nada, aprenda uma coisa: a tela de táticas é sua amiga e você dependerá dela. Saiba inicialmente que as táticas azuis são as jogadas terrestres (particularmente boas para ganhar algumas jardas ou bem mais que isso) e as vermelhas são as aéreas (em que você utiliza o QB para lançar a bola para seus amiguinhos corredores). Sabendo disso, use sua boa intuição e tentativa-e-erro para funcionar e enjoy. Só não demore muito, pois cada down possui um tempo determinado e você não pode perder tanto tempo para escolher. O modo é intuitivo: vá seguindo as opções e apertando os botões indicados.



Eu quero correr, e agora?

Coloque a tal tática azul de sua preferência. Quando aparecer a linha de scrimmage com aquele monte de jogadores imensos e depois de ouvir o apito do juizão, aperte C e faça o snap. O botão A é responsável para você se jogar no campo e garantir as jardas (profundamente útil quando perto da região do touchdown). O botão B fica responsável pelos dribles. Não espere driblar todo mundo, pois é um comando que requer bastante treino. Apertando sucessivamente o botão C, o RB vai dar pequenas corridas, tomando mais velocidade, ao mesmo tempo em que ele tenta afastar os jogadores do time adversário que estão enchendo o saco dele. É essencial fazer isso quando achar um buraco na defesa adversária e se mandar logo daquele buraco.

Eu quero passar a bola, e agora?

QBBela escolha, você vai colocar o QB pra jogar. Pra começar, escolha uma tática vermelha de sua preferência e, como no método anterior, faça o snap usando o botão C de maneira suave. Se você segurar por muito mais tempo, você vai ver um lançamento rápido para lugar nenhum (o jogador C deveria estar lá...). Voltando... quando o QB tiver com a bola, automaticamente aparecerão imensas letras A, B e C na tela. Cada letra indica um jogador apto a receber a bola. Apertando o botão correspondente a letra, você faz o passe. madden2.jpgSimples? Nem tanto. Quanto a bola estiver chegando, tente posicionar o melhor possível o jogador e aperte C para o catch. Talvez os RB e os WR estarão bem marcados, dependendo da tática adversária. Um erro e a bola será interceptada pelo adversário, colocando tudo a perder. Se você demorar muito para fazer o passe, seu QB pode levar um sack ou, para os menos familiarizados, ser derrubado com a bola em mãos antes de lançar a bola, fazendo com que o time perca valiosas jardas. Se o passe for completo, basta utilizar as instruções no item acima.



Eu quero fazer um field goal/punt/qualquer coisa que não esteja acima, e agora?

É só escolher a opção Special Teams no canto inferior direito da tela tática. Você não é cego e escolherá a opção que mais te agrada. O método é o mesmo do kickoff inicial. Simples.

Eu tou defendendo, e agora?

Mantenha a mesma calma do ataque, mas agora comece a rezar. Se você for REALMENTE bom no Madden e já tiver experiência, você tem paciência para imaginar uma maneira eficiente de anular o ataque adversário... e olhe lá. Logo, trate de pegar uma tática que você vá com a cara e vá rezando para que o time adversário não complete os passes ou enfrente uma muralha humana na linha de scrimmage. O botão A tem uma função parecida do que tem no ataque: o jogador de lança na grama. Se você tiver uma boa mira, você pode parar um jogador assim. O botão B muda o jogador selecionado. É importante escolher bem um jogador logo antes do snap, pois essa é essa é a oportunidade de tentar bloquear um passe do QB adversário, parar aquele RB safado ou deixar alguém na cobertura lá atrás e bloquear a ação dos WR, que inevitavelmente atacarão com tudo. O botão C faz de tudo, mas sua importância principal está em tentar interceptar passes (tentar se posicionar bem antes da conclusão do passe é de suma importância) e segurar aquele corredor isolado do nada. Defender não é uma tarefa fácil no Madden, então você vai precisar de acostumar com a realidade dos touchdowns adversários se o outro jogador jogar minimamente bem.

Eu sou muito ruim, e agora?

Agora chora, n00b. (e treina, claro)

O post é imenso, mas para quem realmente tem algum interesse em jogar ou quer jogar algo diferente online, eis uma tentativa de explicação. Por incrível que pareça, Madden consegue viciar e partidas disputadas costumam animar muita gente por aí, apesar do preconceito que alguns tem que o futebol americano é um esporte violento. Para conseguir o ROM, basta buscar em qualquer site. Dê uma chance e aproveite.