domingo, 5 de outubro de 2014

A imprudência do gigante

Quando observo esse título eu penso que poderia ser uma fábula dotada de moralidade, sobre um gigante que precisa aprender a agir com bom senso para ter aquele final feliz que sempre desejou. Fábula que poderia muito bem ser análoga ao atual estado do povo de uma nação que clama por seus direitos mais básicos. Mas não.

O que é prudência? Ou seus sinônimos como sensatez e discernimento? Não seria a ação esperada das pessoas, governantes, profissionais ou simplesmente de todos aqueles que aceitam o fardo de representar, guiar, ensinar ou cuidar do povo que os segue? Se a sua resposta é sim, parabéns, você está pensando com de forma sensata, que é o assunto desse texto.

Se você olhar a data de publicação do post vai notar que é o mesmo das eleições para presidência do Brasil e outros cargos de poder, associando um mais um dá pra notar que faço uma crítica, não ao governo ou aos candidatos para, mas ao povo. Praticamente todo dia vejo reclamações de que o governo é corrupto, que nenhum candidato presta, que a cidade/país está em um estado lamentável… E o que é feito, da parte das pessoas que proclamam isso, para mudar a realidade? Temos duas alternativas: não fazer nada ou reclamar mais ainda - não se preocupe, eu sei que existem aqueles que tentam mudar, mas esses sim são a minoria, apagados diante da imbecilidade de um povo ignorante.

Isso se aplica a política, ao dia-a-dia, ao trabalho, ao comportamento de boa vizinhança, relações interpessoais, relações entre estados, países, etc e etc. Basicamente tudo feito e ordenado pelos homens. Então, se isso nos rodeia e é (ou tentamos) praticado todo dia, por que falhamos tão amargamente para agir com esse tal de bom senso? E para quem segue, temos claros exemplos disso nas religiões.

Ajudar os outros, ser idôneo, se relacionar bem com as pessoas ao redor, não repetir os mesmos erros, usar o cérebro e simplificar as coisas podem ser considerados exemplos de alguém sensato (isso diante da sociedade). Por quê é tão difícil? Tão aclamado e ainda assim tão difícil de ser praticado?

Para finalizar, volto ao primeiro parágrafo. Que gigante é esse? Seria o povo de uma nação que reivindica seus direitos de liberdade, com manifestações que terminam em descontrole e mais problemas sociais? Não, essa entidade que evoco aqui é apenas mais um que tentou acender as chamas da sensatez e morreu esmagado pela própria estupidez. Se o nosso conhecimento e memórias dos tempos passados servem, também, como uma fundação para não cometer os mesmos erros, nós estamos completamente perdidos, soterrados pelo próprio gigante que criamos.