sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Os grandes senhores do tempo.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Tristeza que se transforma em coragem.
Me chamem de melodramático, mas vou falar de coisas amorosas nesse post (q lindo). Essas coisas que fazem você virar do avesso até dar uma dor.
Alguns da schizo tão passando por essas coisas de uma forma ou outra, seja com paixões não correspondidas, seja com coraçõezinhos de cristal partidos, seja com sofrimento elevado ao infinito (meu caso). E isso é EXTREMAMENTE cansativo/triste. E quando chega aqueles dias que basta você ver alguma besteirinha que passa o dia praticamente em depressão é que a coisa aperta mesmo.
Como eu gosto de falar das coisas usando a mim mesmo como exemplo, vamo lá. 2011 veio e tá indo embora, e eu só corri atrás de uma guria. Eu não me arrependo de ter feito isso (e de continuar fazendo), mas vamos aos fatos:
1 – Passei o ano inteiro praticamente me torturando;
2 – Acho que já tive alguma oportunidade de mudar as coisas, mas não percebi/não tive coragem de fazer nada
Então. Me perguntam “mas pq tu ainda continua fazendo isso?” E minha resposta: por que eu literalmente não sei mais fazer outra coisa. Já passei tanto tempo nisso que agora é tarde pra voltar atrás.
Chega uma hora que você pensa “já deu, bola pra frente”, mas quando você pensa de novo, simplesmente não consegue. Aquilo já se tornou tão parte da sua vida que não dá pra simplesmente dizer “bola pra frente”, porque no final das contas tu só consegue chutar pros lados, sem coragem de chutar pra frente.
Isso é extremamente frustrante e torturante (isso eu posso dizer com certeza), mas se você estiver disposto a correr o risco, no final pode ter a melhor surpresa do universo. Não, não dá pra saber o que vai acontecer (como eu já disse naquele meu post sobre decepções), mas nesse caso, levando pra esse contexto, o que pode acontecer é: ou vira amizade e ponto final (ou na pior das hipóteses, nem isso mais), ou tu vai dar um chute na bunda do sofrimento e mandar ele ir pra pqp. Mas de uma maneira ou outra, você vai parar de ficar se torturando (quantas vezes já usei essa palavra nesse post?), e seja pra melhor ou pior, vai dar pra seguir em frente, enfim. O sofrimento vai embora e é isso que importa pra cada um.
Eu já cansei disso, e passei a semana inteira pensando num jeito de fazer dar certo.
Sabe aquelas cenas dos filmes de Hollywood que o cara chega pra mulher naquelas ocasiões bem singulares, abre o jogo, e se dá bem?
Antes de 2011 acabar, eu vou fazer isso.
Torçam por mim.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Memetizando.
Lembro quando andava pelo quatro folhas e eventualmente aparecia uma tirinha com um rosto péssimamente desenhado e com uma expressão de fúria em uma situação específica, era feio, era idiota e era engraçado. Não era algo encontrado facilmente, era de lá, feito pra lá. Com o tempo conheci o tumblr e a quantidade desses rostos com expressões diferenciadas em situações diferenciadas e engraçadas, os aclamados memes, (ou “tumblr faces” para alguns) era/é absurda, e sempre me divirto horrores com elas.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Sinceramente.
Começando pela família, eu diria que existe em algum lugar um mandamento que muitas famílias seguem, o eterno “Faça o que eu digo e não faça o que eu faço.”, esse é um ato hipócrita que sempre desprezei. Minha família está incluída nisso, um grande ninho de cobras que pra mim foi uma parte importante pra formar quem sou hoje: alguém que já foi chamado de falso muito e muitas vezes. Pra fugir desse caos todo chamado família, os amigos são muito importantes, pro bem e pro mal.
Pessoas da mesma idade, que pensam da mesma forma, sofrem do mesmo mal (geralmente)... Um lugar perfeito para qualquer que esteja procurando uma fuga lícita dos problemas que todo mundo tem. Eles são interessantes, vão passar a mão ou dar o “tapa na cara” quando for preciso sem temer machucar o amiguinhorsrsrs, a schizo é boa nessa parte e sou muito grato a todos que fazem parte S2.
Agora voltando aos amigos do “mundo real”, vão existir pessoas sinceras, falsas, odiadoras do mundo, aquelas que amam tudo e todos e aquelas que só desejam ouro, muito ouro. No final eles mais passam a mão na cabeça do que outra coisa, isso é particularmente irritante, principalmente quando chega uma hora onde se passa mais tempo pensando no que vai ser dito pro outro sem machucá-lo ou em eufemismos (leia-se mentiras) que no final complicam mais ainda a situação.
Mas o mundo não é tão injusto assim, às vezes dessas amizades saem grandes histórias de amor escrito em livros veludados e emoldurado em mais ouro, e esse livro vai ser a válvula de escape dos amigos, que outrora foram a fuga da família. Essa parte da vida é muito boa, temos alguém que se importa com a gente, que nos deseja e que só quer nosso bem, e isso é tão bonito, mas tão bonito, que parece um conto de fadas que só está faltando o príncipe encantado e adivinhe: Não é você! É alguém com um cavalo mais bonito que o seu, ou com mais ouro, ou com um palácio maior e melhor localizado.
Quando o conto de fadas acaba vem junto a mais pura e amável depressão, evitar ela é como tentar não sair de casa, uma hora vai acontecer você querendo ou não e quando acontecer você não vai gostar (péssima analogia, eu sei). Ela, apesar de dolorosa e mimimis eternos é útil, como disse no outro texto, para formar o próprio ser da pessoa, guiar ela pra verdade universal e mais mimimi, além da fase de adoração onde todos voltam à atenção para você querendo seu bem (ou que você pare de ser chato). E no final quem vai te salvar disso? Ou sua família adorada ou seus amigos adorados.
Saímos de um ninho de cobras e caímos em outro, a hipocrisia e a falsidade é uma realidade tão - pasmem - real que nos assustamos toda vez que alguém tira sua máscara mostrando quem realmente é. Aqueles que dizem nos amar ou que nos chamam de amigos serão sempre os que vão causar a maior decepção, pois são as únicas pessoas em quem você aprendeu a confiar de forma sincera.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Deprimente.
Todo dia confrontamos o mundo além das nossas camas, enfrentando problemas atrás de problemas. Não sabemos o que comer, não sabemos o que beber, não sabemos o que fazer pro trabalho, não sabemos o que fazer mais tarde, não sabemos o que fazer das nossas vidas.
Uma vida com causos e situações estressantes são importantes para a evolução de cada ser que habita essa Terra, obrigando com que andemos cinco passos para trás pra então dar dez passos a nossa frente. Na teoria é muito bonito “sofrer para crescer”, enquanto na prática é doloroso e muitas vezes nos falta forças para dar os dez passos para fora do limbo.
Na minha mente o limbo é um enorme buraco no centro de uma grande planíce onde todas as pessoas se situam, a cada segundo elas se afastam ou se aproximam dele ou, infelizmente, caem sem esperança de voltar a ver o lugar onde outrora era colorido. Sair dele sozinho é uma tarefa árdua e requer uma força de vontade anormal, tão anormal que não se vê mais hoje em dia. Por um outro lado, sempre irão existir as pessoas que estenderão as mãos para puxar aquele amontoado de gente que desistiu de lutar, afinal, vencer é algo distante demais para alguns. Os que nunca caíram observam os outros com desdém, os que retornaram para a superfície se acham capazes de ajudar os outros quando mal conseguem sustentar os próprios pensamentos, os que afundam vão alternar entre inveja e raiva daqueles que vivem de forma tão sorridente.
As pessoas são deprimentes, sempre dançando conforme a música, aqueles que fogem disso serão mal vistos ou chatos e, todo mundo, inclusive os “chatos”, serão apenas uma parte de uma dança que já deveria ter acabado faz tempo. E ninguém tem a força ou a coragem de mudar isso.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Um novo dia.
Muitas pessoas acordam pela manhã e se vêem diante de mais um longo e cansativo dia, essas pessoas se arrumarão e pararão na cozinha para fazer um rápido café da manhã ou, as vezes, nem pra isso terão tempo.
As incertezas existem na cabeça de todos o tempo todo, mas elas só entrarão em prática no momento em que cada pessoa atravessar a porta da sua casa e seguir em direção ao seu destino ( trabalho, escola, ambos, visistar alguém, etc). Os milhares de “E SE?” ganham mais uma vez a oportunidade de atuar na mente das pessoas e cada uma vai avaliar os riscos X benefícios para então afirmar “Ok, vou fazer isso”, infelizmente os “e se?” da nossa vida definem muito mais que um simples caminho ou uma resposta para alguma pessoa querida, eles estão vinculados com ambições, desejos e sonhos (o que para alguns esses três podem ser uma única coisa, talvez seja) que um indivíduo pode ter.
Nessa horas todos nossos desejos (resumirei aqueles três termos nesse) que aparentavam ser imponentes e infalíveis são colocados à prova de fogo e suas fragilidades são expostas, de formas que ninguém pode prever. Uma sucessão de escolhas certas significa uma sucessão de vitórias, e isso é o bastantes para impor a ideia de “Venci!” até nos mais pessimistas e, infelizmente, uma única falha é o bastante para que até os mais otimistas assumam sua derrota.
O que estou escrevendo aqui pode ser uma mera ampliação do post “Infinitas possibilidades” que eu fiz a algum tempo atrás, mas dessa vez eu acrescento mais que palavras aqui. No post anterior eu mostrava que cada escolha feita era capaz de criar todo um universo novo de possibilidades, e nesse eu mostro que cada escolha feita é capaz de alterar não o universo que vivemos, mas um único indivíduo que, de uma forma ou outra, vai ser mais um componente de um gigante quebra-cabeças que todos tentam montar.
Aquela mesma pessoa que saiu de casa pela manhã não vai mais confrontar suas possíveis decisões, mas seu próprio inconsciente, seu instinto e um universo que existe apenas dentro de sua cabeça, e esse pode ser pacífico ou caótico (posso afirmar que quase sempre será caótico). Essa única peça do gigante quebra-cabeça vai definir se ele será ou não montado, afinal, precisamos de todas as peças, e é nesse momento que nós percebemos o quão perdidos todos nós estamos.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Letter Never Sent
Essa é a sensação que tive quando soube que o R.E.M. terminou suas atividades depois de mais de 30 anos com músicas que trouxeram sentimentos diversos. O fato do sr. Stipe estar no nosso antigo banner do blog e algumas postagens relacionadas a banda estarem até hoje nos nossos arquivos não é por qualquer motivo. Não foi somente para mim que a banda foi especial, mas sim para brunos, marcelos, michaels, isabelas, jullians, felipes e quantos mais. Isso poderia ser dito sobre qualquer outra banda, mas ao mesmo tempo não poderia. Não poderia porque é a banda que gostamos. E aprendemos a valorizar, independente do estilo musical que temos como favorito.
Eu poderia buscar palavras melhores para descrever momentos assim. Não é a morte de um ente querido, não é como receber uma grande ofensa. É ter aquela sensação de que do mesmo jeito que um dia ouvimos uma música de uma banda e achamos legal e simplesmente vamos atrás de buscar mais (lembro até hoje quando fiquei fascinado vendo o clipe de Imitation of Life na antiga TV União e o quanto gostei de ouvir a primeira vez Losing My Religion acústica pouco tempo depois), mas do nada isso pode acabar, como um dia qualquer. Mas ao mesmo tempo que é um dia "qualquer", é o dia que sempre é mais relevante em qualquer coisa em que colocamos valor: o dia do fim. E isso dói. Hurts.
As músicas vão estar aí para qualquer um ouvir, os clipes fantásticos estarão para qualquer um ver. Mas o Stipe cantando junto com aquele antigo nerdão-hoje-descolado Mike Mills tocando seu baixo e aquele sóbrio-porém-exímio guitarrista, o Peter Buck... não, não mais. E sem músicas novas para nos surpreender em alguns anos.
Cada um vai ter sua história para contar sobre alguma música que marcou um momento (ou mais!) de sua vida. Ou algumas. Para mim marcou um período desafiador e o relacionamento com uma pessoa que até hoje considero especial que, do mesmo jeito que a banda, teve um fim e ficaram as melhores lembranças. Então, fica aqui meu agradecimento para essa banda que... bem, deixa pra lá, não tenho mais palavras.
Para terminar, por que não uma música que celebra o INÍCIO em vez do fim? Nunca se sabe o que vem pela frente, talvez tenhamos gratas surpresas no futuro vindo das bandas de Athens...
quarta-feira, 25 de maio de 2011
GOKAI CHANGE
CHANGE DRAGON! Quem não conhece essa frase? Quem nunca viu Changeman, Maskman, ou Power Rangers? Esses dias eu tava ouvindo a opening de Maskman e minha mãe entrou no quarto falando “eu conheço essa!”
TODO MUNDO já viu algum desses. Sério, ninguém que eu conheço diz que nunca viu pelo menos alguns episódios. Um grupo de 5 pessoas que se transformavam em caras com roupas coloridas, que tinham várias armas que se juntavam num canhão enorme pro golpe final, e os famosos robôs gigantes formados por vários veículos/animais/etc. Só que o que muita gente não sabe é que essa história começou do outro lado do mundo a 35 anos atrás.
Nesse post eu vou falar sobre os Super Sentai (conhecido popularmente como o “Power rangers japonês”)
Eu confesso, depois que Power Rangers parou de passar na Globo, eu fui atrás de saber: po, será que tem mais? Acontece que tinha, só que não do jeito que eu conhecia. Descobri que na verdade Power Rangers era uma adaptação do conteúdo de outra série japonesa, conhecida como Super Sentai.
Comecei vendo a que vinha logo depois da última temporada de PR (RPM), que era chamado Samurai Sentai Shinkenger. Logo vi que a coisa era bem diferente da versão americana, já que no primeiro episódio tinha gente sangrando pra todo lado e levando espadada dos monstros, até que os Shinkengers chegavam e botavam ordem na parada. Daí comecei a gostar do jeito que era relativamente mais “sério” o Super Sentai e continuei a ver depois que Shinkenger acabou. Atualmente tá passando Kaizoku Sentai Gokaiger, uma comemoração dos 35 anos de Super Sentai (que nem o Kamen Rider Decade, do post do J.) que tá conseguindo celebrar bem essa história.
É fato que as histórias dos Kamen Riders são mais “dark” que os Super Sentai (um cara vs vários monstros, gente morre/desaparece/etc), mas o Super Sentai tem aquele fator “heróico” que geralmente não se vê nos Kamen Riders. Você vê eles apanhando, vê tudo destruído, mas sabe que eles sempre vão se levantar e acabar com os vilões. Cada transformação, cada robô gigante, sempre dá pra sentir aquela sensação de que o bem vai vencer no final. Esse é um dos temas principais de todos os Super Sentai.
Essas batalhas estão gravadas nas memórias de infância de muita gente, e muita gente ainda continua acompanhando os símbolos da justiça de infância. Seja contra os zangyack, warstar, gedoushuu, gaiark e etc, esses heróis multicoloridos sempre estão lá pra salvar o dia. E toda essa história de 35 anos de luta foi passada para as mãos dos Gokaigers, que representam tudo isso com uma única frase: GOKAI CHANGE!
terça-feira, 24 de maio de 2011
HENSHIN
Quando nós éramos pequenos assistíamos as famosas séries que passavam na record, os chamados tokusatsus que, com certeza, comoveram muitas crianças e lhe deram a esperança de que realmente exista um super herói que combata o mal.
Jaspion, Changeman, Kamen rider, Jiraya, Cybercops, Winspector… com certeza muitas crianças gritaram suas frases de efeito, gritaram os nomes dos golpes especiais ou até mesmo imitaram a sua transformação com a esperança de que algo mágico acontecesse e você virasse aquele mega super herói que era capaz de destruir qualquer mal, e alguns ainda tinham um robô mega awesome.
Cada um deles merece um post exclusivo, mas nesse eu ficarei com Kamen Rider e posteriormente o Kenta fará um sobre Super Sentai.
Eu lembro vagamente de uma cena de um kamen rider em que ele se transformava em um rider azul e “virava” uma água (assim que eu me lembro), hoje eu sei que é uma das formas do famigerado Kamen Rider RX, a BioRider. Como disse, eram lembranças vagas, e não me significavam nada.
Recentemente com a indicação de dois amigos (o Kenta sendo um deles) resolvi baixar Kamen Rider OOO (a série atual) e comecei a ver. No primeiro episódio vi efeitos infantís e nenhum pouco parecido com o que estamos acostumados hoje, mas com o passar do episódio vemos um mero pobre coitado virar um Kamen Rider e começar a chutar bundas.
Além do OOO comecei a ver outros, Decade, Faiz, Agito, W, Den-O e espero ver muitos outros, e todos eles tinham algo em comum, apesar de suas histórias diferentes: Todos passavam aquela sensação que tinhamos quando eramos criança. O herói vai vencer o mal? O que vai acontecer depois? Nossa, outro rider? PRECISO VER O PRÓXIMO EPISÓDIO!!!!
Resumindo, todos eles conseguiram, pelo menos pra mim, criar uma sensação de tal forma em que eu ansiava pra ver o próximo episódio e comemorava as vitórias como uma criança boba, os inimigos deles eram os meus. Eu consegui me sentir como uma criança ingênua que ainda não descobriu que heróis com poderes não existem, e que há mesmo um cara que luta contra o mal enquanto vive seu dia a dia o mais normal possível.
Não sou o único e sei disso, existem jovens e até adultos que acompanham as séries ignorando que elas são feitas para o público infanto-juveníl. Não sou o único que luta contra os imagins, grongi, undead, unknowns, dopants e etc. Não sou o único que sente uma euforia quando começa a ouvir as openings, ou uma simples OST. Não sou o único que já imitou a transformação e, o mais importante, além de mim eu sei que muitos outros gritaram e ainda vão gritar: HENSHIN!
domingo, 1 de maio de 2011
Decepcionante.
Quem nunca teve uma decepção? Eu mesmo já tive várias.
"tá, mas é daí? tu fez um post pra falar sobre tuas decepções?"
Não. Quero falar sobre como tentar lidar com elas, mesmo que eu seja a pior pessoa pra falar isso.
Decepções são coisas bizarras. Você tá lá, de boa com a vida, trabalhando/estudando/whatever, daí você pensa "opa, vou fazer uma coisa que vai ser legal" e vai lá e faz. Até aí tudo bem, a parada vai dando certo e você vai criando expectativas, até a hora que as coisas lentamente começarem a dar errado. Das duas uma: ou você vai vendo o que você fez cair aos pedaços bem lentamente, ou a porra toda cai de uma vez e você fica com a sensação de ter sido atropelado por um trem a 150km/h.
Na primeira hipótese, você começa pensando "po, foi só um contratempo, depois passa". Daí vem outra merda e tu começa a pensar "de novo wtf? vamo cuidar pra parar por aqui". Só que nunca para por aí. As merdas começam a acontecer uma atrás da outra e você fica quase que desesperado, a não ser que você seja O cara e consiga fazer a parada dar certo nas últimas (o que eu acho improvável, mas nunca se sabe). Daí você fica com aquela cara de puta, revoltado com a vida. Triste.
A segunda é a pior. Você começa pensando "po, tá de boa" e daí BAM. Fudeu. Já era. A parada que você tanto brigou pra fazer/conseguir foi pro espaço. Motivos podem ser vários, mas o fato é que a notícia veio como um tiro de fuzil na sua testa. Daí você fica com aquela cara de puta, sem saber o que fazer. Triste.
"mas porra, não acontece sempre assim, tem coisas que não dão errado"
Eu sei. Tem coisas que dão certo. É que a gente devia simplesmente se acostumar com o fato de que elas compõem apenas uns 30% das coisas que acontecem na vida, enquanto os 70% restantes existem só pra fuder com todo mundo. Claro que existem casos que você ta lá e de fato CONSEGUE fazer a parada dar certo, mesmo com tantos contratempos.
“mas que caralhos, tu fez esse post só pra ficar esfregando isso na cara da gente?”
Não. Eu tinha que falar tudo isso primeiro pra poder começar a falar de outra coisa.
Como tentar lidar com as decepções. Não que eu seja o melhor conselheiro (porque eu ainda to de mimimi por uma merda que aconteceu faz 1 mês, me chamem de hipócrita), mas enfim.
Primeiro: entenda que nem sempre as coisas saem do jeito que você quer. Na equação de 420º grau chamada vida, tem MUITOS fatores. Às vezes as coisas dão errado por motivos que não podemos controlar, ou por meros acidentes, ou por merdas que fazemos mesmo e só percebemos depois. E não crie expectativas demais porque isso sempre dá em merda, é uma verdade universal. O que você pode aprender com isso é aprender a levar em conta que tudo pode acontecer. Até mesmo nada.
Segundo: levanta a porra da cabeça e segue em frente. Essa é a parte mais difícil. É da natureza do ser humano (pelo menos da grande maioria que eu conheço) de ficar se lamentando pelo o que PODIA ter acontecido, pelo o que TERIA sido. Porra, quem vive de futuro é cartomante. E também é da natureza do ser humano de ficar se torturando com lembranças de coisas boas, que não são mais tão boas quando você lembra delas. Porra, quem vive de passado é museu. Não estou dizendo que é errado ter lembranças, ou que é ruim ficar se planejando para o futuro, mas tudo tem limite. Como já dizia um amigo meu: se o passado fosse bom, ainda era presente. O que puder esquecer, esqueça; o que puder deixar pra lá, deixe; é difícil, eu sei. Mas simplesmente não dá pra ficar nessa putaria. Você deixa de aproveitar muita coisa pra ficar se lamentando.
Terceiro: curta o que você tem agora. Esse é meio que uma continuação do segundo. Arrume alguma coisa pra passar o tempo livre (muito tempo livre faz você pensar em coisas que não deve), vá pro cinema, vá passear, vá ler alguma revista pornô, enfim. Arrume alguma porra pra fazer. Ocupando sua mente, você não vai ter tempo pra pensar nessas coisas, e pode até descobrir coisas novas.
“hmm, faz sentido”
Pois é. Então vê se presta atenção em alguma coisa que falei pra que da próxima vez que você tiver uma decepção, poder lidar melhor com ela. E se você AINDA estiver naquela fase de bichisse pós-decepção (sim Kenta, estou falando com você também), deixa de viadagem, mande quem ou o quê tiver feito você ficar assim ir se fuder (não verbalmente, mentalmente mesmo. ou você pode arrumar problemas.), arrume alguma coisa pra fazer, e é isso aí.
Eu fiz esse post mais pra mim do que pra vocês, foda-se. Mas espero que mais alguém vá aprender uma coisa ou outra com ele. xau
sábado, 23 de abril de 2011
Um dia de aula em São Paulo
Em uma cidade existem diferentes realidades, quanto maior a cidade, mais acentuadas serão as realidades encontradas nelas, mas como assim?
Vamos pegar a cidade de São Paulo (onde eu vivo), porém isso pode ser aplicado a qualquer outra, e aqui podemos encontrar a realidade do desempregado, do empregado, do pobre, do rico, e a realidade na qual eu entro, a do estudante desempregado. Todas essas tem seus prós e contras, altos e baixos e determinadas formas de ser e até compartilham alguma coisa.
Focando no meu cotidiano de estudante desempregado (compartilhado por muitas pessoas), eu vou contar pra vocês um dia de aula em são paulo (um dia RUIM).
Obs.: Os eventos a seguir, alguns, aconteceram em dias separados, mas mesmo assim dá pra sentir o drama.
Eu, por não trabalhar, acordo meio-dia e logo vou apreciar um delicioso almoço vendo o jornal e pra minha sorte a previsão é de que o dia não seja chuvoso e, se chover, será uma garoa. O dia se passa e me preparo pra sair, ao olhar pela janela vejo um dia nublado e só.
Sem previsão de chuva, logo, não preciso levar o guarda-chuva (ocupa espaço) e sigo para o terminal de ônibus quando, no meio do caminho entre o terminal e minha casa, começa a garoar... ótimo, esperava algo assim. Dois minutos depois parece que alguma entidade resolveu brincar de foder com a vida dos outros e começa a cair uma puta tempestade, preciso fugir da tempestade e pra isso mudo meu caminho e paro num ponto de ônibus que passa o ônibus que preciso pegar e, finalmente, estou a salvo da chuva... opa, começou a ventar e continuo me molhando igual e o ônibus se atrasa.
Todo molhado e após anos no ponto o maldito ônibus chega e eu subo nele, infelizmente tem mais pessoas nele que água em mim. Sigo pro fundo do ônibus e após alguns pontos consigo me sentar na janela e, como se eu fosse um messias, abro a janela e as pessoas conseguem respirar de novo, por algum motivo as pessoas preferem morrer sem ar do que se molhar com algumas gotas. Chuva está fraca, abro mais a janela... que trânsito é esse? Nunca tem trânsito assim aqui. A chuva parou e consigo finalmente por a cabeça pra fora pra tentar ver o que diabos está acontecendo, porém, sem sucesso... depois de mais alguns anos e com o ônibus com menos pessoas (todos resolveram ir andando), ele começa a andar e passar do lado de um rio, e eu tinha quase certeza de que a rua ficava alí.
Chego na estação de metrô (barra funda) e, como eu me atrasei por causa do alagamento, estou na famosa hora de pico onde a plataforma está cheia e o metrô passa um sim dois não. Anos esperando até eu conseguir chegar perto da porta do metrô e é nesse momento em que você desiste de controlar seu corpo e espera o próximo metrô parar, e quando ele para... ok, para exemplificar, imagina centenas de pessoas com superforça (os famosos pedreiros) te empurrando agressivamente como se a vida deles dependessem disso e onde cabem umas 50 pessoas passa a caber 100. O tormento do empurra empurra continua até você descer e pra descer tem que se dirigir pra porta três estações antes e sair empurrando todo mundo. Isso quando dois manos ou dois velhos não resolvem brigar porquê algum terrível malfeitor esbarrou nele.
Chego na estação que quero descer, e tudo que vejo é uma garoa fina, ótimo, começo a ter sorte! Meio caminho da estação pra faculdade a entidade resolve foder com todo mundo de novo e cai uma puta tempestade, usando o meu encéfalo desenvolvido eu penso em parar embaixo de um toldo e esperar a chuva passar. A chuva piora. E então aquela água que escorre do lado da guia da calçada começa a subir e subir e subir e subir e eu já começo a me ver sendo filmado pela globo sendo resgatado por um bombeiro. Felizmente eu pago todos meus pecados e a tempestade vira uma garoa e a corredeira, após empurrar alguns carros, fica fraca e eu volto a seguir pra faculdade. Na rua da faculdade, a alguns passos de chegar em terra firme e seca, vejo mais um ponto de alagamento e tenho que dar uma volta enorme pra chegar lá. Quando chego, parece que choveu mais dentro da faculdade que fora.
Ok, nada pode dar mais errado do que já deu... acaba a luz... mas isso é bom! A luz volta na hora de começar a aula e temos a aula super divertida do dia. Ao final do turno a tempestade volta pior que antes e a única rua de saída da faculdade está alagada, eu saio as 22:55, nesse dia eu saí 23:30, tudo pra esperar a água abaixar E ainda dependendo do micro ônibus pra passar por algumas ruas que ainda estão alagadas.
Pego metrô, pego ônibus, mais uma hora de viagem pra chegar em casa, vivo, e me sentindo um guerreiro por ter sobrevivido a mais um dia. Agora imagine quem mora mais longe que eu? Quem estuda e trabalha? Quem mora longe, estuda e trabalha? Eu não sei eles, mas eu sofro.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Infinitas possibilidades
terça-feira, 5 de abril de 2011
Viagens no Tempo - Parte II - Grandfather Paradox
segunda-feira, 21 de março de 2011
Viagens no Tempo!
Até lá!
quarta-feira, 9 de março de 2011
Review: Radiant Historia (DS)
por Apoka.
Radiant Historia distancia-se da linearidade comum nos JRPGs com seu inovador conceito de universos paralelos divididos em linhas de tempo que o jogador pode transitar livremente entre elas, descobrindo informações em uma timeline para avançar na outra, modificar eventos do passado e salvar a vida de seus companheiros, tomando decisões com profundo impacto na história. Decisões que podem levar a mais de 20 finais ruins diferentes ou a um único final verdadeiro e feliz para o mundo de Vainqueur. Entretanto, o jogador não precisa se preocupar quando toma alguma decisão errada, pois após ver algum dos finais ruins, ele retorna à tela onde seleciona uma das cenas para voltar no tempo.
Um mundo em decomposição
Um novo rumo para a história
Não importa quem sairá vencedor nessa guerra, a desertificação não será controlada nem terminará com o fim da guerra, o que levaria ao fim do mundo. Esta é a grande preocupação de Lippti e Teo, guardiães de Historia, onde o espaço e o tempo é distorcido e onde o jogador poderá transitar pelos eventos importantes da história do jogo.
Stocke, protagonista do jogo, é um antigo soldado do exército de Alistel que trabalha atualmente na Specint, agência de inteligência especial, que dá suporte às tropas do país com informações de Granorg obtidas por seus espiões.
Antes de enviar Stocke a uma missão em que ele deve resgatar um informante de Alistel que possui detalhes do plano de invasão de Granorg, Heiss, chefe de gabinete da Specint, dá a Stocke um misterioso livro em branco, o White Chronicle, e diz que seria como um amuleto que o protegeria no progresso dessa tarefa. O mistério já começa aí: por que Stocke recebe esse livro? Heiss sabia do poder que esse livro possui?
Uma escolha e dois caminhos
Após o sucesso da primeira missão, capitão Rosch, grande amigo de Stocke, o convida a deixar a Specint e voltar à força militar de Alistel. Neste ponto, a história divide-se em duas linhas de tempo diferentes, dependendo da escolha tomada pelo jogador.
Esses eventos importantes em que Stocke precisa fazer uma decisão que resulta em diferentes ramificações são os chamados nodes, nós na história para os quais o jogador pode avançar e voltar ao interagir com um save point. Ao fazer isso, existe a opção de abrir o White Chronicle e escolher algum nó, representado por um ícone em roxo.
Cada evento e missão iniciada e cumprida pelo jogador fica registrado no White Chronicle. O jogador pode ler o resumo de cada evento do jogo ao acessar Story no menu principal e, assim, pode relembrar passagens do jogo que já tenha esquecido, sem que precise rever a cena retrocedendo a algum nó.
O Grid
O sistema de batalha de Radiant Historia é bem simples e divertido, bastante fácil de aprender a usar suas várias alternativas de dizimar os inimigos ao longo do jogo. Além das opções básicas, como atacar com a arma equipada, usar alguma habilidade ou magia, proteger-se ou fugir da luta, o jogo traz funções interessantes.
Na tela superior, o jogador pode ver a ordem dos próximos 10 turnos e o melhor, pode manipulá-la à vontade. Ou não tão à vontade, já que ao modificar a ordem dos turnos, o personagem entra em estado de Baroque, recebendo mais pontos de dano ao ser atacado, até que seu turno chegue novamente.
A vantagem disso está no sistema de chain combos, que é iniciado quando as personagens jogáveis atacam consecutivamente os adversários, ampliando a quantidade de danos causados e a recompensa ao final da luta, dinheiro e experiência. Alternar o turno de um personagem com o de um inimigo pode ser perigoso, mas vale muito a pena para conseguir elaborar sequências de até 10 turnos consecutivos com suas personagens.
Posteriormente, o jogador receberá um poder especial para suas personagens, o Mana Burst, que só pode ser utilizado após encher uma barrinha de progresso atacando adversários ou recebendo ataques. O primeiro Mana Burst disponível é o Turn Break, que elimina o turno de algum inimigo, o que também ajuda muito a elaborar sequências de vários turnos com suas personagens.
O que torna mais divertido o sistema de combate em Radiant Historia é que não é a formação de suas personagens a preocupação que o jogador deve ter, mas sim com a formação de seus inimigos. Eles ficam dispostos em uma grade 3x3 e quanto mais próximos do seu grupo estiverem, maior será o dano que causarão ao jogador.
Assim como é possível manipular a ordem de turnos, é importante manipular a posição dos inimigos na grade, utilizando habilidades e magias que empurram ou trazem os adversários para a primeira linha. O bacana é que durante o chain combo, os inimigos podem ocupar as mesmas células, ou seja, é possível atacar todos eles ao mesmo tempo, o que reduz significativamente a duração de cada batalha dependendo de como o jogador saiba manipular a posição deles.
Muitas reviravoltas, bonita arte e "aquela" trilha sonora
Radiant Historia não só aprofunda de forma inovadora o conceito de tempo e dimensões paralelas que existe em Chrono Trigger e Chrono Cross, como também apresenta características artísticas deslumbrantes.
Para os fãs de histórias repletas de traições e reviravoltas, este é mais um jogo com uma trama interessante e recheada de emoções do começo ao fim. A Atlus apresenta uma nova face do que é uma grande guerra, com o sofrimento da população de cada nação nas mãos de tiranos ambiciosos, cercados de traidores tão sedentos por poder quanto seus líderes e com reflexões de seus soldados sobre o que é mais importante: a missão ou a sobrevivência de seu grupo? Vale a pena sacrificar-se por alguém querido, para defender seu país ou para salvar um mundo fadado à destruição? E também alguns temas mais sociais, como a xenofobia, o patriotismo, o trabalho infantil e a religião como motivo para a guerra.
Apesar das simples animações, a arte do jogo é muito bonita, com desenhos muito bem feitos dos portraits das personagens principais. Os gráficos do jogo agradam bastante principalmente aos mais saudosistas, fãs dos velhos RPGs do Super Nintendo, com seus traços bastante familiares.
E a trilha sonora. Aquela trilha sonora. De todos os jogos cuja composição foi feita por Yoko Shimomura que joguei, Radiant Historia apresenta seu melhor trabalho. Músicas orquestradas que dão aquele toque épico às cenas de batalhas e tristes ou mais animadas para embalar as tragédias e os momentos de descontração ao longo do jogo tornam o RPG da Atlus uma experiência inesquecível.
Radiant Historia é um jogo para jogar e jogar novamente, para buscar a conclusão de todas as sidequests, missões espalhadas pelo jogo, e explorar todo o conteúdo escondido pelas terras de Vainqueur. Certamente um dos melhores, se não o melhor RPG do portátil da Nintendo.