domingo, 13 de setembro de 2009

O fácil vício em jogos - Parte 2

Por Apoka.


Aproveitando esta onda de posts novos no blog resolvi, finalmente, dar continuidade à minha pequena série de posts sobre minha vida de jogador. Antes de começar a tratar do assunto desta parte, devo dizer que parei de jogar Zu Online pouco tempo depois da publicação daquele post e então passei a jogar Cabal Online até meados de dezembro do ano passado. Com alguns problemas com o jogo, acabei abandonando e comecei a jogar Shin Megami Tensei: Imagine, que durou um certo tempo até parar de jogá-lo. Daí relembrei os velhos tempos: PangYa, Dark Eden e FlyFF... Depois joguei Twelve Sky 2 por menos de um mês e agora estou num jogo da Atlus: Neo Steam. Bastante legal, recomendo. Pena que hoje em dia não tenho tanto tempo para jogar.


Enfim, vamos ao que interessa. Eu fiquei em dúvida entre escrever nesta parte sobre os jogos de PC mais importantes pra mim ou os de videogame, mas escreverei sobre os videogames e emuladores que tanto fizeram a minha infância e estão presentes na minha vida até hoje. Tentarei organizar o post em ordem cronológica, apesar de a minha memória ser ruim.


Test your might!




[caption id="" align="aligncenter" width="400" caption="Eu desbloqueava o Smoke dando porrada no videogame. :D"]Eu desbloqueava o Smoke dando porrada no videogame. :D[/caption]

Voltemos aos meus quatro ou cinco anos de idade... a primeira vez em que vejo um videogame e a primeira vez que jogo um. Este foi o dia em que joguei Mortal Kombat 3, do Mega Drive. Ahh, foi amor à primeira vista. Lembro que isso foi na casa de um primo meu, de BH, e ainda tenho algumas fotos; em uma delas dá até pra ver com quais lutadores eu e esse primo jogávamos. Acho que eu estava com a Sindel e ele com o Jax. Não importa. Meu tio percebeu que gostei bastante do "brinquedinho", e não só me deu o videogame, como todos os jogos de Mega Drive que meu primo tinha - que depois ganhou um Super Nintendo, ô, inveja. Em casa, lembro até que minha mãe jogava comigo e com meu irmão, e também das trapalhadas dela ao enfrentar o Motaro (como derrubar o aparelho dando um puxão na "manete", tentando se esquivar de um golpe dele). Enfim, se você é da pobre geração PlayStation 2 e posteriores, não perca tempo e jogue o bom e velho MK.


Vuash...!




[caption id="" align="aligncenter" width="399" caption="O início do jogo, quando o protagonista chega ao Digimundo."]Tela inicial de Sonic The Hedgehog 2

Eu poderia citar uns trinta jogos de plataforma que joguei muito no meu Mega Drive. Da dúvida entre três importantes que lembro, onde dois deles são Bubsy e Kid Chameleon, seria um pecado deixar de fora o maior clássico desse console: Sonic The Hedgehog! Eu não sei o que eu tinha na cabeça, mas não chamava aqueles amarelos e ofuscantes anéis do jogo de "anéis" ou "rings", mas sim de "argolas" (pombas, que criança dá preferência a uma palavra mais difícil de se pronunciar? Vai entender). Este jogo com certeza era o mais especial pra mim porque o Sonic era o herói de quem eu mais gostava, o mais veloz, o salvador dos bichinhos indefesos capturados e mantidos presos pelo malvado Robotnik. Também adorava as músicas do jogo (que eu sempre cantarolava junto ou assobiava) e as fases de corrida. Não consegui zerar Sonic 1 nem o 3, mas sim o que eu mais jogava: o segundo da série.

É, conforme vou escrevendo, percebo o quanto o Mega Drive foi marcante para mim. Além desses jogos, não devo me esquecer dos excelentes beat'em up dele, principalmente Streets of Rage e Golden Axe, jogos que passei muitas tardes e noites jogando.


Depois dessa febre no videogame, meu pai comprou nosso primeiro computador, em 1999. Aliás, era horrível. Travava direto, demorou um pouco até comprarmos um leitor de CD e eu não tinha muitos jogos interessantes. Mas deixarei isso para a próxima parte.


Eu não lembro se o Mega Drive deu problema ou se eu e meu irmão torramos o saco dos nossos pais para comprarem um novo videogame, mas isso não importa. O que importa é que realmente aconteceu; compramos um novo videogame: um PlayStation (do modelo caixotão, o PSX) usado, junto com alguns jogos toscos, pelos classificados de algum jornal de Guarapari, ES.


Agumon ou Gabumon?
O início do jogo, onde o protagonista chega ao Digimundo.[/caption]

Falar dos jogos de PSX em que me viciei é complicado, pois foram muitos jogos mesmo. Chrono Cross, Breath of Fire IV, Gran Turismo 2, Winning Eleven (e Pro Evolution Soccer e suas milhares de versões hackeadas), Street Fighter Alpha (não lembro qual, acho que é o 3 que tenho), Legend of Mana, Tenchu, Parasite Eve, Legend of Legaia, Castlevania: Symphony of the Night... Bem, escolhi o primeiro jogo e o que mais passei tempo jogando: Digimon World. Acho que comecei em 2000, quando o anime estreou na TV Globinho (na época de Bambuluá!) e uma edição da Revista Recreio publicou uma matéria sobre o jogo. Quando o comprei, foi só alegria. Até hoje acho Digimon World um dos melhores RPGs do PlayStation. Achava fascinante passar todas as tardes livres treinando meu digimon e alcançar seu último estágio, os combates com os chefões, explorar a Ilha Arquivo e usufruir de tantas outras coisas que o jogo oferece. Fica aí mais uma recomendação.


Finalmente: os emuladores!

Lá por volta de 2001, apertando um pouco o orçamento, pudemos colocar Internet em casa (discada, é claro). Lembro-me como se fosse ontem daqueles barulhinhos e chiados durante o processo de conexão (e com o tédio devido à espera eu acabava tentando fazer esses efeitos sonoros). Bem, logo depois descobri a emulação e, pra mim, aquilo foi o paraíso: finalmente poderia jogar os jogos (repita "jogar os jogos" mentalmente, até você também perceber o quanto é ridícula essa expressão redundante) de Super Nintendo que sempre sonhei. E foi o que fiz.



Com os meus chocantes 4 kB/s, baixei centenas de ROMs do SNES e pude então realizar esse adormecido sonho. Eu não sei nem por onde começar, quais jogos eu mais joguei, etc. Final Fantasy, Breath of Fire, Secret of Mana, Secret of Evermore, Illusion of Gaia, Terranigma, Top Gear, Samurai Showdown, Double Dragon, Teenage Mutant Ninja Turtles, Street Fighter II,  Ogre Battle, Chrono Trigger, International Superstar Soccer (especialmente seu famoso hack, o Futebol Brasileño '96, assunto de um post do Marcelo)... são tantos! Não querendo ser saudosista (mais que já sou), mas é um fato: nenhum videogame produzirá tantos clássicos como os antigos, especialmente o SNES (não é da mesma geração, mas também incluo o PSX).





[caption id="" align="aligncenter" width="400" caption="Não achei SS de alguma luta contra o rival. :("]Capa do RPG de SNES Terranigma

Terranigma, um verdadeiro jogaço. Você poderá ver que todos os jogos do Super Nintendo a que darei destaque são RPGs e realmente, nesta época foi o gênero mais marcante para mim. Voltando ao jogo, os fãs de Chrono Trigger que me perdoem, mas eu gosto muito mais de Overworld (da OST do Terranigma, música do mapa-múndi) que da Wind Scene (da OST de Chrono Trigger, música do mapa-múndi em 1000 A.C., creio eu). Não apenas sua trilha sonora é magnífica, como também seu sistema de combate, sua história e como ela se desenrola. Para os que gostam bastante de História, há referências muito interessantes no jogo.


Secret of Mana 2, ou Seiken Densetsu 3. De todos os RPGs clichês, a série Mana é uma das minhas favoritas. Não sei bem o que havia na história, que despertou minha atenção para este jogo, talvez a tentativa de explorarem um pouco da vida e da personalidade de cada personagem jogável, e o motivo pelo qual eles entraram na missão de salvar a Mana Tree. Outra coisa que me fez jogar SoM2 por bastante tempo é que o jogo é multiplayer, e até que dava pra dividir o teclado com meu irmão. Zeramos várias vezes, com personagens diferentes.


De volta ao PlayStation


O canhão de leitura do meu primeiro PlayStation pifou após dois anos de uso, mais ou menos. Nos anos posteriores, passei meu tempo livre principalmente nos emuladores, até que por volta de 2004 pudemos comprar um novo PlayStation, porém não era apenas um para a casa inteira, mas eu teria um só para mim! Sem mais delongas, melhor eu partir logo para dois dos jogos que mais marcaram esta época (dentre os que já citei mais acima).



a


Castlevania: Symphony of the Night. Eu já poderia parar por aqui, e já entenderiam porque este jogo foi tão marcante.  Os diálogos deste jogo, sem sombra de dúvidas, estão entre os melhores de todos. Quem já jogou com certeza se lembra (e TEM que lembrar) da cena retratada na imagem acima, com o diálogo de Drácula e Richter Belmont antes de sua última luta, ainda no início do jogo. E não é só isso que torna este jogo tão excelente: possui uma trilha sonora impecável, e uma jogabilidade magnífica. E gosto bastante do protagonista do jogo, o Alucard.



Legend of Legaia. Eu poderia citar como RPG marcante um Final Fantasy, um Chrono Cross, um Parasite Eve ou um Vagrant Story para encerrar essa parte do post, mas seria tão manjado... Então prefiro falar de um jogo tão bom quanto os clássicos, e menos conhecido. Eu não vejo nada de muito especial na trilha sonora desse jogo (tá, tem excelentes músicas sim), mas o que o torna um grande destaque pra mim é o seu enredo e o seu autêntico sistema de combate. O jogo explora bastante a personalidade dos protagonistas (exceto o personagem principal), como o passado de cada um e a forma como eles se inserem dentro do mundo do jogo. Enfim, é mais uma obra-prima lançada para o console, um must play.


Per...so...na...!


OK, eu critiquei a geração PlayStation 2, mas tenho que admitir... meu jogo preferido (dos consoles/portáteis) é justamente desse console. Aliás, "jogo" não, mas falarei de dois jogos que compõem parte dessa série de spinoffs de Shin Megami Tensei, o Persona 3 e o Persona 4.



Shin Megami Tensei: Persona 3. O que é a alma, afinal? O que é a verdade e o sentido pelo qual existimos? Por trás de toda a vida escolar que existe no jogo, P3 usa bastante essas questões filosóficas, além de elementos de culturas de várias partes do mundo, como conceitos cristãos, taromancia, mitologia greco-romana e também a oriental.


Este jogo está entre os meus preferidos por ser impecável em tudo. Sua história, sistema de combate, a forma como a personalidade de cada personagem (protagonista, coadjuvante, antagonista, todos! - menos os NPCs templates espalhados pela cidade e pelo colégio) é explorada (desde seus sonhos a seus conflitos emocionais e psicológicos), o sistema de dating sim (interagir e assim desenvolver laços com vários personagens do jogo, podendo ficar com algumas garotas também), sua trilha sonora e tantos outros fatores.


Enfim, é uma experiência sensacional do começo ao fim. Garanto que você ficará curioso para descobrir um pouco mais sobre o que são os "personas" e como o âmago de cada pessoa influencia em sua personalidade e em seu jeito de ser. Não sei explicar tão bem assim, então o único jeito de entender isso é jogando.



Shin Megami Tensei: Persona 4. Nesta seqüência, o jogo perde aquele ar "sombrio" e meio psicodélico que existia no anterior, agora apresentando cores mais vivas e uma temática mais leve, voltada para o humor. Leve? Na verdade não. Desta vez, P4 faz uma crítica ao tempo que desperdiçamos diante da televisão e a excessiva importância que damos à imagem que aparece nas telinhas mágicas, o que o torna muito interessante, talvez até mais  que o Persona 3. Eu não revelarei muito mais a respeito de sua história, mas aqui é mais explicado o que são os "personas", de que forma eles são descobertos e  como cada pessoa acaba perdendo sua personalidade por recusar o que realmente é, e assim vivendo sempre atrás de uma imagem.


Quanto aos aspectos técnicos do jogo, eu não preciso dizer nada. Shoji Meguro faz novamente um excelente trabalho com a trilha sonora do jogo, os gráficos do jogo são ainda mais trabalhados e o sistema de combate apresenta algumas novidades em relação ao anterior, aproximando-se bastante do sistema de combate dos RPGs clássicos. Com certeza é um jogo indispensável e, talvez, o meu preferido.


Gotta Catch 'em All!




Queria ter achado alguma screenshot de alguma luta contra o rival, mas tudo bem.[/caption]

Para finalizar o meu post, seria um sacrilégio deixar de lado o maior vício do nosso canal de IRC: Pokémon! Coloquei uma screen do Pokémon Ruby, pois geralmente são as versões do GBA que jogamos.


Creio que foi o bruN0 quem inventou o nosso sistema de seleção de pokémons. Fazemos algo bem interessante: um sorteio de seis pokémons (dentre todos os 386) e montamos uma equipe para usá-la até o final do jogo. Caso algum pokémon seja muito ruim ou a equipe não possa usar todas as HMs, trocamos um deles, ou mais.  Foi bem divertido da última vez que fizemos essa maratona (eu estava sem internet, aliás); consegui terminar o jogo com um grupo complicadinho: Illumise, Octillery, Noctowl, Aipom, Piloswine e Blissey, como você pode ver na imagem abaixo.





[caption id="" align="aligncenter" width="400" caption="League Champion!"]League Champion![/caption]

Pois é. É inevitável que esses malditos jogos viciantes não façam parte da nossa vidinha nerd. Mas também: para que nos preocuparmos tanto com os problemas do mundo e do nosso cotidiano, se podemos sempre nos divertir ou nos estressarmos enfrentando monstros gigantes, salvando o planeta ou a princesa, tornando-se um mestre pokémon?

Então, você aí que está de cabeça quente com o trânsito que enfrentou hoje, com uma discussão com a(o) namorada(o), com suas notas no colégio que vão mal, com seu dia de cão no trabalho, procure no fundo da sua gaveta de roupas íntimas aquele jogo preferido, insira-o em seu console ou em seu computador (ou simplesmente abra a ROM ou ISO em seu emulador) e divirta-se!... A vida é tão breve.

MALDITOS AMARELOS X

Antes de começar, explico: amarelo é uma forma de fazer referência aos seres asiáticos-orientais-olhos-puxados-fritadores-de-pastel em geral. Indivíduos que, em geral, apesar de serem compostos por diversas etnias, costumam ser todos bizarros. Termo vindouro, pelo menos para mim, do Baú de Jogos <- bom site, recomendo.

Seguem alguns exemplos de coisas doentes amarelas:

Máquina de calcinhas usadas
Hentai em geral:
Cara, tem coisa que eu me recuso a colar links ou sequer procurar pra ver. Mas o setor pornográfico dos amarelos é algo que desafia a sanidade humana. Desde o básico yaoi (gay) até o TENTACLE RAPE, pode-se encontrar de tudo. Há o goru, modalidade que envolve morte e desmembramentos.

Essa imagem da própria Wikipédia prova que os amarelos são assim há séculos. Aliás, tentacle rape me leva a...

OCTOPUS FUN
Procure isso por sua conta e risco.
Existe o Bukakke também.
Sobre os otakus, tanto daqui quanto os de lá, prefiro não comentar.

Na música, dentre as muitas doentices, existe o Visual Kei, o qual você pode observar na imagem mais a frente.

Japonesas grávidas tiram a roupa em nova tendência
Japoneses se apaixonam por personagens de animês e jogos
Mas calma, não vim aqui falar de algo tão doente assim. Na verdade nem chega perto disso. Mas não deixa de ser mais uma coisa doentia nipônica.

O X Japan voltou. Uma das maiores bandas do Japão (quiçá a maior), que encerrou as atividades em 1997 basicamente por mimimis do vocalista Toshi (o cara, por exemplo, arranjou uma religião amarela bizarra aí, que não deixava se apresentar em público, e é envolvida com pedofilia e ataques terroristas). Em 1998, o guitarrista hide (que tinha cabelo rosa e usava guitarras e roupas verdes, um típico mangueirense) se suicidou, acabando com planos de um retorno em breve da banda.

Passados mais de 10 anos e finalmente a esperada reunião aconteceu. Primeiramente mostraram a música I.V., que estreou no filme Jogos Mortais IV, e logo marcaram os shows do retorno. É aí que eu quero chegar.

Uma recapitulação, antes.

Originalmente chamada apenas de X, a banda surgiu na terra amarela em 1982, tendo seu primeiro álbum lançado em 1988. O já citado Toshi conheceu o baterista/pianista/compositor/maestro/guitarrista/empresário/emo Yoshiki na escola e a partir daí a banda se formou e conquistou os amarelinhos. Além de hide, se juntaram também o simpático guitarrista Pata e o ex-baixista Taiji, sendo substituído posteriormente por Heath.

Preguiça de desvendar qual é qual pra escrever aqui
(sim, os amarelos basicamente são iguais a Madonna e não usam o sobrenome; sem contar hide, cujo nome deve-se escrever assim mesmo, com minúscula)

Como já disse, o primeiro álbum foi lançado em 1988. Se trata de Vanishing Vision, e é um tapa na cara dos amarelinhos, começando pela capa. Músicas como Sadistic Desire, I'll Kill You e Vanishing Love evocam o espírito headbanger de qualquer um. Há ainda a balada não-melosa (algo que mais para frente se tornaria impossível) Alive e o grande clássico Kurenai.

GROAR
No ano seguinte chega às lojas Blue Blood. Continuam os petardos: Blue Blood, Orgasm, a épica Rose of Pain (que música, que música!) e o "hino" X, que para mim é superestimada. Há mais músicas divertidas também, como Easy Fight Rambling e Celebration. Aqui começa a era das baladas choramingantes, com Endless Rain. A partir desse álbum a banda começa a ficar famosa na terra dos otakus.

Em 1991 é lançado Jealousy, e mais músicas doidas. Miscast, Joker, Desperate Angel, entre outras. A tradição iniciada com Endless Rain continua aqui, com a mais melada ainda Say Anything. Mas há espaço para Voiceless Screaming, que remete à Alive.

Por volta de 1992 a banda então muda seu nome para X Japan, porque nos EUA já tinha uma chamada X. (mamãe queremos ser internacionais) Aconteceu por aí também a troca do baixista.

Em 1993 a banda lança Art of Life. Art of Life. Anote esse nome. Que música, leitores, que música! O álbum possui apenas a música-título, que dura 29 minutos. Há partes brutas, lentas, solo de piano. Definitavamente uma música que merece um álbum só para ela. Foi tocada mínimas vezes ao vivo. Sendo que foi lançado em 1998 um álbum chamado Art of Life Live, contando apenas com uma versão ao vivo da mesma, aqui com 34 minutos.

Por fim, em 1996 é lançado Dahlia, até hoje o último álbum de estúdio da banda. O som está muito diferente: há baladas demais, pouco se lembra daquela banda bruta de Vanishing Vision. E mesmo as músicas agitadas têm um melodramazinho em algum momento. A exceção fica para as porradas Scars e Drain. Drain é uma boa música, mas a sua bateria eletrônica realmente é dispensável. Mas eu o considero um bom álbum. Também foi lançado apenas em single a música Forever Love, outra baladenha grande e melosa. Legal, no entanto.

Um ponto positivo da época de Dahlia: passaram a se vestir como gente. Ou nem todos
Até que em 1997, devido aos já citados mimimis de Toshi, a banda resolve se separar. Finalizam com um último show no Tokyo Dome, em 31 de dezembro (data que nos últimos anos sempre tocaram lá). Esse show ficou conhecido como The Last Live e lançado alguns anos depois.

Sobre tal concerto, devo tecer alguns comentários.

Desconsiderando playbacks, instrumentais enroladores e solos xaropes de Yoshiki, temos 12 músicas. Sim, doze. Para o que seria o ÚLTIMO SHOW da banda, eles tocam míseras doze músicas. Sendo cinco do último álbum, e Forever Love sendo outra. Que merda, vai dizer. Para finalizar, uma música totalmente chata, longa e nonsense que fizeram pro final, The Last Song. Desnecessária. Basicamente, foi o mesmo que um show da turnê de Dahlia. Fazendo as mesmas desconsiderações, o ao vivo de 1992 On the Verge of Destruction possui 13 músicas (14 com Es Dur no Piano Sen, boa música).

Os fãs amarelos babões me amaldiçoarão dizendo que foi muito emocionante, teve o abraço de Yoshiki com Toshi ohhhhh choramings.

Em resumo temos: uma grande banda, com 3 excelentes álbuns, uma mega música que é uma obra de arte, e um último álbum também bom, apesar das ressalvas. E shows xaropes.

Eu esqueci de contar a duração do The Last Live: são pouco mais de 3 horas.

Você lembra quantas músicas eu disse que tinha?

Poizé.

Enfim, passam os anos, a banda se reúne, e por aí vai. Andei meio por fora das novidades, no máximo dei uma ouvida em I.V. Até que recentemente esbarrei com uma gravação profissional de um dos shows do retorno, que passou na tevê amarela, e resolvi assistir, pra ver qualé a da volta dos caras. Se trata do show no dia 2 de maio desse ano, no Tokyo Dome.

Quanto tempo tem o show? 3 horas e 18 minutos.

Quantas músicas? 11. Sendo legal na contagem.

Quantos desfiles de moda? 1.

Quantos fantasmas tocando? 1.

wait
wat

Então, apertei o play e mandei ver. Depois de minutos de enrolação, aparece Yoshiki no piano com Toshi cantando Rusty Nail. Desconsiderarei o fato de que num show de alguns meses antes fizeram o mesmo, mas com Blue Blood. Logo então começa a música de fato (com o clássico playback do começo). Vejo então a mesma voz lá anunciando e tal "hello Tokyo" e começa a falar o nome dos membros da banda, cada um seguido de orgasmos por parte da plateia amarela, culminando no delírio ao ser apresentado Yoshiki. Não me surpreende o fato de também ser anunciado o nome do falecido hide, afinal, eu já esperava por homenagens. Porém não foi só nessa hora que aconteceu. Alguns segundos decorridos da música, me deparo com a seguinte imagem:

SOCORRO FANTASMAS
"???????" quem conhece a banda pensa. "Ué, ele não tinha morrido?" o leitor mais atento ao texto questiona. Sim, é hide, o guitarrista falecido há mais de 10 anos. Ali, maroto, como se tivesse no show. Ok, deixo passar, achando que é só uma coisa simbólica ali no começo. Porém segue assim até o final do show.

Sim, a todo momento intercalam imagens de hide no vídeo como se ele tivesse lá, correndo entre eles, tocando e cantando. Creio que também houve playbacks de solos dele, mas não posso afirmar com certeza.

Olha o rosa e verde, bem estiloso
Na boa, achei isso muito ridículo. Não que eu seja contra homenagens, ou queira 'desrespeitar' o guitarrista, mas isso é demais. A banda está aí hoje, eles tem um guitarrista substituto. hide se foi, ele NÃO está lá tocando, ele poderia ficar fora disso. Uma homenagem ou outra, num momento específico, para mim não teria problemas. Mas intercalar essas imagens dele a todo momento, como se ele tivesse lá, para mim foi muito sem noção.

A tecnologia lá é tanta que além de colocarem o hide no vídeo conseguiram projetar ele no palco
Por exemplo, mais para frente no show, aparece um vídeo de hide cantando Celebration enquanto Pata toca. No final há um boneco de hide no palco. Ou como no clipe de I.V., onde há uma guitarra dele no palco. Só isso bastaria. Mas não, os caras colocam ele na tela toda hora. Típico amarelismo.

O baixista Heath parece ter vindo de um Final Fantasy direto para os palcos
Pelo menos hide era um cara legal. Mas pior que isso são as babações por Yoshiki. O solo dele é podre, chato e sem graça. E ele fica batendo naquela bateria e se fazendo de cansado ou qualquer coisa assim, como se fosse grandes bosta. E os solos de piano então, que tem toda hora, outra chatice. MAS PIOR é quando ele decide falar, no final de X. Fica meia hora gritando com a voz tosca "WE ARE" pros amarelos completarem com "X", e grita, se joga no chão, rola, enquanto eu vejo com minha cara de entediado e sinto vergonha alheia. Até procurei vídeo disso para partilhar a vergonha, mas infelizmente não encontrei.

"Hehe"
Depois de Rusty Nail tocam Week End. Desconsiderarei o fato de ser a mesma sequência de abertura da Dahlia Tour/The Last Live. Logo após, eles tocam uma nova música, Jade. Bons riffs pra começar, versos com o baixo bem nervoso, pesada quase ao estilo dos bons tempos. Mas a música chega no refrão e... vira uma balada. Será que eles não tem capacidade de escrever algo que seja uma constante, sem ser uma balada inteira ou ter partezinhas assim? Lembrando que acontece o mesmo em I.V... Mas é boa essa Jade. No aguardo de um eventual lançamento.

Não citarei os muuuuuuuitos tempos sem nada acontecendo entre uma música e outra porque ficaria chato, mas considere isso entre uma e outra. Por que caralhos os caras precisam tanto disso? Será que estão tão velhos que ficam sem fôlego então vão lá atrás e ficam usando tubos de ar pra respirarem e conseguirem voltar pra mais uma música?

"Vem cá Yoshi, deixa que eu te levo lá pra trás"
Outro fator irritante são os playbacks. Uma banda onde o baterista e o pianista são a mesma pessoa não poderia dar coisa boa na hora de tocar. É muito triste ver lá, Yoshiki no piano e a bateria parada, enquanto o som de bateria rola forte no fundo. Cara, fizesse playback do piano na pior das hipóteses, deixasse sem piano ou mandasse um random tocar. Mas não, ninguém pode assumir as funções do grande Yoshiki. Grande retardado. Ele também surge e fica sorrindo retardadamente (ok, inclua isso em todas as vezes que ele for citado) e joga flores pra plateia. Praticamente um Roberto Carlos.

"Nããão, volta aquiiiiiii!"
O guitarrista novo é neutro, o tal do Sugizo. Era de alguma banda aí. Vou relevar o fato dele ser considerado o sexto membro da banda. Ele toca violino antes de Dahlia, inclusivo as linhas vocais. Achei bem legal. E logo depois Toshi canta uns versos no mesmo estilo que cantou antes de Rusty Nail, bem original e tal.

Ache o contaminado por gripe suína na plateia; isso já em maio!
Não-amarelas! Detalhe que devem ser as únicas sem o pauzinho nas mãos

Enfim, é no meio do show que a palhaçada chega ao seu ápice. Num certo momento, começam a acontecer umas porras muito drogadas. Uma música estranha com uma mulher começa e logo aparecem um monte de amarelas caracterizadas dançando uma música estranha qualquer. E só vai piorando. Aparece um ser (não consegui determinar seu sexo) dançando sozinho no meio. A música muda, e mais amarelos bizarros aparecem. E DAÍ TIPO DO NADA COMEÇA UM DESFILE DE MODA

UM DESFILE DE MODA

NO MEIO DE UM SHOW DE ROCK

WTF

Amarelas fazendo amarelice

Tipo, qual a moral? O que minha mãe iria achar se me visse vendo um desfile de moda no PC? Eu só sei que é algo, naturalmente, da cabeça amarela doentia de Yoshiki, pois as músicas tem algo a ver com um projeto dele chamado Violet UK, que basicamente nunca lançou porra nenhuma.

Um típico show de rock
X Japan Fashion Week. Detalhe no fundo, tente entender

Acabada a palhaçada, tem mais um momento emo de Yoshiki, onde fica tocando uma música orquestrada qualquer e ele fica lá parado, fazendo nada. Até que começa seu solo de bateria, e eu prefiro nem comentar de novo essa merda.
"Tô com sono, gritem mais pra eu ficar acordado"
"zzzzzzZzZZZZzzzzzzzz"
"Opa, tá tudo bem agora"

Um pouco mais pra frente tocam I.V., mas perdem meia hora só resmungando as palavras do refrão antes da música. Um pouco eu acharia legal, a melodia é bonita, mas cansou. Foi maior que a música eu acho. Enfim chega a última música, Endless Rain, com direito a Yoshiki no piano e a bateria soando. Nem vou comentar que levam anos pra terminar de enrolar e acabar logo o show, cansei.

"É, cansei também"
Finalizando, o que quero dizer é que o X Japan podia ser muito melhor. Eu acho que o espírito de lendas realmente subiu a cabeça deles, e fazem esse monte de tranqueiras no palco. Tendem a criar músicas enormes para serem cada vez mais épicas, melosas e que possam ser bem enrolativas nos shows. Eu gosto da banda: as partes do show em que eles tão realmente tocando sempre foram e continuam excelentes. Mas essa zona toda aí não dá.

Tocar pra quê?
Vídeo de Rose of  Pain, em versão acústica:


BÔNUS:

Yoshiki fez uma parceria com a Hello Kitty para lançar os YOSHIKITTYS.

Acho que a Pucca combinaria mais, por já ser oriental
BÔNUS 2011:

domingo, 6 de setembro de 2009

Quem tem medo dos cartãozeiros?

Por bruN0.

OMG CARTÃOZEIROS E SÃO JORGE!
"OMG CARTÃOZEIROS E SANTO EXPEDITO!"


Esse panfleto que vocês veem é provavelmente o mais bizarro que já recebi. E vocês vão concordar comigo depois que o lerem, não sem antes eu fazer uma breve introdução.

Lá estava esse que vos fala no terminal de ônibus do Antônio Bezerra em Fortaleza, esperando o bendito Campus do Pici/Jovita Feitosa num sol potencialmente infernal das 10:30. Enquanto esperava tranquilamente na fila, eis que um senhor de idade avançada e rosto abatido começa a entregar panfletos para as pessoas da parada. Mal poderia imaginar o quão sortudo seria ao estar exatamente naquele local/hora. O panfleto é bem tosco, você nota pela textura. Papel meio amassado e sujo, parecia cartolina velha. Quando vi a gigante imagem de Santo Expedito, imaginei que fosse mais um pregador pedindo para aceitar Jesus no meu coraçãozinho pecador. Mas o texto me reservava uma surpresa...

Notei que quem recebia o panfleto, começava a ler e ficava com uma notável cara de interrogação. Então resolvi começar a ler. Eis aqui o texto na íntegra, com alguns comentários intercalando e certos grifos.

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"Os cartãozeiros estão fazendo desordem e estuprando as mulheres e crianças, e ainda estão ameaçando as pessoas e assaltando postos de gasolina e os sítios, se passando por policiais eles são Duzentão. Os cartãozeiros não tem mais o que fazer, estão mandando as mulheres se empregar nas casas, para observar a conta bancária e a renda familiar, para passar informações para os cartãozeiros."

Wait... WHAT?! CARTÃOZEIROS? O que raios seria isso? Cangaceiros modernos? E por que DUZENTÃO? E nossa, se eles não tem mais o que fazer, diria que isso é o tédio levado às última consequências. Detalhe que num parágrafo ele consegue citar CARTÃOZEIROS 3 vezes. A capacidade pleonástica desse texto é inacreditável, como veremos a seguir.

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"Quem é o chefe dos cartãozeiros é o Nilo, genro do Zé Português, pois o Zé Português é o líder da quadrilha, a filha do Zé Português, Ana, que é a mulher do Nilo, ela é quem anda aqui em Fortaleza colocando os "Chupa-Cabra" para os cartãozeiros dar o golpe. Todos os cartãozeiros de todos os bairros de Fortaleza estão fazendo desordem e estuprando as mulheres e crianças, eles vivem dizendo que é trote. O Nilo e o Zé Português se passando por policiais e advogados."

Opa, a história começa a ficar boa. Subentende-se que esse Nilo deve ser o capeta e o Zé Português deva ser um capeta semelhante, só que burro... e mais interrogações. Chupa-cabra? E fiquem de olho em "estuprando mulheres e crianças", isso ainda vai se repetir...

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"Os bairros de Fortaleza que tem mais cartãozeiros são: Genibaú, Antônio Bezerra, Conj. Ceará, Henrique Jorge, Caucaia, Barro Preto e Aquiraz. Todos os municípios de Aquiraz e até Caponga estão cheios de cartãozeiros."

Eu poderia deixar essa parte passar batido, mas quem conhece o Ceará sabe que tem dois pequenos detalhes curiosos nesse parágrafo. Primeiro: Caucaia é uma cidade. E a maior da região metropolitana, tirando a própria capital. Segundo: como assim todos os municípios de Aquiraz? E por acaso isso virou estado da federação? Vai entender. Prosseguindo...

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"Nós, da comunidade do Barro Preto, pedimos que toda a população que pegar este panfleto ajude a passar estas informações para que as pessoas repassem para os órgãos competentes, porque você pode ser uma das vítimas deles, pode ser até um vizinho seu. Ajude-nos a a denunciar esses bandidos para a Polícia e a Imprensa, pois Nilo, que é o chefe deles, vive aqui dentro do Barro Preto escondido."

Ok, o cara que mora no Barro Preto é quase uma piada pronta. Dizer que mora na merda é até constrangedor. E a teoria da conspiração de ter um vizinho CARTÃOZEIRO é genial. E claro, Nilo é o Osama Bin Laden cearense...

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"Todos os cartãozeiros estão se passando por policiais. As mulheres dos cartãozeiros estão se empregando para obter a senha dos aposentados e a renda da família."

Sim, o texto tem um parágrafo só pra dizer isso. Todos os cartãozeiros são policiais? Então por que Nilo se esconde? E esses aposentados safadões, contratam as mulheres deles... admita, é uma boa isca.

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"Os cartãozeiros, eles entram nas residências, sítios, casas de praia e rendem todos que estão na residência. Eles são muito violentos, levam arma em punho, estupram e abusam sexualmente das mulheres e crianças, só que é no período da madrugada."

Excelente pontuação. E de volta a falar de estupros... mas agora temos algo novo! É de madrugada! Claro, como poderia esquecer isso...

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"As pessoas que são violentadas tem que procurar as autoridades competentes, mas quando as pessoas chegam na delegacia, o delegado exige levem uma testemunha, só que as pessoas não tem como provar nada, porque o delito geralmente acontece na madrugada. Os vizinhos não vão sair das suas casas para testemunhar, porque eles não viram nada porque é de madrugada. E aí fica tudo impune, eles fazem do jeito que querem, estupram e levam todos os pertences da pessoa."

Primeiro: se é assim, POR QUE PROCURAR? Claro, é o método infalível! Faça tudo de errado na madrugada, ninguém vai estar vendo mesmo! É o crime perfeito, admita. E o autor desconhecido novamente falando de estupros. Ele tem uma fixação meio estranha nisso... Ah, e voltando a indagação inicial, QUEM SÃO OS CARTÃOZEIROS?

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"Os cidadãos não vão sair das suas residências dizendo que viram a sua esposa ou filha sendo violentadas porque eles se sente humilhados e preferem ficar em silêncio para preservar a sua imagem perante a sociedade. As autoridades tomam conhecimento mas não fazem nada."

E como raios eles tomam conhecimento e fazem nada? A teoria da conspiração toma mais formas...

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"Dentro de uma casa foi preso um cartãozeiro de nome Cícero no Parque Santa Rosa, ele está no 3º distrito, ele estava se passando por policial civil, estava TURTURANDO uma mulher e estorquindo a mulher para lhe dar dinheiro, outro cartãozeiro do Bom Jardim foi preso, ele e seu comparsa, o nome da mulher é Fátima, e seu comparsa, o nome dele é Paulo, no Bairro Maraponga."

Opa, historinhas! Nada como uma turtura gramatical para alegrar nossa análise. Claro, o autor deve ter um transtorno obsessivo-compulsivo por vírgulas e supressão de conectivos. Não é uma parte muito interessante, mas nota-se a periculosidade e o quanto os cartãozeiros podem ser ecléticos e são bem articulados. Grande Maraponga...

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"Quatro homens sequestraram duas moças e a APAUPARAM e depois abandonaram num terreno baldio. Esses bandidos estão agindo no interior de Canindé, Santa Quitéria, Baturité, eles estão humilhando os CIODADÃOS, se REQUEBRAR e abusar das mulheres."

Belo combo! Cartãozeiros apaupadores de mulheres ciodadãs indefesas. Agora... requebrar? Isso é tão bizarro que não dá nem pra inventar uma zoação decente.

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"Nas estradas eles estão usando o CINTO DO DRAGÃO para furar os pneus dos carros e fazer os assaltos, eles fazem as SAIDINHAS BANCÁRIAS."

Sim, eu sei o que são "saidinhas bancárias". Mas o termo é genial, diz aí. Agora... cinto do dragão? Por acaso os cartãozeiros tem algo a ver com o Shiryu? E usar um cinto para furar pneus? Haja LSD...

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"Graças a população que está denunciando, inclusive a imprensa, está noticiando. Eles são conhecidos por Duzentão. Eles estupraram uma moça na Praça da Uberlândia e onde eles sabem que tem um aposentado que more só eles torturam e ficam com a senha."

Eles estupram (pela 7623ª vez só nesse texto) moças indefesas e abusam de aposentados. Torturam aposentados e mulheres e...

E aqui a resposta que tanto buscávamos. Os cartãozeiros são... Duzentão, ora. Você não sabe o que é isso? Bem, aí é coisa para outra análise de texto enorme e inútil como essa.