domingo, 19 de dezembro de 2010

10 anos do (meu) PlayStation + top 10


Louvem. Insuperável.
 O dia 16 de dezembro do ano 2000 foi um dia especial para minha pessoa. Sempre fã de videogames, ainda convivia apenas com um Super Nintendo que, àquela época, creio que não funcionava mais. Nada mais natural portanto que eu almejasse algo maior. E esse algo era o lendário PlayStation.

Já havia pesquisado (com minha mãe, claro, eu tinha 10 anos) pelo centro lugares que vendiam o famigerado "videogame de CD". Até que na data acima meu pai resolveu (principalmente devido ao meu sucesso como melhor aluno da quarta série, que lindo) comprar o dito cujo, para minha alegria eterna.

Logo então estava em casa com meu novo companheiro. A partir daí foram horas e mais horas de diversão em RPGs, luta, ação, corrida, enfim, tudo que essa antiga máquina pode proporcionar, seja com os jogos mais clássicos ou algumas pérolas não tão conhecidas assim.

Interface lendária.
Quando fiz a compra, me foram oferecidos dois conjuntos de jogos pra escolher. Eu apenas bati o olho e vi que em um tinha Street Fighter Zero 3, e então o peguei sem pensar. Eu passei muito tempo apenas vendo revistas e babando nas coisas pra PlayStation, e como sempre gostei de Street Fighter, esse era um dos meus sonhos de consumo. Meu deus, como joguei isso :~ e jogo até hoje aliás, seja online no emulador de Arcade ou no Street Fighter Alpha Anthology do PS2.

Outro jogo marcante foi Legend of Legaia. Não lembro direito como o arranjei, acho que fiz umas trocas. Sei que eu tinha visto numa revista e achei interessante, apesar de não saber direito o que era esse tal de RPG. E mesmo uma criança sem entender muito, resolvi encarar e a partir daí virei fã do estilo. Joguei o jogo de novo mais recentemente e, já menos pivete, percebi que no fundo a história e o jogo em si são bem simplórios, mas não deixa de perder a magia. Nesse mesmo estilo, em 3 de setembro de 2003 (a data tá carimbada no meu CD, pra caso de devolução) resolvi adentrar mais o meio do RPG e adquiri o (tão famoso e que todos falavam) tal de Final Fantasy, mas especificamente o VIII.

Um prêmio especial pra quem identificar todos os jogos aí.
Com FFVIII eu comecei a praticar uma das mais famosas e belas gambiarras do PS1: colocar o console de ponta-cabeça para ele ler melhor os CDs. Vários jogos tinham uma certa dificuldade para rodar as CGs, ou travavam em certos pontos mas, como o console de ponta-cabeça, não havia nada que não rodasse. Ver o videogame ali com a tapa pra baixo já era algo totalmente comum pra mim. Um dia quando eu for engenheiro formado vou fazer uma pesquisa intensiva para descobrir a causa disso, anotem.

Nesses 10 anos o meu PlayStation passou por altos e baixos, teve algumas épocas que eu pouco toquei nele. Não sei se isso é muito comum, mas ele continua funcionando perfeitamente até hoje (as vezes é melhor deixar de ponta cabeça, mas nada demais). Mas nesse ano ele estava indo muito bem, tirei as férias do começo do ano para acabar jogos que eu tinha apenas começado anteriormente (Digimon World, Chrono Cross, Legend of Mana). Mais recentemente acabei Front Mission 3, bom jogo. Eu estava planejando muitos outros jogos, porém recentemente (junho de 2010) eu cheguei a geração seguinte, com a aquisição do PS2, e portanto o PS1 foi levemente deixado de lado (tenho 10 anos de jogos de PS2 para tirar o atraso). Mas um dia eu volto lá... o número de possibilidades a serem exploradas são enormes, o console teve uma biblioteca realmente gigante.

O famoso. Do lado seu sucessor.
Para resumir um pouco mais concisamente esses meus 10 anos e também pro post ter um maior poder de persuação, resolvi fazer um top 10 de jogos do PS1. Obviamente é uma lista totalmente parcial e não ligo para o que os outros pensam.

10 - Dino Crisis 2

Sempre achei Regina um nome estranho pra personagem de jogo, ainda mais a protagonista
O primeiro Dino Crisis era basicamente um Resident Evil adaptado para dinossauros. Tu tinha pouca munição e atirava com pena de tão pouco, se pudesse fugir era melhor, tinha os sustos e tal. Terminei o jogo uma vez só, até que gostei. Então resolvi partir para a continuação e tudo era diferente. Agora tu tinha munição até cansar, tinha dinossauro pra todo canto, tu tinha armas doidíssimas pra arregaçar os dinossauros e ganhava pontos pra comprar armas mais doidas e mais munição. O ritmo do jogo é muito rápido e ação de qualidade. Um jogo muito bom para relaxar, além de ter gráficos bem bacanas. A história não vou saber te contar porque faz muito tempo que joguei isso, mas era uma parada com revelações de parentesco no final, coisa e tal.

9 - Driver 2

Acho que o nome do cara é Tanner.
"Pô, acho que vou fumar um cigarro" "É a polícia, você está preso!!!" Ambientado parcialmente no Rio de Janeiro, Driver 2 é um jogo de ação (eu sempre chamei de corrida, até que um antigo amigo me fez perceber que não tem corrida na parada) que é de certa forma o precursor dos atuais GTAs da vida. O modo história é bem legal (eu digo as missões, a história era meia boca), mas o que eu gostava mesmo era pegar o carro e passear pelas cidades. Apesar das precariedades (quaaalquer coisa a polícia já vinha atrás de ti), vários bugs, não haver muitas formas de interação como os negócios de hoje em dia, me diverti demais com esse jogo. Lendo sobre GTAs e só conhecendo Driver, meu sonho era partir pro GTA e ter diversão ilimitada, mas confesso que por algum motivo ainda não consegui isso (ao contrário, até me estresso levemente), pelo menos não da forma que eu brincava no Driver 2.

8 - Threads of Fate

Rue e Mint. :~
Esse jogo provavelmente é desconhecido da maioria. É um adventure da Square levemente nos moldes de Brave Fencer Musashi, por exemplo (que ninguém quase deve conhecer também, enfim), com elementos de RPG. Tu escolhe entre os personagens acima, Rue e Mint, cada um com suas características (Rue é o jovem herói determinado, Mint é a princesa patricinha nervosa), jogabilidade diferente, áreas a histórias exclusivos, enfim. É um jogo extremamente agradável de jogar, os gráficos são bonitos e a trilha sonora é bem bacana. Não sei mesmo como ele acabou passando totalmente desconhecido, pois é muito divertido.

7 - Castlevania: Symphony of The Night

Tu mexia o direcional e o Now Loading ficava balançando, emocionante.
Esse é mais do que clássico. Todo jogador que se preze precisa ter jogado SOTN. Jogabilidade 2D perfeita, milhões de armas e inimigos diferentes, elementos de RPG pro seu personagem evoluir, dois castelos e mais de 200% de jogo para explorar. Que eu nunca alcancei, aliás :( Recomendo esse review.

6 - Legend of Legaia

Bom sistema de batalha.
Já falado acima, Legend of Legaia não poderia ficar de fora. Apesar de o andamento da história ser deveras simples (você precisa disso para fazer isso, então vá para lá), o jogo é cativante. O sistema de batalha é bem interessante e (até onde sei) inovador.

5 - Final Fantasy VIII



Esse ou o Legend of Legaia devem ser os RPGs que mais joguei na vida. Desde a bonita abertura (I'll be waiting... for you... so... if you come here, you'll find me. I promise) até o final bonitão, uma aventura muito divertida e até emocionante. Com algumas coisas diferentes, como por exemplo você não ganha dinheiro em batalhas e todo nível precisa de 1000 de experiência pra subir. A história é bacana (oooh o amor), o sistema de batalha idem, explorar o mundo também. Um ponto negativo é que todos os personagens, em termos de batalha, são praticamente iguais, só mudando o Limit Break. Mas nada que tire o brilho. FFVIII é um jogo como poucos. Sem falar de Eyes On Me...

4 - Gran Turismo 2

THE REAL DRIVING SIMULATOR. Os istas choram.
Corri muito nessa parada aí. Tive até que comprar um memory card para tal, pois por algum motivo o meu não o salvava, e ocupava 4 blocos essa parada! O primeiro ocupava cinco. Enfim, foram muitas horas nas pistas, e quando tu tem o lendário Suzuki Escudo, nada para sua diversão.

3 - Final Fantasy IX

Bahamut x Alexander, uma das CGs mais épicas ever.
O melhor Final Fantasy para PS não é o VIII, e muuuito menos o VII, é óbvio causei. FFIX lançado já no final da vida do console, possui gráficos excelentes, história bonitenha e muita diversão. Ele retorna a um estilo mais simples, os personagens são mais caricaturizados do que os incrivelmente levados a sério dos dois anteriores. O sistema de habilidades é simples de entender e aplicar nas batalhas, que aliás, contam com uma das melhores músicas de batalha dos RPGs. Além, claro, de uma das melhores sequências de CGs de todos os tempos, a batalha entre Bahamut e Alexander.


2 - Metal Gear Solid


Só conseguia resistir à tortura no easy ;(
This is Snake. Colonel, can you hear me? Loud and clear. What's the situation, Snake? Snake? Snake?! SNAAAAAAAAAAAKEEEEEEE

1 - Parasite Eve II


Ok, tinha que ser esse. Parasite Eve II é sensacional. Não canso de jogar isso, perdi a conta de quantas vezes o terminei. O jogo se passa quase três anos depois do anterior, dessa vez Aya Brea está em Los Angeles, onde faz parte de um esquadrão que caça NMCs (neo-mitochondrial creatures). Aparecem uns bichos num prédio na cidade, e depois uns no deserto de Mojave, e por aí vai. A história é interessante até, mas o gameplay que é fantástico. Não canso de jogar. O jogo é diferente do primeiro, pegando levemente alguns elementos de Resident Evil. O sistema de combate é deveras divertido, sejam com armas ou parasite energy. E, claro, tem Aya Brea.

Aproveitando o espaço, gostaria de discorrer sobre algumas palhaçadas, mais especificamente sobre dois jogos.

Fear Effect

 
Cel-shading no PlayStation 1?! Uau, preciso ver!! É, aproveite pra ver, porque passa rápido. O jogo é até legalzinho, mas perceba que cada CD dura uma meia hora. Ou seja: meta esses gráficos ae (e umas baixarias, tipo a mulher de toalha), depois pensamos na jogabilidade. Mas pra mim a maior cretinice (?) é que NO FINAL DO JOGO, TU NO CD 4 ELE MANDA TU COLOCAR O CD 2 (??!!?). Tipo, "porra não cabe mais nada, vamos colocar um quinto CD pra esses 5 min finais?" "Nem, cabe ali no CD 2" "Ah então já era".

Tem o 2 também, mas nem me dei o trabalho.

The Legend of Dragoon


Tá aqui um jogo que tinha um grande potencial, porém tem uns erros muito amadores que o comprometem. Anunciado como um projeto grandioso e com centenas de desenvolvedores durante três anos e blablablá, esse RPG da Sony acaba tendo alguns defeitos que são difíceis de engolir. Começando pelos pontos positivos: os gráficos e CGs são excelentes mesmo, no nível de FFIX e Chrono Cross; a história que eu lembre era bacana; o sistema de batalha era legal; a trilha sonora também é bem interessante. Ok, até aí tudo bem. Porém um projeto grandioso de 4 CDs não entendo como fazer o absurdo de quando tu quiser voltar pra uma cidade anterior tu tem que colocar o CD que tava na hora que foi naquela parte, wtf?! E cada CD tem um bom espaço livre... Sem contar que quando tu chegava no último chefe, tu salvava lá e não podia voltar pro mapa-múndi (que é escroto também)... que porra de RPG não te deixa explorar as coisas quando tá no final? Tá, deve ter alguns (FFVIII parcialmente), mas é uma parada escrota eu diria. Sem contar que os gráficos dos personagens eram diferentes na batalha e nos cenários, outro amadorismo que a Square já tinha superado há alguns anos.

Menções honrosas:
Chrono Cross (e o Trigger, que joguei a versão do PS), Digimon World (sonho de infância eu jogando isso, mas só cheguei a terminar no começo deste ano), os Mega Man X e Legends, Silent Hill, Valkyrie Profile, X-Men: Mutant Academy 2, Front Mission 3, Tomba! 2 - The Evil Swine Return (não consigo gostar do 1, ao contrário de todo mundo parece), Wild Arms, Street Fighter Alpha 3, Legend of Mana, Chocobo Racing, Brave Fencer Musashi, Dragon Ball GT: Final Bout (meio ruim, mas marcou a infância), Resident Evil 2 e 3, Spider-Man e Spider-Man 2: Enter Electro, Syphon Filter 1, 2 e 3, Pepsiman.

Enfim, fica minha pequena homenagem a esse grande videogame. Hoje com a emulação é fácil quem não teve a oportunidade desfrutar dos inúmeros clássicos dessa plataforma, o que recomendo fortemente. Mas eu, jamais, dispenso colocar o CD no meu pequeno bloco cinza e jogar à maneira antiga.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BANG


A moda agora é guerra, violência e tiroteiros, e na semana que passou (semana do dia 22/11) tivemos bons exemplos disso.

De um lado do globo temos o continente americano, mais especificamente no Brasil e mais específico ainda, na bela cidade que será sede de grandes eventos, Rio de Janeiro, observada pelo grande Cristo Redentor. É nessa cidade que observamos a pequena “guerra” que aconteceu entre a polícia, com suas fortes investidas contra o tráfico, e o tráfico em si.

Até onde sei, tudo isso aconteceu por causa da aplicação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e os bandidos, bravinhos com isso começaram a protestar, afinal, ninguém quer homens armados atrapalhando seu negócio. Mas a triste realidade é que isso não é de hoje, todos sabemos isso, até os traficantes sabem isso, a violência passou a fazer parte de nossas vidas (seja no Rio, em SP, no acre onde for) e, mesmo com inúmeras tentativas da polícia, vai continuar fazendo.

A participação das marinha, forças armadas e etc, foram peças importantes para essa vitória (parabenizo tanto eles quanto a própria polícia do rio... VAI MATA!!11), e sabemos que esse crossover de power rangers essa união tem força para acabar com o tráfico em muitos outros lugares. Por que não investem nisso? Eu não sei, você sabe?



Do outro lado do globo temos os coreanos, divididos em dois lados, norte e sul, inimigos mortais... Um ataca de um lado e outro do outro, ninguém sabe quem começou (nem mesmo quem começou a confusão deve saber disso) e ninguém sabe como vai terminar. O mais importante de tudo é que se eles se matarem nessa guerrinha que pode acontecer, ninguém liga.

Eu escolhi esses dois eventos por serem recentes e estarem na tv/internet, no caso do RJ a polícia conseguiu sair do zero e na coréia... na coréia... ainda estão resolvendo os problemas entre os dois. De tudo isso podemos tirar algumas lições importantes:“Isso não é Starcraft”, a cruzada da magnífica polícia carióca matou três infelizes traficantes, temos um novo roteiro de tropa de elite e que agora temos bastante material para um novo Call of Duty.


Ah sim, falta uma (e a mais importante), É BOLACHA os traficantes que foram expulsos do complexo do alemão, de todos os lugares que existem no rio, vão migrar para São Paulo. Daqui a pouco até os coreanos que perderem vão migrar pra SP. Ou pior:


Há alguns anos, dois pais saíram para jantar. Algumas horas mais tarde, a babá estava ligando para perguntar se ela poderia cobrir a estátua de palhaço no quarto das crianças, o pai disse: "Leve as crianças, vamos chamar a polícia, pois nós não temos nenhuma estátua de palhaço". A "estátua palhaço" é realmente um assassino que fugiu da prisão. Se você não publicar esta carta em 10 tópicos, esta noite, você verá o palhaço em sua cama às 3:00 da manhã com uma serra elétrica na mão.


A “estátua palhaço” vai ser um traficante que fugiu do Rio de Janeiro.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

dorgas raeiriae

Eu, um jovem de 18 anos que nunca usou drogas (true) dou inicio a esse post, por sugestão de um amigo (apesar deu não escrever algo que ele vá gostar rs) e vocês verão que ele será completamente imparcial (rá).

Quando eu era pequeno estudei em uma escola pública e, por 6 anos (dentro da escola isso), a única referência as drogas que eu tinha visto/ouvido era sobre remédios, até uns 11~12 anos da minha vida eu me perguntei porque diabos um remédio, uma coisa boa, era chamada de drogas e era vendida em drogarias, sendo que me ensinavam que drogas era algo fatal e que eu devia ficar longe.

Pouco tempo se passou e eu comecei a aprender a diferenciar remédios de drogas ruins maléficas do mal do inferno do diabo do... chega (apesar de que remédios também podem ter efeitos maléficos). Bom, o intuito do meu post não é pra descrever como aprendi a diferenciar um do outro, obviamente, entenda isso como uma enrolação introdução.

Bom, no sétimo e oitavo ano da escola eu entrei em contato com drogas, como um mero expectador, vendo meus coleguinhas de 12~13 anos fumando, dentro e fora da sala de aula, e eu lá me perguntando "pra que fazer isso?" (ingenuidade era meu forte naquela época e continuou sendo por um tempo) e a resposta que eu recebia era a mesma pra todos "só pra experimentar", "to muito estressado" (sim, crianças de 12 anos se estressavam ao ponto disso, ok.) e no restante de tempo que fiquei naquela escola eu percebi que, o que era só pra experimentar, se tornou um triste vício. Normal.

O tempo todo ficava com o pé atrás com essas coisas, logo, nunca experimentei.

Após algum tempo eu mudei pra uma escola no meio do brás, onde eu fazia o ensino médio, cercada por bolivianos e onde 90% dos estudantes eram adolescentes se descobrindo loucamente e aspirantes a design de <insiraalgoaqui> , nessa época cigarro já era algo normal em escolas e normal pra mim e foi nessa época que comecei a ver pessoas se drogando, dentro e fora da escola... não me assustava mais com o fato das pessoas fazerem isso, e meu amigo ainda vendia cocaína nas festas dessa mesma escola. Normal.

Finalmente eu cheguei na universidade e logo de cara ouvi a famosa frase:

"Quem nunca bebeu vai beber, quem nunca fez sexo vai fazer, quem nunca usou drogas vai usar"

Universidade e panz, eu comecei a beber de vez em quando e no bar eu via figuras completamente drogadas, amigos meus usam/usavam drogas, os mendigos do albergue também, os alunos também, e também também também... Sabe o pior? Normal.

O assunto principal do post começa aqui.

O que me deixa reflexivo hoje em dia não é o fato das pessoas usarem drogas, mas sim o fato disso ter chegado num tal ponto que é normal. Podem falar o que quiser pra mim, dar o motivo e caralho a quatro, usar substâncias químicas (podem extender a compreensão disso para onde quiserem) nocivas a saúde não é e nunca será justificável e muito menos normal. Considero o uso de drogas uma fuga da realidade, fuga dos medos ou uma simples vontade de se sentir alto (sei lá, nunca vi nunca comi só ouço falar).

Apenas acredito que o uso de tais coisas é desnecessário e uma "fraqueza" do indivíduo.  Outras pessoas simplesmente ligaram o foda-se por motivos pessoais e por isso não estão nem aí, afinal, o máximo que vai acontecer é a morte.

criançasdrogasjovensdrogasadultosdrogaspessoasdrogasproblemasdrogas. Normal.

PS: Algumas frases e comentários que usei não são meus, são de pessoas que eu conheci e que falaram pra mim.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Creepypasta

Esses dias eu tava perambulando sem rumo pela net, pra variar num tédio infernal, procurando o que fazer. E vez ou outra, me deparo com uns sites um tanto... estranhos. Mano, você encontra cada coisa bizarra que dá medo. Vou mostrar aqui os mais famosos:

The Slender Man Mythos


Pra começar, esse me deu um pouco de medo mesmo. O Slenderman é uma coisa (não sei o que raios é, mas humano não é) que aparece no fundo de fotos e vídeos, normalmente sem ser percebido. Ele é visto com um homem alto, muito magro, e com braços longos e estranhos que mais parecem tentáculos. O que ele quer é um mistério tão grande como de onde ele vem. Quem o vê costuma terminar desaparecendo – ou pior, tendo o corpo mutilado e pregado em uma árvore, com os órgãos todos removidos. A presença dele normalmente é acompanhada de paranóia e às vezes de doenças estranhas, e os que vêem ele começam a escrever mensagens estranhas e desenhar rabiscos de uma figura alta. Dizem que quanto mais você investiga sobre ele, quanto mais fundo você chega, maiores são as chances de ele te encontrar.



Eu achei três “séries” que falam sobre o Slendermen: Marble Hornets, Just Another Fool, e Tribe Twelve. Confesso que fiquei com medo de alguns, pra quem gosta é uma boa.



Zalgo


I̜̩̼̅̔̈̅̽̓ͭ̓̚ͅ ̫͚̻̆̄͝ͅH̨̜̹̩̠ͥ͆̐̒̏́ͅE̛̻͔̰̙ͯ̇̈́ͯ̉͊̏ͩR̫̹͕̹̜͉̙̭͑̒ͭ̈́̀́̀͜D̷̰̳̿͆̕ ̶͙̻̼̓̓̚̚Ỵ̖͕ͤ̋͛͝Ǫ̖̺̬̞͎͓̫͈̲̔U̵͍̥ͧ͌͜ ̠̜̮̼͓̻̹̤ͬ̔̊̏ͮ̀L̽̂ͣͤ̔ͣ̏̓̃͏͚̳̤̖̙̻̩͙I̜̳͖̦̬̯͉ͫͪ͠E̞̮͓͙̝̼͔͒̔ͬ́̈͝K̶̭͈̼̘͎̤̦͎̜̽̄̍̉̅͋ ̜̠͙ͩͧ̉̌͐̏M̎̆ͩ̊̾͏̗͉̞̺̮̮̬ͅU̷͖̹̟̥̬͉̮̫̰͛̅͗ͯ̏D͙͓̳̺̅͐͊̐͝Ḵ̵͈̥̤̌̋̿̓͛ͣI̬̞̍̔̔͋̓͑͛̚͜P̨̛̜̺̖̤͍̔͐͜Z̖̜̬ͩ̏̏͘




Esse não é de dar tanto medo, mas é meio inquietante. Zalgo seria mais um fenômeno, mas é normalmente descrito uma criatura dos tipos de Cthulhu, Shoggoth e afins, que estaria preso atrás de uma barreira, e a barreira estaria ficando cada vez mais fraca e Zalgo cada vez mais forte. As aparições de Zalgo na internet são sempre acompanhadas do que é normalmente chamado de zalgotext, que é um texto cheio de coisinhas que deixam a parecer que o texto tá em decomposição ou coisa do tipo. O texto original pode ser lido aqui no artigo sobre Zalgo no TVTropes e o que dizem ser a única aparição documentada do efeito Zalgo no Youtube.


Z̩̻͎͓̯̲̓ͥͫͪ̎ą̹͔̖̖̱͍̥̞́̂̀̈ͭ͂̈̂͛l̨̮ͪ̒͌ͦ̊ͧ̊͛͘͜g̪͔̩̑͆̆̏͛͌ͩ̋ớ̢̳̮̫̬̣͈͔ͨ̽ͧ̔̋.͍̦͇͔̲͓͔̜ͯ͂̆̋́̕ ̡̯͈̺̣̮̙̒͒̀̆ ̴̫̎̂ͪ͛͑̌̉ͯ͢Ḧ̫̤́ͨ̄͜͢͠e̲̯͍͇̫̋ ̮̱̗͍̤͚̬̞̟̾͘͢ẅ̢͙̭̥̜̿̍̀̏͌h̸̦̰ͥͧ̾̃͘o̊̅ͩ̔̾̅͛҉̯̳͢ ͣ̉͋̐͆̈ͪ҉̧̦͎̹͓͚͉̻͘W̛̬̣̅ͧ̒ͣ̌̅͒ͭ͝aͩ͌̿̓̈͆̋҉̤͇͔̘̙̮̖̝͕̕ị̛̱̑͗͌̋ͣ̀͢ţ̞͙̔̉ͮ̚͝s̵̜͓̄͑̍̆ͣ̈́͌ͧ̈́ ̶͕͖ͧͫ͂̔B̵͔̩ͤ̔̀̄͆̒̽̕e̢̟̲̯̹͙ͩ͒́̊͝h̄͑ͦ̆̒͏̭̜̗̟̕i̢͎̙͔͚̻̜̠͋̓̍ͧ͗͑ͪ͛͜n̴̨̓̑҉͔d̰̮͈̺͑̓͗́͜ ̨͇̤ͤͨ̓͋̕T̑ͭͥ̋̐̾҉̴̛̭h̬̱̰͉ͤ̊̉ẽ͔̤̱͇̱̮͗͂͠ͅ ̖͍̦̯̦̹͕ͬ̒̏͢͞W͓̘̩͙ͥ̑́͂͐a̸͊ͦ̅ͯ́҉͍͓̩͔͎l̗͚̰̬̘̫͎ͥͤ̓ͅl



The Holders

Esse eu conhecia de muito tempo já, com uma história que meu velho amigo Ragg tinha me contado, mas só recentemente descobri o resto. Os Holders (ou Detentores, se preferirem) seriam guardiões de 538 itens, sendo que existiam 2538 no total. Os que os detentores normalmente chamam de Seekers (“aqueles que buscam”) são pessoas que se arriscam a juntar os 538 objetos restantes, já que os outros 2000 já foram reunidos por alguém conhecido como Legion. O começo de cada visita sempre começa com uma ida ao hospital psiquiátrico ou asilo da cidade, fazendo uma sequência exata de ações pra começar a busca ao detentor do objeto que você procura. Muitas vezes você se depara com umas porras muito bizarras, e várias vezes você pode simplesmente ter ido na hora errada e tudo o que vai poder fazer é rezar pra morrer rapidamente. Na história também aparecem serial killers, criaturas de outros mundos e o diabo a quatro. Esse é bem interessante de ler, as histórias são na maioria curtinhas, eu cheguei até o 200 e pouco numa tarde.



SCP Foundation


Definitivamente, o mais interessante. Esse site é uma colaboração de várias pessoas que querem criar uma “enciclopédia” de todo tipo de artefato estranho, que são protegidos pela fundação SCP (Secure, Contain, Protect, que quer dizer Assegurar, Conter, Proteger). Tudo começou num tópico do 4chan que falava de uma estátua que só se movia quando saía da linha direta de visão de alguém, e matava quem estivesse perto (SCP-173 no site). Daí, o site cresceu a ponto de existirem quase mil SCPs (o nome genérico dado aos artefatos), que vão de navios cargueiros que bagunçam o tempo-espaço e fazem pessoas sumirem, de salas feitas de carne e osso, até os vários candidatos a SCP-001, que vão de uma pilha de papéis que fazem novos SCPs surgirem até um anjo guardião dos portões do Éden. Esse eu recomendo a leitura, tem muitos artefatos lokos, mas nada que dê muito medo.

Isso mostra que muita coisa bizarra nasce na internet (não que seja muita novidade, mas essas superam) e podem dar medo mesmo. Essas coisas todas são categorizadas como creepypasta, se alguém tiver interesse de conhecer o resto é só pesquisar no Google. xau

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Hoje no café da manhã eu vou tomar... antibiótico!

Hm... para quebrar essa período de meses sem vida aqui no blog, farei um post que foge um pouco do que normalmente encontramos aqui (música, shows, jogos, críticas e etc). Um post de utilidade pública.

Me perdoem o texto massivo e a falta de imagens.

Esse post pode não tratar dos famosos furúnculos mas fala de um assunto relacionado: O uso indiscriminado de antibióticos (mais especificamente os antibacterianos).

Virou um hábito dos médicos hoje, seja lá qual for o motivo, de receitar antibióticos como se fosse Melhoral Infantil (bom remédio) sem pensar nos efeitos adversos que esse remédio causa no paciente e pior ainda, numa população inteira de bactérias. Vamos pensar:

O próprio organismo animal (humanos estão incluídos) possui microorganismos que ficam lá, dentro e fora do corpo sem fazer nada, ou melhor, ajudando o hospedeiro (microbiota). Mas como? Bactérias que vivem dentro de mim? Que nojinho D:

Essas bactérias que vivem em paz com a gente ficam aderidas ao nosso organismo (mais especificamente em pele/mucosas) impedindo que bactérias potencialmente danosas achem uma “vaga” para estacionar na gente e causar todo o efeito destrutivo que, se o indivíduo tiver sorte, pode matar; um outro exemplo são as bactérias que vivem na vagina (bom local pra se usar de exemplo) e controlam o pH do canal vaginal (deixando ácido) impedindo que outros microorganismos sobrevivam; entre outros. Bactérias malignas existem aos montes e por isso não vou me prender nisso, pra citar um exemplo de bactéria que faz parte da nossa microbiota usarei o famoso Staphylococcus Aureus, sim, os temidos seres microscópicos que causam os furúnculo no BruN0.

Tá, microbiota, furúnculos, vagina... e os antibióticos? E OS ANTIBIÓTICOS?

Antibióticos, como o próprio nome diz, é anti biótico, anti vida. Existem alguns tipos de antibióticos (antibacteriano, antiparasitário, e assim vai) e cada antibiótico vai atacar uma região do agente agressor, como essa parte de ação do antibiótico não é meu foco aqui, pularei pra parte que interessa. Antibacterianos, por mais que sejam especializados em atacar determinadas áreas da bactéria, não vão passear calmamente pelo  seu organismo escolhendo qual bactéria faz mal e qual não faz, eles vão simplesmente atacar tudo que seja parecido com uma bactéria, incluindo a microbiota que defende você dos perigos do mundo. E eu ainda estou ignorando fatores como alergia aos químicos dos remédios, sobrecarga hepática e etc.

E assim termino meu pos... pera, eu falei do efeito do antibiótico no paciente, mas e na “população inteira de bactérias”?

Antibióticos vão matar, matar, matar, matar, mas o que isso tem de ruim? Ninguém gosta dessas bactérias feionas >:(

Sabe qual o problema dessa matança desenfreada, causada pelo uso abusado desses fármacos? As bactérias fracas morrem e as fortes ficam. Mas como assim?

Vamos supor que existe três tipos de bactérias, as azuis, as amarelas e as verdes (patriotismo) e que cada tipo deveria ser morta por determinados antibacterianos X, Y, e Z.

O X vai lá e mata as azuis... fracas.

O Y vai lá e mata as amarelas... fracas.

O Z vai lá e... não mata as verdes.

Pera, explica direito... :|

As bactérias azuis e amarelas não possuem resistência (essa pode ser natural, que já aparece com a bactéria ou pode ser adquirida, a bactéria “ganhou” esse “upgrade”) e morrem facilmente para os antibacterianos, já as verdes possuem uma resistência adquirida... PORQUÊ MEU DEUS?

Ao longo de gerações e gerações, as pessoas foram usando antibóticos sem prescrição médica (todo mundo sabe que o médico vai receitar esse remédio), ou seja, em doses erradas e por uma quantidade de tempo insuficiente. Essas pequenas doses não são o suficiente para matar a bactéria, e com o tempo (e com ajuda de fatores como mutação, conjugação, etc) elas passam a se reproduzir mesmo na presença do antibiótico, assim sendo, tornam-se resistentes e passam a ser chamadas de SUPER BACTÉRIAS *música alegre*. E aí inicia uma reação em cadeia, uma super bactéria gera outra, que gera outra e outra e outra e outra e outra... deu pra entender? E elas aindam vão além, contando pras bactérias de outras espécies como vencer o poder maligno do antibiótico (usando o nosso exemplo, as bactérias verdes que ficaram resistentes contam pras azuis como fazer o mesmo).

E sabem onde essa resistência causa mais males? Em hospitais. São em hospitais que encontramos a maior quantidade de super bactérias e o maior número de infectados, agora imagine se as bactérias se tornarem resistentes para todos os antibióticos criados hoje? Fodeu.

Concluindo o que quero dizer:

  • Se você estiver gripado, não tome antibiótico, não vai ajudar em nada.

  • Se sua garganta estiver doendo (inflamada), não tome antibiótico logo de cara, pode atrapalhar uma função natural do seu organismo (inflamação) e mascarar o real problema.

  • Os médicos realmente temem o aumento desenfreado da população de super bactérias.

  • São esses mesmos médicos que vão mandar você tomar antibiótico pra curar uma gripe.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Aerosilva em São Paulo 2010

Joe Perry e seu visual alternativo
(fotos roubadas de sites diversos)

Abril de 2007. Eu, um pequeno jovem intusiasta do hard rock, saí de Curitiba para São Paulo e adentrei o estádio do Morumbi para aquele que seria meu primeiro show. E começaria em grande estilo: nada menos que o Aerosmith, a banda setentista que não darei o trabalho de aqui apresentar. E de "bônus", abertura simplesmente com o Velvet Revolver, uma das melhores bandas da década passada, que estava prestes a lançar seu segundo álbum Libertad e tocou algumas de suas novas músicas.

Show lindo, com músicas que eu adoraria ouvir e que não haviam tocado nas últimas turnês (Falling In Love (Is Hard on The Knees), Janie's Got A Gun). Ficou a confirmação que o Aerosmith era uma das melhores bandas do rock and roll e tive a felicidade de vê-los enquanto existem.

Passam-se três anos, a banda continuou com suas promessas intermináveis de um novo álbum, Steven Tyler cai do palco, conflitos internos até dizer chega, boatos de substituição de Tyler. Eu já achava que era questão de tempo para o Aerosmith pendurar as chuteiras, levando em conta tantos esses fatores citados como a idade levemente avançada de seus integrantes. Aquele show passou a ter um valor ainda mais especial, pois seja lá no que terminasse essa história, pelo menos eu tive a oportunidade de presenciar o espetáculo desses caras.

Eis que para minha surpresa, chego em casa certo dia e me deparo com a notícia "Aerosmith marca show em São Paulo". Levei alguns momentos para processar. "Como assim?" "Eles ainda tão aí?" "Não tavam cheios de mimimi?" "Marcaram show, e logo aqui no Brasil?" foram alguns dos pensamentos. Mas a notícia era clara e confirmada: o Aerosmith marcou uma turnê pela América do Sul e Central, incluindo um show no Palestra Itália, em São Paulo, no dia 29 de maio. Posteriormente foi adicionada uma data em Porto Alegre, dois dias antes.

Vamo lá então.

Na tarde de sábado, lá estou eu, nessa vez no Palestra Itália. Ao entrar no estádio está soando das caixas de som New Moon Rising do Wolfmother, e imagino que até o som de aquecimento é bacana. Mas essa foi praticamente a única coisa decente que lá tocou, pois depois disso até 50 Cent teve. Naturalmente, ofensas ao DJ partiam de todas as partes do estádio.

Às oito horas entra em palco a banda de abertura, o Cachorro Grande. Nunca tinha ouvido, e fiquei até em dúvida se era essa a banda ou a outra que anunciaram que iria abrir os shows, cujo nome já esqueci. Naturalmente, no quesito abertura, já estamos bem atrás do show de 2007. O Cachorro Grande me pareceu até que bacana, mas eu não estava com vontade alguma de ouvi-los e não via a hora de terminarem pra atração principal chegar. E parece que até o vocalista do Cachorro achava isso, pois não poupou falar do Aerosmith. Nunca vi tanta babação em um show de abertura.

Cachorro Grande
Enfim, eles saem do palco e a partir daí é só ansiedade maior a cada momento. Até que, passado pouco das 21h40, apagam-se as luzes do estádio e uma bandeira enorme fica à frente do palco. Chegou a hora.

Checando os setlists dos primeiros shows da turnê (mas apenas de leve, pra não ir sabendo tudo), vi que a banda a cada dia abria os shows com uma música diferente. E uma dessas músicas era Eat The Rich, uma das que eu mais queria como abertura e que senti falta no show anterior. Portanto, minha torcida era para que assim começasse aqui o show.

Eis que em meio a euforia da iminência do show começar, surgem batidas bem características dos amplificadores. Lá estava. Eat The Rich.

Terminada a música e sem tempo para descanso, começa uma levada lenta e que vai crescendo lentamente. Outra das músicas que não ouvi no show anterior e eu precisava ouvir: Back In The Saddle. Sim, nesse ponto já deu pra perceber que o Aerosmith estava no comando. De novo.

Segue a música que abriu o show de 2007: a indispensável Love In An Elevator. Gritar "... oh! ... oh yeah!" é característico dos shows do Aerosmith e é uma das experiências mais felizes que se pode ter.

Depois temos duas músicas do Nine Lives: Falling In Love (Is Hard on The Knees) (possivelmente a música que mais ouvi na vida) e Pink, que deixou o estádio mais meigo com sua melodia bacana e a iluminação rosa.

Antes que alguém pudesse respirar, Steven anuncia o tecladista Russ Irwin que inicia Dream On, outra daquelas indispensáveis. Cada trecho da música arrepia. Demais. Assim como Livin' On The Edge, e com o gesto eterno de Steven na hora do "again and again..."

A cada música executada os tais problemas que tanto se noticiavam sobre a banda parecem ter sido apenas uma ilusão. Em cima do palco os cinco vovôs continuam em harmonia e tocando como nunca.

Vem a meiga Jaded e então uma surpresa total: de Draw The Line, 1977, como anunciou Steven, resgatam Kings and Queens. Essa é daquelas coisas que você não imagina que vão acontecer. Em seguida uma sequência sem dó do público: Crazy e Cryin', uma atrás da outra, é para encerrar essa parte mais lenta do show. E bem fechado.

Joey Kramer faz um solo de bateria, que conta até com a participação de Steven Tyler, e a banda toca outra antiguidade, Lord of the Thighs, onde Joe Perry e Brad Whitford tiram um tempo para si e mostram suas habilidades. Em seguida, o famoso Mr. Joe Fuckin' Perry (que, diga-se de passagem, está com um visual meio lamentável) faz um rápido duelo contra sua contraparte no Guitar Hero e vence, mostrando que o real é o que há, e então canta a blueseira Stop Messin' Around, sempre contando com a participação de Steven Tyler na gaita.

Esse desgraçado não largou essa gaita ainda?
 Quando se achava que não haveria mais baladas, Russ Irwin começou a tocar aleatoriamente. Pensei: "é, não adianta, tocarão a música do filme". Steven volta e começa a cantar, mas o que se vê é What It Takes, em um dos momentos mais bonitos do show. Após cantar alguns versos de a capella, o público toma a voz para si e canta boa parte, para então a banda continuar magistralmente.

Tom Hamilton toma a vez no palco para introduzir Sweet Emotion, outro clássico. Além do baixo, eu acho os riffs dessa música simplesmente demais. E para completar, Perry ainda toca no famoso theremin, um instrumento curioso para engenheiros como eu.

Vem então Baby, Please Don't Go (cover do AC/DC!! disse o cara do meu lado). Eu particularmente acho que só uma música do Honkin' On Bobo estaria bom, mas tudo bem. Não é possível reclamar de algo específico quando se olha pra um show desses inteiro. Para fechar o set principal, Draw The Line e seu riff eterno.

A medida que iam as últimas músicas, a moça do meu lado se lamentava cada vez mais com o pai. "Aff, não vão tocar, já tou vendo", foi o que ela disse mal humorada enquanto eu curtia a banda arregaçando com Draw The Line.

Depois da breve parada para o bis, a banda volta com a eterna Walk This Way. A moça deu uma animadinha quando tocaram o riff, mas logo cansou de novo. Terminada Walk This Way, enquanto eu já esperava Train Kept A Rollin' para encerrar, eles tocam Toys In The Attic!!!! Encerramento mais perfeito impossível.

Enquanto eu tava lá, TOYS, TOYS, IN THE ATTIC TOYS, a guria, já desacreditava da vida, desabafava para o pai: "aff, tá sentindo a decepção?"
Coitadinha, ficou sem a música do meteoro...

"Steven, por que vocês não tocaram a música do filme?"
E assim, em duas horas que parecem ter durado 30 minutos, infelizmente o Aerosmith se foi. O que sobrou foi a vontade de "quero de novo" e a certeza que a banda não está morta, longe disso. Um show simplesmente sensacional, com tudo que se espera de uma banda com quase 40 anos nas costas, onde a idade não parece ter efeito.

Agora é aguardar o que eles farão, esperando que aproveitem todo o tempo possível ainda pela frente. ^A^!


sábado, 16 de janeiro de 2010

Bom dia, hipócritas

Por Jullian.

Todo ano acontecem desastres, naturais ou não, e o mundo inteiro entra numa super corrente do bem para poder ajudar aqueles que sofreram, um belo ato de amor e caridade por parte das nações desse mundo, ou devo dizer, é uma bela atuação de amor e caridade?

Vamos pegar o triste e recente caso do Haiti, onde ocorreu um terremoto de proporções catastróficas e que é considerado o pior desastre da história da Terra, bom, se esquecermos o terremoto por um segundo e olharmos somente pro país, o que vamos ver? Miséria, fome, crises, blablabla. O importante não é isso e sim a pergunta, se o país, no bom português,  sempre viveu na bosta porquê ninguém nunca parou e falou “olha, mundo, vamos ajudar esse país pobre que precisa de ajuda”?

Se não fosse pelo terremoto o Haiti continuaria na merda e ninguém iria dar a mínima importância pra isso (excluindo casos óbvios), vamos ser realistas, vivemos num mundo hipócrita e egoísta, e você caro leitor, sabe disso e provavelmente também nem ligava pro Haiti até que virou manchete de tudo que é jornal e da Rede Globo.


A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.

Wikipedia

A citação da nossa querida wikipedia é só para criar uma ideia em sua cabeça, caso não tenha parado pra pensar nisso, e se não parou, pare agora e olhe para as suas (possíveis) atitudes e encare a realidade, eu, você e eles não nos importamos que exista alguém vivendo na miséria desde que estejamos bem na vida, porque diabos o mundo inteiro para quando acontece alguma desgraça? Desde quando desgraça é uma chamada para as pessoas sentirem pena uma das outras e perceberem que o mundo é cruel?

Vamos pegar outro exemplo, Isabella Nardoni, exemplo um pouco mais velho, jogaram a garota da janela e no mês seguinte estavam todos super antenados no caso, sabendo tudo o que aconteceu e a raiva tomou conta do país “mataram a garota, os culpados devem morrer” ok, eu concordo que foi um crime terrível, mas chegou uma hora que não aguentava mais ver as pessoas se fazendo de urubus em cima disso e esquecendo que existem milhares de crianças que são vandalizadas e mortas por ano, e pense mais, se a família da Isabella morasse num barraco, você acha mesmo que a globo iria fazer aquela super cobertura?

A nossa sociedade, o nosso mundo, como disse antes, são hipócritas e egoístas, urubus voando alto esperando alguma tragédia acontecer pra ir voando pegar uma lasquinha daquilo, ajudar com todo tipo de mantimento que existe e ter a cara de pau de chegar e dizer “olha, nós ajudamos, somos legais” e a população se faz de cega e acredita nos caras, sendo que durante todo o resto do tempo, nós estamos apenas preocupados com nós mesmos, alimentendo nosso egoísmo, com pensamentos que nem imaginamos ser pura hiprocrisia.

Leitor, abra os olhos, não se deixe levar por sorrisos bonitos, já que muitas vezes, é isso que aqueles que estão no topo, querem.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Organizar, nomear e catalogar suas músicas



Sou um pequeno maníaco por organização. Gosto das coisas devidamente catalogadas, nomeadas, padronizadas e alocadas. Se eu não tivesse amor pelo meu estômago acho que faria Biblioteconomia, deve ser um curso interessante. Trabalhar numa biblioteca deve ser legal. Apesar de não ter muitas coisas pra organizar (queria ter coleções de DVDs, CDs, livros e jogos, mas sou pobrinho ainda), eu me viro com o que eu posso. Algumas coisas eu tenho preguiça de organizar - como minhas imagens ou meus joguinhos de PlayStation - mas não surge disposição suficiente. Um dos grandes problemas da organização é esse: você já tem tudo lá, bagunçado, e tem muita preguiça de parar pra ajeitar tudo. O certo portanto é começar a ordenar desde o primeiro item adquirido, ou antes do caos se formar.

Mas uma coisa eu tenho uma quantidade considerável e mantenho tudo organizado: minhas músicas digitais. Através de diretórios e tags ID3 deixo minhas mp3 numa organização que considero bem decente e prática. E como possuo certa aversão à desorganização de mp3, resolvi fazer esse post explanando um pouco meus métodos e dando outras sugestões.

Começarei dissertando sobre a localização dos arquivos. Organizo minhas músicas nas pastas da seguinte forma:

Pasta principal\Artista\Ano - Álbum\Faixa Música.mp3

Ou exemplificando:

Minhas músicas\Aerosmith\1975 - Toys In The Attic\ 04 Walk This Way.mp3

Eu estou levando em conta que você é daquelas pessoas que aprecia álbuns inteiros ao invés de músicas aleatórias. Se só tem músicas soltas, eu as renomearia como Artista - Música e jogaria numa pasta. É o que eu faço com as minhas músicas aleatórias.

É uma organização bem simples e eficiente. Como 'pasta principal' eu uso a própria pasta Minhas músicas do Windows. Existem vários estilos de nomear as músicas em si, como "Faixa - Título", "Artista - Faixa - Título" e outros tantos mais deselegantes. Eu gosto do meu estilo pois contém toda a informação que você precisa sobre a música. Para saber o artista, álbum ou ano, basta ver o caminho do arquivo.

Isso já cobre 90% dos casos das suas músicas. Porém nem tudo é assim. Como organizar álbuns duplos, triplos ou demais? Simples:

Pasta principal\Artista\Ano - Álbum\Disc #\Faixa Música.mp3

Minhas músicas\Foo Fighters\2005 - In Your Honor\Disc 1\ 01 In Your Honor.mp3
Minhas músicas\Foo Fighters\2005 - In Your Honor\Disc 2\ 01 Still.mp3

Existem outros métodos, como por exemplo jogar tudo em uma mesma pasta e escrever o número do disco à frente do nome do arquivo, onde no exemplo acima teríamos 101 In Your Honor.mp3 e 201 Still.mp3, mas eu particularmente não gosto desse estilo.

Algumas bandas tem excesso de criatividade ou vontade de ganhar dinheiro e lançam mais de um álbum por ano. Muitos creio que deixam nomeados normalmente, deixando organizarem-se aleatoriamente, por ordem alfabética. Porém eu prezo pela organização cronológica em todos os casos. Como proceder então?

Pasta principal\Artista\Ano(a) - Álbum\
Pasta principal\Artista\Ano(b) - Álbum\


Minhas músicas\Creedence Clearwater Revival\1969a - Bayou Country\
Minhas músicas\Creedence Clearwater Revival\1969b - Green River\
Minhas músicas\Creedence Clearwater Revival\1969c - Willy and the Poor Boys\


Simplesmente colocando uma letrinha logo após o nome do álbum você os deixa organizados pela ordem cronológica e continua bonito. Claro que, para saber a ordem do lançamento, você precisa fazer uma pequena pesquisa. Mas nada que a Wikipedia não resolva rapidamente para você.

Existem mais alguns casos raros, que fica difícil falar um a um. Mas prevalece o bom senso em geral. Um dos casos recorrentes são CDs com disco bônus, geralmente lançados muitos anos depois. Nesse caso eu crio uma pasta dentro do álbum normal para esse bônus:

Minhas músicas\Bon Jovi\1995 - These Days\1996 - These Days (Bonus CD)\
Minhas músicas\Def Leppard\1983 - Pyromania\Deluxe Edition Bonus CD\
Minhas músicas\REM\1984 - Reckoning\Live at the Aragon Ballroom\


Como pode ver, são casos isolados e não é fácil adotar um padrão.

Alguns problemas podem ocorrer ao nomear as músicas, pois caracteres recorrentes como ? e / não são aceitos em nomes de arquivos. Nesses casos eu substituo o caracter por um traço. Underlines também são válidos. (apesar de que eu deveria usar somente um para ficar padronizado)

Minhas músicas\Foo Fighters\2007 - Echoes, Silence, Patience & Grace\ 03 Erase-Replace.mp3
Minhas músicas\Mr. Big\1996 - Hey Man\ 06 Where Do I Fit In_.mp3


Como visto ali em cima, minha pasta do R.E.M. se chama REM e não R.E.M. Isso é porque, por algum motivo, o Windows não aceita pontos no final do nome das pastas. Eu tenho um certo pavor ao ver siglas escritas com pontos no meio e sem ponto no final. Assim, acho mais decente nomear bandas como R.E.M. e W.A.S.P. para REM E WASP. O problema é que dependendo das suas outras bandas, a ordem alfabética pode ser prejudicada. (por exemplo, Ratt viria antes de R.E.M. - nesse caso REM)

Além de nomear meus arquivinhos, eu também gosto de ilustrá-los. Ou seja, coloco uma imagem na pasta de cada artista, e a capa do álbum na pasta de cada um. Eu como sou desocupado e tenho um certo gosto por isso, faço um por um na mão, mas se você quiser algo automatizado, o Windows Media Player coloca a capa dos álbuns para você. Por padrão ele faz isso automaticamente, mas você pode também clicar com o botão direito e ir em Localizar Informações sobre o Álbum. Mas eu não gosto disso porque ele coloca aqueles milhões de arquivos na pasta (AlbumArt.jpg, AlbumArtSmall.jpg, etc), que por algum motivo viram arquivos ocultos e protegidos do sistema (???), e são um saco pra mexer. Portanto, desativo essa opção. (Ferramentas -> Opções -> Biblioteca -> desmarque "Recuperar informações adicionais da Internet")

Enfim, basta por a imagem com o nome Folder.jpg dentro da pasta do artista/álbum para ilustrá-la.


Aqui encerro a primeira parte desse "guia", relacionada a arquivos. Agora passo a falar das tais tags, que são talvez a maior dificuldade que as pessoas tem na hora de organizar seus arquivos. As que tentam.


Como você pode ver pela imagem acima, eu dependo grandemente da beleza das tags no meu Winamp, para ter uma playlist bonitinha assim. E se até aqui fizemos tudo na mão, agora teremos a ajuda de um programinha. Aliás, para mostrar o nome das músicas nesse estilo no formato, vá em Preferences (Ctrl+P) -> Titles -> marque a caixa Use advanced title formatting when possible, e no espaço abaixo cole [%artist% -] %year% - %album% - %track% - $if2(%title%,$filepart(%filename%)) (você vai precisar adicionar todas suas músicas novamente na playlist para elas mudarem seu título)

Eu já testei alguns programas de tag, mas o que eu uso atualmente e me parece ser quase definitivo é o Mp3tag.

Mas antes, falarei um pouco sobre as tags em si. Nos arquivos mp3 existem metadados (dados que falam de dados - nesse caso texto falando sobre áudio) chamados ID3. De início, as mp3 não possuiam nenhum tipo de informação sobre o áudio delas. Até que em 1996 foi criado o ID3v1 por alguém chamado Eric Kemp. Era um negócio pra ter metadados sobre ROMs de NES, que adaptaram para as mp3. A tag ID3v1 possui 128 bytes, começando com 3 bytes para escrever TAG sendo que título, artista, álbum e comentário possuiam 30 bytes cada, 4 bytes para o ano e 1 byte para identificar o gênero (de uma lista pré-definida). Some tudo aí pra ver se fecha a conta, espertão. Em 97 um cidadão chamado Michael Mutschler tirou dois bytes do comentário e os fez armazenar a número da faixa - esse é o ID3v1.1.

Em 1998 foi criado o ID3v2, que nada tem a ver com o ID3v1. Esse já é mais complexo de explicar, mas basicamente é mais decente, não impondo os limites de caracteres como o ID3v1, e contendo muito mais campos para informações.

"Tá cara, e eu com esse papo de bytes e o diabo aí, não entendi nada, como vejo as paradas". Para visualizar as tags há inúmeros meios, como por exemplo Winamp e Windows Explorer, como pode ser visto abaixo.


No Winamp você pode ver as tags apertando alt+3 ou botão direito -> View file info... No Windows Explorer, botão direito -> Propriedades. Como você pode ver, os próprios citados são também editores de tags, pois você pode ir ali e mudar. Para só mexer em uma tagzinha de uma mp3, nada mais fácil do que no próprio player ir ali e mexer. Mas não são editores em massa. O Winamp mais recente possui um feature que faz isso, mas não gosto de usar pois não é muito confiável.

Então, para editarmos nossas tags usaremos o Mp3tag. Essa é a cara dele:


Como você pode ver pela imagem, a ID3v2 possui inúmeros campos para serem preenchidos, mas basicamente apenas cinco são fundamentais: artista, álbum, título, faixa e ano. As outras tags, por mais que você preencha, dificilmente vai ver ou utilizar. A maioria dos bancos de dados possui basicamente apenas esses termos. Alguns outros também informam o compositor das músicas, o que eu acho bem legal, principalmente para ser visto no Windows Media Player.


O iTunes sempre coloca os compositores nas tags quando ripa um CD para mp3, então se for fazer isso recomendo usar o programa da maçã.

Enfim, voltando ao programa. O objetivo aqui é: deixar todas as mp3 como o nome padrão (no meu caso, Faixa Título.mp3), e com as cinco tags básicas corretas. Ao nomear um álbum inteiro, três tags são comuns a todas as faixas e você pode até mesmo digitá-las diretamente, que são Artista, Álbum e Ano. Pela imagem do programa acima você já deve ter deduzido como inserir esses dados nos arquivos. Basta arrastar os arquivos para o programa, selecioná-los e então editar os dados ali do lado. Então vá em Arquivo -> Salvar, ou clique no disquetinho, ou aperte ctrl+S, enfim. Esses dados você geralmente já possui, e até nas mp3 que vem com as piores tags possíveis, você deve saber isso de algum lugar. Mas lembre-se: sempre que faltar alguma informação, a Wikipedia tá aí pra isso. Existem bancos de dados especializados em música, como o MusicBrainz.

Até aí tudo fácil, mas o que realmente "complica" (na verdade é simples, apenas não é tão trivial) é na hora de nomear os arquivos ou os títulos e faixas. Verei primeiro o caso em que nas tags os títulos estão certinhos, mas os nomes dos arquivos zoados.

Antes de tudo, vá em Ferramentas -> Assistente para auto-numeração e marque a opção Zeros antes dos números das faixas (01, 02, ...) para os números ficarem mais bonitos (como pode ver na playlist lá em cima).

O que se deve fazer nesse caso é passar os dados das tags para a música. Para isso, vá em Converter -> Tag - Nome do arquivo, ou alt+1. Então digite ali %track% %title%, que nome caso renomeará o arquivo no nosso formato de Faixa Título.mp3. Para nomear ao seu gosto, basta digitar os códigos de acordo, usando os símbolos %track% para faixa, %title% para título, %album% para álbum, %artist% para artista e %year% para ano. Acostume-se com essas nomenclaturas. Logo abaixo da caixa de escrever, é mostrado como ficará o nome do arquivo. A imagem abaixo exemplifica vários modelos.


O segundo caso é quando você tem alguns dados no nome do arquivo, mas não tem tags. São vários e vários modelos que você pode encontrar por aí, mas o princípio é o mesmo. Farei um exemplo genérico e a partir disso você pode ser capaz de se adaptar a qual que for seu caso. Usarei como exemplo esse nome de arquivo (e subentendendo-se de que se trata de um álbum inteiro nesse formato):

MWHAHAHA_-_BON_JOVI_-_01_-_I_BELIEVE_-_ESTOU_ZOANDO_SUA_TAG.MP3

Realmente, parece ser um caso complicado. Os nomes estão todos feios, em maiúsculas, estão divididos por underlines ao invés de espaços, além de ter palavras que não me interessam. Então vamos aos poucos. Primeiro, selecionamos os arquivos e colocamos os dados que já sabemos e não temos no nome do arquivo. Nesse caso, sabemos - por alguma fonte, nome da pasta, Wikipedia, etc - que o álbum se chama Keep The Faith e é de 1992. Escrevemos ali do lado, nos respectivos campos, e salvamos.

Agora vamos ajeitar esse nome do arquivo antes de torná-lo utilizável. Vamos usar aqui a opção Converter -> Ações, ou alt+5. Selecione a opção Case conversion, que vai tirar os caps locks, e a opção Standart, que vai eliminar os underlines. Como isso passamos a ter um nome bem mais prático:

Mwhahaha - Bon Jovi - 01 - I Believe - Estou Zoando Sua Tag.mp3

Agora basta ir em Converter -> Nome do arquivo - tag e utilizar seus dados. Nesse caso, temos aqui na tag o nome do artista (apesar que poderia ter sido digitado diretamente ali do lado), a faixa e o título. O princípio aqui é o mesmo da nomeação tag->arquivo, basta nos adaptarmos ao que se tem.


Agora é só ir em Tag - Nome do arquivo e deixar o nome certo. E com isso, dos seus arquivos nomeados por alguém bêbado, você tem tudo bonitinho. Caso você não tenha absolutamente nenhum dado sobre o seu CD, utilize alguma fonte (menu Fonte) para pesquisar nos bancos de dados e encontrar seus arquivos.

Como isso encerro esse pequeno tutorial sobre como nomear suas músicas. Pode parecer complicado e trabalhoso (e coisa de fresco), mas no máximo fica cansativo quando você tem muita coisa para arrumar. Como já disse, existem casos e casos quando se mexe muito com isso - o que quis dar foi um empurrão inicial para que cada um crie sua autonomia no assunto. Uma outra grande utilidade de ter suas tags corretas é colaborar para um Last.fm mais bonito. Sinto convulsões internas quando vejo pessoas scrobblando coisas totalmente erradas, ou vejo coisas como essa (Always é do Bon Jovi e não do JBJ, pqp). Felizmente eles implantaram um sistema que corrige uma parte dessas besteiras. Enfim, espero que seja de utilidade para alguém, e qualquer dúvida estamos aí.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O (muito) bom e (nem tão) velho mIRC

Só uma observação antes de começar: sei bem que IRC e mIRC são coisas diferentes, mas para efeitos de praticidade usarei apenas o termo mIRC.

Ao ler o título desse post, 70% dos leitores fecharão a página/irão pro próximo post/irão pro post do furúnculo/dormirão ao ler a palavra 'mIRC', 20% devem continuar apenas por curiosidade mas logo largarão, 8% irão até o final por não terem nada melhor pra fazer, 1% são pessoas que já usam mIRC e portanto concordam com o texto, 0,6% são agentes do FBI que não encontrarão nenhuma ameaça à segurança nacional e portanto ignorarão, e 0,4% são pessoas que não usam mIRC, quiçá nunca usaram, mas que talvez criem algum interesse após ler.

Uso o mIRC desde meados de 2002. Estamos em 2010. É, faz tempo. Quando comecei a usar o mIRC a internerd era diferente: a conexão dial-up predominava (banda larga era um sonho distaaaante) com seus milhões de discadores que ofertavam milagres de velocidade, sendo que não mudava nada, navegava-se usando Internet Explorer 5, navegador do AOL (e todos aqueles CDs que se multiplicavam sabe-se lá como!) e Netscape, grandes downloads eram inimagináveis (sem contar que não existiam rapidshits nem torrents), não existiam (ou não eram populares) orkuts, facebooks, youtubes, wikipedias, nada. Era comum ter e-mail do BOL ou Zipmail. Ainda se faziam buscas no Cadê?. E pra se comunicar? Chats do UOL e Terra eram um dos pontos de encontro, e o ICQ predominava nas mensagens instantâneas.

E existia o mIRC. mIRC é o mais famoso cliente de IRC - um protocolo de chat online -, criado em 1995 por um jordaniano (?) chamado Khaled Mardam-Bey. O mIRC é um programa onde você conecta em uma rede e então entra em um ou mais canais e conversa. Pode também conversar somente com uma pessoa, através do PVT (de private).

E naqueles meados de 2002, o mIRC era deveras popular. A rede brasileira mais popular que existiu, a (infelizmente) falecida BrasNET atingiu picos de 60 mil usuários simultâneos por volta de 2003. Era bem mais que os já citados chats UOL e Terra. Pessoas baixavam o mIRC por curiosidade ou indicação, fuçavam os trocentos canais nas redes brasileiras e assim eram felizes. Mas por diversos motivos (como você pode ler no site da BrasNET), o IRC no Brasil minguou e hoje é uma ferramenta cultuada por meia dúzia de nerds espalhados por essas terras, sendo que não existe mais nenhuma rede de grande porte genuinamente brasileira.

Enfim, a era mágica do mIRC no Brasil acabou, dificilmente voltará e hoje é difícil conhecer pessoas do nada por lá. Basicamente alguém baixa o programa porque foi indicado por um amigo, e entra em algum canal específico e por lá fica.

Enfim, um dos motivos dessa decadência foi a popularização do então MSN Messenger, hoje Windows Live Messenger (não que alguém chame por esse nome, veja bem). Venho falar de algo muito batido entre os fãs de mIRC: sua superioridade em relação ao MSN e equivalentes.

"AAAAH MAS NO TAL MIRQUI NÃO ENTRA MEUS MIGUXOS NEM AS GATAS PRA EU XAVECAR VOU PARAR DE LER ISSO AFF". Ok cara, eu sei. Tanto por isso que ninguém usa só o mIRC para se comunicar na internerds - isso certamente acontecia antigamente, mas é inviável hoje. E um dos principais motivos é a diferença entre o mIRC e o MSN: enquanto o primeiro não é um programa user-friendly (mas pode ser, com alguns scripts - já chego lá), o segundo te pega na mão pra atravessar a rua.
Qual usar?

Além disso, hoje em dia o WLM já vem pré-instalado com o Windows e as pessoas já nascem sabendo essas coisas. Já no mIRC você precisa digitar um comando para conectar, um para mudar de nick, outro para entrar num canal... Dependendo do canal que entre você ainda se depara com uma salada de cores na tela e fica meio sem ação.

Então o motivo basicamente é esse: o MSN é todo bonitinho, já se tornou básico e todos sabem mexer - o que não leva muito tempo para aprender - enquanto o mIRC exige certo conhecimento (leva um tempo considerável para decorar "/server irc.server.net" e "/join #canal").

A principal e esmagadora vantagem do mIRC em relação ao MSN ou formas demais de comunicação é que é um chat em grupo. O chat em grupo do MSN é uma desgraça e isso é um fato. Tem que ficar juntando as pessoas, se tiver inatividade as pessoas começam a sair. Você começa a ser incluído em milhões de papos quer não tá afim. Quer um papinho reservado com algumas pessoas? Só chamar todos para um canal à parte. Quer conversar especificamente com uma pessoa? Só clicar duas vezes no nick dela.

Outra vantagem é a transferência de arquivos. Enquanto no MSN você só pode mandar o arquivo e torcer para nenhum problema ocorrer na conexão, no mIRC você faz DCCs (direct client-to-client) que podem ser pausados e continuados, vê a velocidade da transferência, etc. E geralmente em velocidade maior. (ok, apesar que hoje em dia, dependendo da configuração da conexão - routers, hubs, etc - muitos têm problemas para enviar arquivos). Sem falar nos fileservers em canais espalhados pelo mundo - principalmente de animes e otakuzices em geral - que são muito mais decentes que downloads por http ou torrent.

Você certamente conhece o MSN Plus. Várias novidades, como cores, comandos pra fazer coisas, negrito e itálico. Muitas dessas coisas não passam de um plugin de mIRC (e nesse caso me refiro mesmo ao mIRC) para o MSN: os códigos de cores (ctrl+k 0~15) e negrito são ripados direto do mIRC. (se você colar uma mensagem colorida do mIRC no MSN Plus, ela aparece idêntica) Usar comandos iniciados com / para fazer frases prontas e outras coisas? Nada mais estilo mIRC possível...

Um dos maiores features do mIRC é que ele possui sua própria linguagem de programação. Isso permite inúmeras possibilidades. Talvez justamente desse fato de o mIRC ser algo mais próximo do baixo nível em termos de programação que assusta os usuários iniciantes e que aproxima tanto as pessoas de programas bonitinhos com o WLM.

Dia comum no mIRC.

E com essa linguagem são produzidos programas que recebem até outro nome - são os chamados scripts. Existiram vários na história do mIRC brasileiro, mas hoje não creio que exista algum ainda em desenvolvimento. Mas era divertido o tempo onde havia até rivalidades e discussões entre usuários de CyberScript, Scoop, Full Throttle, Cebolinha, etc... Enfim, esses programas já não são tão difíceis para os iniciantes de usar como o mIRC puro (o sem frescurites, que você baixa em mirc.com), e é o recomendado pra quem quer se iniciar. Porém atualmente também existem vários webircs, que te permitem entrar em canais direto do site. O mais famoso é o Mibbit. Para a nossa (#schizo) rede, é possível entrar direto do site oficial. Para quem usa o Firefox, o plugin ChatZilla é um cliente bem simpático.

Não existe nenhuma mega corporação por trás do mIRC. Não tem Google ou Microsoft. São apenas pessoas comuns, dispostas a um único fim: conversar. E olha que é estranho eu falar disso, pois não sou um exemplo de conversador. Mas posso garantir que lá já passei alguns dos momentos mais engraçados, reflexivos, felizes e estranhos da minha simples existência.

Então, que tal dar uma chance para esse programa old but gold? Comece por /server irc.irchighway.net e /join #schizo :)

domingo, 3 de janeiro de 2010

THE BEST THE BEST THE BEST of 00's

THE BEST THE BEST THE BEST

Por Apoka.


Organizar um ranking de músicas favoritas é um troço complicado. Complicadíssimo, para dizer a verdade. Porém, o STAY SCHIZO possui bastante gente estranha e que aceita o desafio masoquista.

Bem, como o título deste post diz, o desafio foi listar os dez melhores álbuns dos anos 00. Foi bastante complicado, pois mais de um terço de todo o meu acervo musical é do terceiro milênio, mas o seria para todo mundo, não é mesmo?

De acordo com o Notepad, foram 77 álbuns pré-selecionados (de todos os que eu tenho aqui), sendo 2009 o ano com o maior número selecionado (19). Disso, destaquei 21 deles e fui chutando um a um, até que apenas dez obras-primas restassem. Foi uma pena descartar álbuns que adoro, como o An Absence Of Empathy, do Frameshift, lançado em 2005, e o In Your Honor, do Foo Fighters, também lançado em 2005, aliás, a imagem que ilustra o início deste post é justamente do clipe de uma música do álbum deles, Best Of You.

Claro que houveram outras exclusões difíceis. Deixar os últimos lançamentos de AC/DC e Kiss, Black Ice e Sonic Boom, respectivamente, assim como os dois álbuns do The Answer (Rise e Everyday Demons) e o último do Massacration, Good Blood Headbanguers (não estou brincando, esse estava na lista pré-selecionada também) foi tenso.

De qualquer forma, até mesmo quem elabora esse tipo de lista acaba não concordando com o que está presente nela nem com a ordem. Fazer o quê. Depois de resmungar e praguejar bastante, cheguei a uma conclusão. Eis o meu TOP10:

01) Dr. Sin - Bravo (2007)
02) Metallica - Death Magnetic (2008)
03) R.E.M. - Accelerate (2008)
04) Megadeth - Endgame (2009)
05) Chickenfoot - Chickenfoot (2009)
06) Them Crooked Vultures - Them Crooked Vultures (2009)
07) Pearl Jam - Backspacer (2009)
08) Helloween - Keeper of the Seven Keys: The Legacy (2005)
09) The Answer - Everyday Demons (2009)
10) Queensrÿche - American Soldier (2009)

Isso mesmo, uma banda brasileira em primeiro lugar. E o combinado com os outros colaboradores do blog foi de postar sobre o primeiro lugar do ranking. Sem mais delongas, hora de falar da obra-prima que é o álbum de 2007 do Doutor Pecado.


Tracklist:


01. Drowning In Sin
02. Nomad
03. Empty World
04. Freedom
05. Behind Enemy Lines
06. Taj Mahal
07. Celebration Song
08. Hail Caesar
09. Signs
10. C´est La Vie
11. Dream Zone
12. Life Is Crazy
13. Full Throttle
14. Wake Up Call
15. Think It Over
16. Welcome To The Show


Logicamente, todas as 16 músicas que compõem Bravo merecem aplausos. O disco já começa com uma excelente faixa, "Drowning in Sin", que possui um ritmo elaborado e quebrado, próximo do prog metal. A letra possui um forte caráter político-social, com alfinetadas a "aqueles que conseguem dormir mesmo enganando os inocentes" ou a "aqueles que vendem a alma e brincam de deus".

A segunda faixa, "Nomad" é outra porrada, que lembra o excelente som do Brutal. "Empty World" é uma balada fantástica, com uma letra depressiva e um piano melancólico ao fundo, junto com um excelente trabalho vocal do Andria Busic.

"Freedom" quebra a tristeza da faixa anterior, trazendo bastante velocidade e peso com a animação pirotécnica característica do Dr. Sin, é a música perfeita para levantar o astral de qualquer um, acompanhada da conhecida guitarra de Edu Ardanuy e todas as suas fritações, uiuiuiuius e bululus do início ao fim.

"No philosophy. No dead ends. We know what you want." são uma das palavras que abrem "Behind Enemy Lies" e seu ritmo pesado e quebrado. Essa é apenas para ouvir a letra e viajar no solo do Edu e logo após isso o Andria solando seu baixo. Além do instrumental, o refrão gruda na cabeça também. Depois vem a curta "Taj Mahal", trazendo a melodia oriental com bastante competência.

"Celebration Song" é outro ponto alto do álbum. Não me considero um grande fã de Led Zeppelin para fazer uma homenagem como essa, mas quem dormiria com o Plant ou o Page adorará essa música, que mistura em sua letra passagens de várias músicas dos deuses dos anos 70 com a qualidade musical do trio paulistano. "Uh, uh, mah-my soul felt like a stairway to heaven..."

"Hail Caesar" é uma das minhas preferidas. Simples, rápida e pesada. É daquelas que você tranca as portas de casa, coloca o volume do som no máximo e canta até ficar rouco. Segura esse baixo! Sem abandonar a sequência impecável, "Signs" traz um dos refrões mais preguentos do disco e, com certeza, está entre as melhores dele. A bateria e os riffs são viciantes, assim como a letra, as escalinhas, o solo... Ai, ai, vamos para a próxima.

Depois de uma sequência dessas, "C'est La Vie" vem para relaxar, sem abaixar o nível do disco. O único defeito mesmo é o aspecto um pouco clichê da letra. "Dream Zone" continua com o clima relaxante e viajado, trazendo uma letra mais psicológica. De volta ao bom e velho Hard Rock, "Life is Crazy" tem os ingredientes para uma música viciante, que vão desde os riffs às batidas e o refrão bastante grudento.

E lá vem "Full Throttle". "We're talking fucking Rock 'n' Roll, yeah!". Isso sim é música de homem. Rápida, pesada e grudenta. Falei pouco dessa beleza? Além do ritmo agitado e das motocicletas ao fundo, Edu mostra todo o seu virtuosismo num show épico de fritação de guitarra. Uma das melhores do álbum, com toda certeza.

As duas próximas faixas são bastante interessantes, assim como suas respectivas participações especiais. "Wake Up Call" conta com a gaita de fole de Orlan Charles acompanhando diversos momentos da música, que realmente pedia sua participação. Você já ouviu falar de Edson & Hudson? Adivinhe quem participa da próxima faixa e última balada do álbum, "Think It Over": o próprio Hudson, que mostra que não entende apenas de sertanejo, com um solo de deixar muitos boquiabertos. Além disso, a letra é simples, mas muito bonita. Outra participação ao longo das músicas do disco é a do tecladista Rodrigo Simão, também crucial para a qualidade de cada faixa.

E, por fim, temos mais uma música contagiante. "Welcome To The Show" possui uma letra que lembra "Jump", do Van Halen, com seus "levante as mãos", "quero ver você gritar", e por aí vai. Uma boa música para encerrar o melhor álbum dos caras. Bravo!