quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Schizocast 3 - Kenta

Por bruN0


Ok, foi por pouco. Verdade que faz quase 6 meses que não postamos uma nova edição do Schizocast, mas... finalmente, estamos aqui! A gravação se passou há alguns meses (por isso a insistência em temas como a morte de Michael Jackson), mas ainda assim é um bom aperitivo e um bom motivo para continuar com esse projeto tão lindo, maravilhoso, gay...

Enfim, nessa edição, entrevistamos o acima de tudo nordestino Kenta, com seu indefectível sotaque de pernambucano misturado com interior da Paraíba. Entenda a sensualidade por trás de seus enormes dedos e curiosidades do usuário considerado mais lento do canal. Infelizmente sem a minha participação oficial (bruN0), mas com a presença especialíssima de Apoka (não-tão-Diretor-Malvado-assim) e Morbak (com uma ascenção meteórica de entrevistado para entrevistador improvisado), além da tradicional apresentação da voz mais sexy do canal (Lake) e de obviamente termos a presença da nossa "platéia".

E que saia o Schizocast #4 antes do fim do ano!

 Schizocast 03 by schizo
Anexos:

Alguns desses anexos são necessários para o entendimento total desse Schizocast.
Grande hentai, protagonizado por Chou e Kenta, citado acima.
Apesar das nossas tentativas de anexar a esse post fotos das kentetas e dos dedos desproporcionais do nosso entrevistado, não foi possivel encontrar tal arquivo. Entraremos em contato com o mesmo para que essas fotos sejam adicionadas ao blog em breve.

Obrigado pela compreensão.

Edit por Lake

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um pouco de nostalgia e um bocado de reflexão

por Apoka.


Hoje, no Fórum UOL Jogos, li um tópico muito interessante. O autor dele não sabe a autoria do texto, e, com uma breve e rasa pesquisa, também não descobri quem o escreveu. Fica a dúvida: Veríssimo ou Quintana? Bem, retrata a nostalgia sobre a infância das crianças nas últimas décadas do século XX (provavelmente até a década de 70 ou 80). Antes de comentar sobre o texto, deixarei-o aí, com algumas alterações quanto à sua estrutura, para que você já possa refletir um pouco.


"(...) É dificil acreditar que estejamos vivos até hoje!


Quando éramos pequenos, viajávamos de carro, sem cintos de segurança, sem ABS e sem airbag! Os vidros de remédio ou as garrafas de refrigerantes não tinham nenhum tipo de tampinha especial nem data de validade...


E tinha também aquelas bolinhas de gude... As que vinham embaladas sem instrução de uso. A gente bebia água da chuva, da torneira e nem conhecia água engarrafada! Que horror!


A gente andava de bicicleta sem usar nenhum tipo de proteção e passávamos nossas tardes construindo nossas pipas ou nossos carrinhos de rolimã... A gente se jogava nas ladeiras e esquecia que não tinha freios, até que déssemos de cara com a calçada ou com uma árvore...  E, depois de muitos acidentes de percurso, aprendíamos a resolver o problema... SOZINHOS!


Nas férias, saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo; nossos pais às vezes não sabiam exatamente onde estávamos, mas sabiam que não estávamos em perigo.


Não existiam os celulares! Incrível! A gente procurava encrenca. Quantos machucados, ossos quebrados e dentes moles dos tombos! Ninguém denunciava ninguém... Eram só "acidentes" de moleques: na verdade,
nunca encontrávamos um culpado.


Você lembra destes incidentes: janelas quebradas, jardins destruídos, as bolas que caíam no terreno do vizinho? Existiam as brigas e, às vezes, muitos pontos roxos...  E mesmo que nos machucássemos e tantas vezes chorássemos, passava rápido; na maioria das vezes, nem mesmo nossos pais vinham a descobrir...


A gente comia muito doce, pão com muita manteiga... Mas ninguém era obeso... No máximo, um gordinho saudável... Nem se falava em colesterol... A gente dividia uma garrafa de suco, refrigerante ou até uma cerveja escondida, em três ou quatro moleques, e ninguém morreu por causa de vermes!


Não existia o Playstation, nem o Nintendo... Não tinha TV a cabo, nem videocassete, nem computador, nem Internet... Tínhamos, simplesmente, amigos! A gente andava de bicicleta ou a pé.  Íamos à casa dos amigos, tocávamos a campainha, entrávamos e conversávamos...


Sozinhos, num mundo frio e cruel... sem nenhum controle! Como sobrevivemos?


Inventávamos jogos com pedras, feijões ou cartas... Brincávamos com pequenos monstros: lesmas, caramujos e outros animaizinhos, mesmo se nossos pais nos dissessem para não fazer isso! Os nossos estômagos nunca se encheram de bichos estranhos! No máximo, tomamos algum tipo de xarope contra vermes e outros monstros destruidores... aquele cara com um peixe nas costas... (um tal de óleo de rícino).


Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros, e tiveram que refazer a segunda série... Que horror! Não se mudava as notas e ninguém passava de ano, mesmo não passando. As professoras eram insuportáveis! Não davam moleza... Os maiores problemas na escola eram: chegar trasado, mastigar chicletes na classe ou mandar bilhetinhos falando mal da professora, correr demais no recreio ou matar aula só pra ficar jogando bola no campinho...


As nossas iniciativas eram "nossas", mas as consequências também! Ninguém se escondia atrás do outro...


Os nossos pais eram sempre do lado da lei quando transgredíamos a regras! Se nos comportávamos mal, nossos pais nos colocavam de castigo e, incrivelmente, nenhum deles foi preso por isso!


Sabíamos que quando os pais diziam "não", era "N-Ã-O". A gente ganhava brinquedos no Natal ou no aniversário, não todas as vezes que ia ao supermercado... Nossos pais nos davam presentes por amor, nunca por culpa... Por incrível que pareça, nossas vidas não se arruinaram porque não ganhamos tudo o que gostaríamos, que queríamos...


Essa geração produziu muitos inventores, artistas, amantes do risco e ótimos "solucionadores" de problemas... Nos últimos 50 anos, houve uma desmedida explosão de inovações, tendências... Tínhamos liberdade, sucessos, algumas vezes problemas e desilusões, mas tínhamos muita responsabilidade... E não é que aprendemos a resolver tudo? E sozinhos... (...)"


Pois é. Isso me fez refletir um pouco sobre como foi saudável a minha infância, mesmo bastante diferente da retratada no texto. Aliás, relatando deveras superficialmente esse período da minha vida, não tive toda a liberdade do mundo, aliás, quase o contrário: tive muita superproteção; por exemplo, não poder andar de bicicleta porque o "brinquedo" era caro na época e eu poderia me machucar, ou não poder brincar na rua porque eu poderia pegar alguma virose ou infecção ou me sujar demais.


Enfim, parece saudosismo, mas não minto que vejo a infância das crianças de atualmente algo extremamente negativo (com exceção da enorme gama de informações disponíveis e acessíveis). Devido à falta de tempo e de amor dos pais para com os filhos, criou-se muita negligência e falta de responsabilidade na criação deles. O incentivo à criatividade e imaginação e uma relação afetiva regada ao ensino de tantos valores foi trocada por algo completamente superficial e envernizado. Os carrinhos foram trocados por celulares, uma comunicação muito mais próxima e socialmente saudável foi trocada pelas janelas de chat e IM (daí fica a minha hipocrisia, afinal, este blog é formado justamente por vários amigos que se reunem diariamente em um canal de IRC), os almoços e jantares em família foram trocados pelo jornal local e pelo Jornal Nacional, e as velhas brincadeiras foram trocadas pelos jogos eletrônicos.


Isso tudo, sim, é um horror. Apesar de hoje estar dissolvido nessa dura realidade, pergunto-me: aonde foi aquele nosso lado humano, que parece ter morrido na virada do milênio; se as crianças de amanhã abrirão os olhos e perceberão o verdadeiro significado de vivenciar uma infância, de ter uma família e de aprender a conviver em sociedade. É... os tempos são difíceis, e não é só para quem passa fome ou não tem onde dormir. O amanhã é um grande mistério.

domingo, 1 de novembro de 2009

Abrem as inscrições do IFPR... seria mesmo IFPR?

Entre 2005 e 2007 estudei na Escola Técnica da UFPR, um então setor da Universidade Federal do Paraná, com cursos técnicos e Ensino Médio, o qual cursei. A partir de 2007 começou um papo de transformação da Escola em IFET-PR, ou Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná. Não vou entrar na discussão de ser a favor ou não dessa transformação, primeiro porque não lembro muita coisa dos argumentos a favor e contra (só sei que eu, particularmente, era contra), e segundo porque a transformação já ocorreu. Hoje a ET-UFPR é oficialmente o IFPR - Instituto Federal do Paraná. Apesar que pelo menos na última vez que eu passei lá na frente tinha os dois nomes em destaque. Enfim, como a ET não abriu Processo Seletivo esse ano, considerarei então como falecida.

Eu já sabia que o IFPR existia há algum tempo, mas não tinha ouvido falar de Processo Seletivo pros seus eventuais cursos. Até que hoje encontrei a notícia sobre a abertura das inscrições do tal Instituto e resolvi verificar o Guia do Candidato. Curto essas paradas acadêmicas e tal.

Em poucos segundos batendo o olho pelo documento senti um certo déjà vu. Aquele formato não me era estranho.

Não vou falar muita coisa, só mostrar umas imagens que resumem. A imagem da esquerda é o Guia do Candidato do IFPR e na direita é o Guia do Candidato 2009/2010 da UFPR, mas de qualquer ano valeria. Clique nas imagens para ampliar.


 Há mais coisas que eu poderia colar aqui, mas acho que já ficou bem evidente. O edital do IFPR É UMA EDIÇÃO DO EDITAL DA UFPR.

Eu sei que pra muitos isso não deve ser grande coisa. Talvez não seja algo que interfira na qualidade do IFPR. Pode ser apenas o trabalho de algum estagiário preguiçoso. Mesmo assim, isso faz com que a pouca reputação que o Instituto teria comigo suma de vez. Desde os preâmbulos da sua fundação, - que foi um tanto forçada politicamente, diga-se de passagem - , até ver o projeto mudar de nome no meio - eu tinha lido o decreto já aprovado que fundava o local, como IFET - e até chegar ao logo feio e sem criatividade, nunca botei muita fé.

Você provavelmente já viu alguma propaganda recente do governo federal dizendo que "estamos ampliando o ensino técnico no país ohhhhh construindo milhões de escolas, louvem", e assim que são as tais escolas. Aqui, pelo menos, não construiram nada, só pegaram uma escola que já tinha tradição e uma base sólida de professores e mudaram seu nome, roubaram seus professores e transformaram o Diretor em Reitor, gastando mais dinheiro em salários e afins. Agora um INSTITUTO tem REITOR. Ok. Em vários locais do país estão transformando os CEFETs em Institutos Federais, apenas mudando o nome/logo e colocando uns cursos a mais. Mas na conta do governo é como se fosse tudo novo.

Não serei tão injusto. Estão construindo um prédio aqui onde era a ET-UFPR. Mas isso começou quando eu estudava lá normalmente ainda e nem se falava de IFET/IFPR, e pelo que eu vi nos últimos meses, acho difícil esse prédio ficar pronto até o começo do ano que vem, deixando na dúvida onde vão ficar os contemplados por uma das 845 vagas oferecidas pelo instituto em Curitiba.

Voltando ao edital, não colarei mais semelhanças com o edital da UFPR, deixando isso ao cargo de quem estiver interessado checar. Acredite, vai achar bastante coisa. Porém mais a frente, encontro uma página com algo que realmente superou as semelhanças até aqui mostradas.

Contemple:

Sim, isso está no edital do promissor IFPR. Pra quem não conhece, UTFPR é a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o antigo CEFET-PR, lugar onde por acaso eu estudo. E por lá estudar eu naturalmente me inscrevi no vestibular, e me reparei com esse mesmo questionário. Que agora eu encontro aí, reproduzido fielmente, no edital do novo instituto. Não mudaram nem o nome da instituição. Copiaram até o fundo cinza do site de inscrições da UTFPR. Eu não tenho como mostrar essa página na própria página da UTFPR pois ela naturalmente só era exibida na época de inscrições, o que não ocorre mais, pois a UTFPR aderiu ao ENEM. Mas é possível ver um exemplo do layout cinza aqui. Não que isso seja necessário, pois o pessoal do IFPR não se deu nem ao trabalho de mudar o nome.

Enfim, só quis mostrar isso que observei  e para mim é muito descaso pra ficar escondido. Você pode acessar o edital do IFPR aqui e o da UFPR aqui. Não pretendo fazer curso técnico algum e, se for pisar no tal do IFPR, só por nostalgia pelos tempos de ET-UFPR. Mas, por aqueles que lá pretendem estudar, espero que a qualidade do ensino seja bem diferente do que se pode ver nesse documento.

Ponto positivo para o instituto (se isso for funcionar): abrirão um curso de Ensino Médio integrado com Programação de Jogos Digitais, o que deu muita vontade de ter 14 anos para cursar.

Bônus:
Eles devem ter achado que a palavra EDITAL vem de EDITAR e, portanto, deviam editar algum. Rá!