sábado, 21 de janeiro de 2012

A barbárie de uma sociedade.

É difícil acreditar que mesmo com milhares de anos nas costas a humanidade não evoluiu em alguns aspectos. Se pensarmos um pouco vamos perceber que a ciência avançou muito, a capacidade das pessoas de fazerem coisas estupendas aumentou significativamente (leia-se amarelos) enquanto algumas coisas como o respeito e a educação involuiram em passos largos.


Perceber tão involução não é algo que requer muito além de olhar ao redor, as vezes sua família, as pessoas que andam na rua de sua casa, transporte público, internet e etc. Pessoas que tentam se sobressair ao máximo, ignoram a realidade e a educação que alguns tanto batalham para que atinjam as massas mais desprovidas de conhecimento ou chances para dar um passo além de sua própria cegueira induzida. Empurrões, pertubações à paz e ao sossego público, fumaça de várias origem sendo expelidas no ar, lixos sendo jogados em locais que vão causar problemas e assim vai. Problemas muito conhecidos de qualquer um que não viva recluso no interior de uma terra desconhecida pelo homem. Esse seria um tipo de bárbaro, o mais conhecido e aceito, mesmo as pessoas negando isso.

Agora, existe um tipo de pessoa que eu deliberadamente chamo, também, de bárbaro, esses podem ser caracterizados simplesmente por serem violentos ou meramente quererem ver o mundo pegar fogo. Esses matam, explodem, destroem, estupram, torturam, botam fogo em pessoas e coisas e assim se segue. A população automaticamente os condenam pelos seus atos, os chamam de monstros e fazem de tudo para que sejam retirados da sociedade.

Não quero defender quem comete tais atos, eu não gostaria de ser alvo de um, mas é preciso dar atenção as pessoas que permitem e criam esses “monstros”. Atos que muitas vezes são subjugados pelos outros: Apelidos, brincadeiras "inocentes", mentiras, abusos sexuais, não ouvir a criança e até bem menos que isso podem marcar a cabeça de uma criança e fazer com que ela conheça alguns sentimento adoráveis, como o de vingança. Situações constrangedoras, tristes e desagradáveis nas casas dessas crianças podem, também, ser uma porta de entrada para uma mente vingativa e doentia.

As pessoas crescem, quem procura ajuda é mal visto e recebe incontáveis nomes que desanimam qualquer um a sair do quarto, outros simplesmente aceitam sua realidade de “louco” e passam a não dar atenção a ninguém, para o bem ou para o mal. Alguns mantém para si mesmo a mágoa, ou ignoram tudo e buscam ajuda, outros apertam o gatilho e matam pessoas.


Condenamos tanto aqueles que causam os atentados enquanto fazemos vista grossa em cima daqueles que “causaram a causa”, como mulheres ignorantes, pais ignorantes, amigos ignorantes, ignorantes ignorantes e <substantivo>s ignorantes. Não adianta passar a mão na cabeça de um e desejar que o outro morra no mármore do inferno. Causa e consequência deveriam partilhar da mesma culpa.


Todos os bárbaros de uma sociedade são parecidos, os do metrô e os que matam dezenas de crianças indefesas, todos eles estão pensando apenas em si mesmo e se intitulando como superiores aos outros, as leis, ao bom senso e simplesmente se achando demais.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Graças à quem?

Esse post pode ser considerado ofensivo para algumas pessoas, mas que fique bem claro que eu não vou criticar religiões, nem vou tomar partidos de forma alguma. E também não vou criticar religião A ou B, ou entidade A ou B. Eu vou criticar um hábito extremamente irritante das pessoas que me deixa extremamente puto, que começou à partir da religião. Portanto, caso alguém se sinta ofendido, me perdoe, feche essa página, e vá embora.

Assim. Ultimamente eu ando reparado que os jovens do Brasil andam muito religiosos. É isso é bom, na verdade (porque a religião acaba afastando de coisas piores), e andam compartilhando demais isso com todo mundo na internet, principalmente no Facebook. Até aí tudo bem, não há nada demais em querer compartilhar mensagens boas. O problema começa...


Aqui. Aqui começa o problema que quero falar sobre. Não, o problema não é em compartilhar essas imagens. O problema é quando as pessoas começam a viver com base no que essa imagem (e outras semelhantes) dizem. Quando as pessoas começam a pensar “Não preciso me preocupar porque ____ vai me trazer X”, ou “Pra quê esquentar a cabeça? ____ vai me dar Y”, é que a coisa começa a ficar feia.


AAAAAAAAAAAAAAAHPDOJKSAPOJFS *HEADDESK*

Palavras não são suficientes para expressar minha ira com as pessoas que fazem isso. Pode ser Deus, Alá, Odin, Cthulhu, Zalgo, quem for, se você pensa assim, você não tem meu respeito.

Funciona assim: a pessoa começa a pensar “ah, ____ vai me dar X” e então vai, de fato, começar a buscar tal coisa, mas sempre vai faltar aquele pouquinho do final, aquele esforço que faltava da sua parte pra conseguir. Se brincar até mais do que um pouquinho. E no final das contas, qualquer mérito que você tiver, qualquer conquista que você obtiver, não foi por seu próprio esforço e suor. Não foi por seu trabalho duro e cansativo. Foi porque sua entidade de preferência quis. E isso acaba se tornando em auto-desmerecimento. Quando você começa a pensar assim, você começa a se dizer incapaz de conquistar nada sem ajuda divina. Casa? Trabalho? Namoro? Se você não deixar sua entidade de preferência cuidar de tudo e tentar conquistar essas coisas com as próprias mãos, você nunca vai ter nada disso. É isso mesmo, produção?


Não, não deu tudo certo. Você ainda não fez absolutamente nada.

Sério, gente, acordem! Sua entidade de preferência não vai te dar nada assim!!! No máximo, podem te mostrar um preview do caminho, mas só! E mais: percebam que, quando uma coisa dá certo, quem recebe 100% dos créditos nunca é quem fez a parada acontecer. Porra, se receber 10% dos créditos já é um milagre (rá), mas quem recebe tudo é a entidade de preferência.

Então é assim? Basta todo mundo ficar parado e pedir, que vai acontecer? Boa sorte esperando, enquanto as pessoas que realmente querem alguma coisa vão conseguir elas com muito sangue, suor e lágrimas. E uma ocasional frase espiritual de inspiração.