segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Deprimente.

Todo dia confrontamos o mundo além das nossas camas, enfrentando problemas atrás de problemas. Não sabemos o que comer, não sabemos o que beber, não sabemos o que fazer pro trabalho, não sabemos o que fazer mais tarde, não sabemos o que fazer das nossas vidas.

Uma vida com causos e situações estressantes são importantes para a evolução de cada ser que habita essa Terra, obrigando com que andemos cinco passos para trás pra então dar dez passos a nossa frente. Na teoria é muito bonito “sofrer para crescer”, enquanto na prática é doloroso e muitas vezes nos falta forças para dar os dez passos para fora do limbo.

Na minha mente o limbo é um enorme buraco no centro de uma grande planíce onde todas as pessoas se situam, a cada segundo elas se afastam ou se aproximam dele ou, infelizmente, caem sem esperança de voltar a ver o lugar onde outrora era colorido. Sair dele sozinho é uma tarefa árdua e requer uma força de vontade anormal, tão anormal que não se vê mais hoje em dia. Por um outro lado, sempre irão existir as pessoas que estenderão as mãos para puxar aquele amontoado de gente que desistiu de lutar, afinal, vencer é algo distante demais para alguns. Os que nunca caíram observam os outros com desdém, os que retornaram para a superfície se acham capazes de ajudar os outros quando mal conseguem sustentar os próprios pensamentos, os que afundam vão alternar entre inveja e raiva daqueles que vivem de forma tão sorridente.

As pessoas são deprimentes, sempre dançando conforme a música, aqueles que fogem disso serão mal vistos ou chatos e, todo mundo, inclusive os “chatos”, serão apenas uma parte de uma dança que já deveria ter acabado faz tempo. E ninguém tem a força ou a coragem de mudar isso.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Um novo dia.

Muitas pessoas acordam pela manhã e se vêem diante de mais um longo e cansativo dia, essas pessoas se arrumarão e pararão na cozinha para fazer um rápido café da manhã ou, as vezes, nem pra isso terão tempo.

As incertezas existem na cabeça de todos o tempo todo, mas elas só entrarão em prática no momento em que cada pessoa atravessar a porta da sua casa e seguir em direção ao seu destino ( trabalho, escola, ambos, visistar alguém, etc). Os milhares de “E SE?” ganham mais uma vez a oportunidade de atuar na mente das pessoas e cada uma vai avaliar os riscos X benefícios para então afirmar “Ok, vou fazer isso”, infelizmente os “e se?” da nossa vida definem muito mais que um simples caminho ou uma resposta para alguma pessoa querida, eles estão vinculados com ambições, desejos e sonhos (o que para alguns esses três podem ser uma única coisa, talvez seja) que um indivíduo pode ter.

Nessa horas todos nossos desejos (resumirei aqueles três termos nesse) que aparentavam ser imponentes e infalíveis são colocados à prova de fogo e suas fragilidades são expostas, de formas que ninguém pode prever. Uma sucessão de escolhas certas significa uma sucessão de vitórias, e isso é o bastantes para impor a ideia de “Venci!” até nos mais pessimistas e, infelizmente, uma única falha é o bastante para que até os mais otimistas assumam sua derrota.

O que estou escrevendo aqui pode ser uma mera ampliação do post “Infinitas possibilidades” que eu fiz a algum tempo atrás, mas dessa vez eu acrescento mais que palavras aqui. No post anterior eu mostrava que cada escolha feita era capaz de criar todo um universo novo de possibilidades, e nesse eu mostro que cada escolha feita é capaz de alterar não o universo que vivemos, mas um único indivíduo que, de uma forma ou outra, vai ser mais um componente de um gigante quebra-cabeças que todos tentam montar.

Aquela mesma pessoa que saiu de casa pela manhã não vai mais confrontar suas possíveis decisões, mas seu próprio inconsciente, seu instinto e um universo que existe apenas dentro de sua cabeça, e esse pode ser pacífico ou caótico (posso afirmar que quase sempre será caótico). Essa única peça do gigante quebra-cabeça vai definir se ele será ou não montado, afinal, precisamos de todas as peças, e é nesse momento que nós percebemos o quão perdidos todos nós estamos.