sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Os grandes senhores do tempo.




Essa semana fomos bombardeados com uma imensa quantidade de informação sobre o que está acontecendo lá na fechada coréia do norte, por causa da morte de seu grande e amado Kim Jong-il, um grande admirador do mundo.

Todos nós, seres capacitados de um cérebro funcional, em alguma fase da vida, ficamos sabendo de que o Kim não era um mero humano, o grande ditador que nasceu no cume de uma montanha rodeada de pássaros que voavam para louvar o seu grande nascimento ao redor de um arco-íris duplo, também nascia naquele instante o grande senhor o qual era capaz de controlar o tempo.

Se você leu o último parágrafo, a chance de você pensar que tudo isso é um monte de mentira inventada para aumentar a imagem de um ditador diante de seu povo oprimido é muito, mas muito alta, eu também pensei isso. Agora a diferença de algumas pessoas para outras é que umas usam da sinceridade quando dizem que isso é uma mentira enquanto outras usam da hipocrisia para dizer as mesmas palavras.

Por favor, leia antes de continuar (ou se não quiser continuar também, o parágrafo ficou bonito):

A partir daqui começa o desenrolar de um pensamento que, com certeza, não é único, mas apagado. As palavras a seguir podem cair como flecha no joelho de algumas pessoas, não entendam isso como uma ofensa, ou que eu esteja tomando partido de religião X ou Y e por favor não assumam que eu seja A ou B, a intenção nesse post é evidenciar algumas verdades independente da visão religiosa que cada um possui.

O quão diferente são os causos que nós sabemos que ocorrem na coréia do norte referente ao seu ditador, de que ele não seja um mero humano, para os causos encontrado nos ensinamentos cristãos? Sabendo que muitas religiões se baseiam neles, entendam isso de forma generalizada e não um “ataque” ao cristianismo.

Por um lado temos Kim Jong-il, senhor que controla o tempo.
Do outro temos Jesus, nascido de uma virgem.

Por que para uma situação criticamos das mais variadas formas, questionando cada vírgula do que é pregado e ensinado na pequena terra comunista e na outra situação simplesmente somos obrigados a acreditar? A única diferença real é que na coréia, se não acreditarem eles são mortos e na outra se não acreditarmos somos mal vistos pela sociedade como hereges.

Até que ponto acreditar que um homem de fato nasceu de uma virgem, tinha a maravilhosa capacidade de transformar água em vinho, andar sobre a água, multiplicar peixes e pão, reviver pessoas passou a ser algo normal e aceito pelas pessoas de uma forma geral? Isso é algo tão rotineiro que não acreditar é simplesmente o mesmo que afirmar que o ar não existe né?

O assustador é que esse paralelo entre a coréia do norte e o cristianismo é tão gritante ao mesmo tempo que é sútil o bastante para que passe batido pelo público. A manipulação de massas e a forçação de crenças está tão viva e presente nos dois que ambos se negam a acreditar que não ser aquilo ou daquele jeito é impossível, do mesmo jeito que choram a morte de um ditador comunista com a dor da perda de um amigo próximo, choram todo ano a morte de alguém que existe até hoje, no livro.



Bonus: O mais triste de tudo? Ter que escrever e postar isso hasteando uma bandeira branca e protegendo meu joelho porquê eu sei que, por mais que eu diga que não, as pessoas vão considerar isso uma ofensa e se sentirem machucadas. E eventualmente me atacar sem nem pensar que a possibilidade de certo e errado ainda existe.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tristeza que se transforma em coragem.

Tá foda. Sério.

Me chamem de melodramático, mas vou falar de coisas amorosas nesse post (q lindo). Essas coisas que fazem você virar do avesso até dar uma dor.

Alguns da schizo tão passando por essas coisas de uma forma ou outra, seja com paixões não correspondidas, seja com coraçõezinhos de cristal partidos, seja com sofrimento elevado ao infinito (meu caso). E isso é EXTREMAMENTE cansativo/triste. E quando chega aqueles dias que basta você ver alguma besteirinha que passa o dia praticamente em depressão é que a coisa aperta mesmo.

Como eu gosto de falar das coisas usando a mim mesmo como exemplo, vamo lá. 2011 veio e tá indo embora, e eu só corri atrás de uma guria. Eu não me arrependo de ter feito isso (e de continuar fazendo), mas vamos aos fatos:

1 – Passei o ano inteiro praticamente me torturando;

2 – Acho que já tive alguma oportunidade de mudar as coisas, mas não percebi/não tive coragem de fazer nada

Então. Me perguntam “mas pq tu ainda continua fazendo isso?” E minha resposta: por que eu literalmente não sei mais fazer outra coisa. Já passei tanto tempo nisso que agora é tarde pra voltar atrás.

Chega uma hora que você pensa “já deu, bola pra frente”, mas quando você pensa de novo, simplesmente não consegue. Aquilo já se tornou tão parte da sua vida que não dá pra simplesmente dizer “bola pra frente”, porque no final das contas tu só consegue chutar pros lados, sem coragem de chutar pra frente.

Isso é extremamente frustrante e torturante (isso eu posso dizer com certeza), mas se você estiver disposto a correr o risco, no final pode ter a melhor surpresa do universo. Não, não dá pra saber o que vai acontecer (como eu já disse naquele meu post sobre decepções), mas nesse caso, levando pra esse contexto, o que pode acontecer é: ou vira amizade e ponto final (ou na pior das hipóteses, nem isso mais), ou tu vai dar um chute na bunda do sofrimento e mandar ele ir pra pqp. Mas de uma maneira ou outra, você vai parar de ficar se torturando (quantas vezes já usei essa palavra nesse post?), e seja pra melhor ou pior, vai dar pra seguir em frente, enfim. O sofrimento vai embora e é isso que importa pra cada um.

Eu já cansei disso, e passei a semana inteira pensando num jeito de fazer dar certo.

Sabe aquelas cenas dos filmes de Hollywood que o cara chega pra mulher naquelas ocasiões bem singulares, abre o jogo, e se dá bem?

Antes de 2011 acabar, eu vou fazer isso.

Torçam por mim.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Memetizando.

Memes aqui, memes alí, memes everywhere.



Lembro quando andava pelo quatro folhas e eventualmente aparecia uma tirinha com um rosto péssimamente desenhado e com uma expressão de fúria em uma situação específica, era feio, era idiota e era engraçado. Não era algo encontrado facilmente, era de lá, feito pra lá. Com o tempo conheci o tumblr e a quantidade desses rostos com expressões diferenciadas em situações diferenciadas e engraçadas, os aclamados memes, (ou “tumblr faces” para alguns) era/é absurda, e sempre me divirto horrores com elas.

Os memes aos poucos foram ganhando espaço na internet e conquistando as pessoas, se tornando cada vez mais populares. Alguns sites passaram a traduzir essas tirinhas para o português, e passando o susto inicial de ver uma piada que só faz sentido em inglês ser traduzida, é até legal ver que existem pessoas pensando naqueles que não sabem contar até dez em outro idioma.

O problema, de verdade, começa quando acordo num dia e vejo que a quantidade de sites da internet com o mesmo intuito do Ñ.Intendo, de copiar descaradamente um meme e traduzir porcamente enquanto assume os créditos por tudo se multiplicaram numa escala exponencial: le terrorista, memetizando, entre outros (muitos outros). Para tornar toda essa situação mais aterrorizante ainda, as pessoas que descobriram a existência dos memes também descobriram a existência do botão compartilhar do facebook.

Para que você, leitor, perceba a merda que tudo isso gerou, imagine comigo:

Um site acha um meme engraçado, feito por pessoa x, e resolve traduzir para o português estuprando o sentido da piada e publica em seu site assumindo os créditos. As pessoas acham legal e resolvem levar isso para a maior rede social da atualidade, criando páginas somente para postar tais memes. Cada pessoa que lê e gosta, curte o post e compartilha para toda sua lista de amigos, se cinco pessoas da lista dele fizerem o mesmo... Agora pense nas centenas de milhares de pessoas que fazem isso, um número bem grande, dando cada vez mais ibope para os que fazem esse serviço sujo de roubar a criação dos outros, ou que traduzem porcamente, ou que deturpam o sentido dos memes.

Mas quem se importa? São engraçadas, ninguém quer saber se veio de site X ou Y, as pessoas querem rir. Porém, essas mesmas pessoas não são presas ao facebook, elas perambulam pelas cidades e, como bons papagaios treinados, propagam o som do caos.

ME GUSTA DURR ME GUSTA HURR LE ISSO LE AQUILO LE LE LE NINJA LE TERRORISTA LE O CARALHO A QUATRO TROLL VOSSE E TROL BASINGA XD.

Duas coisas me assustam também, quando vejo posts no tumblr dizendo “sua reação quando encontra alguém usar algum termo do tumblr na vida real” seguida de uma cara de felicidade/surpresa, infelizmente eu não consigo ficar surpreso, só assustado, por tais coisas já terem caído na boca do povão. Outra coisa foi quando encontrei porcamente escrito atrás de um dos bancos de ônibus da linha 8500 de São Paulo os dizeres “le cagão”. É nessa hora que penso que criamos um monstro.

Não me importo que as pessoas riam, que as pessoas matem o tédio olhando isso, eu faço algo parecido. Mas por favor, não esqueçam que isso são apenas coisas engraçadas DA INTERNET, não precisa levar pras ruas ou pichar isso em propriedades dos outros, tampouco transformar bordões característicos dos memes em coisas banais que escutamos todo dia, tirando sua graça.