quinta-feira, 12 de julho de 2012

Go! Go! Go!



Não pode ser! Mais um post!
Ao longo da minha saga através dos tokusatsus (séries “live-action” amarelas) eu vi muitas coisas, vários kamen riders, vários super sentais, ultramans e até algo não tão popular como Makai Senki Garo. A última série que vi, Madan Senki Ryukendo (sim, aquela que passava na rede tv como "Crônicas Mágicas Ryukendo", em 2008, me provou de uma vez por todas que não é preciso grandes produções para fazer algo de qualidade.

A série que foi ao ar em 2006 na amarelândia conta a história de um jovem espadachim que chega a uma cidade fictícia chamada Akebono e logo de cara é surpreendido por demônios roxos (JA!  JA!) e demônios mais fortes. Um guerreiro em uma armadura chega numa moto e atira em todos, salvando o dia.

O jovem posteriormente é escolhido pelo “Madan Core” que dá os poderes/permite que os guerreiros se transformem e ganhem uma armadura pra lá de legal. Ao longo da série diversos demônios, comandantes, upgrades (muitos upgrades) e até um terceiro guerreiro aparecem, adicionando cada vez mais a essa incrível série escrita por Takara Tomy, em parceria com a We’Ve Inc.

O heroico protagonista

O que me surpreendeu nessa série é que o escritor não teve sua criatividade barrada enquanto escrevia, coisa que percebemos com grandes produções (TOEI? TOEI!) como Kamen Rider e Super Sentai. Os monstros mais bizarros são criados, os protagonistas não são estereotipados e diversas situações inusitadas, como um guarda-chuva gigante como um dos inimigos mais fortes. O que Takara quis escrever, ele escreveu.


As piadas introduzidas sempre que possível ao longo do enredo tornaram a atração agradável e prazerosa de assistir, tornando impossível assistir sem dar ao menos uma risada. As intrigas podem não ser dignas de um filme de drama mas certamente fazem seu papel e a eterna história de amor que acontece em segundo plano que nunca dá certa, típica de toda série japonesa, foi muito bem colocada, de forma a adicionar a parte comédia da série.


Kenji (RyuKenDo), Amachi e Fudou (RyuGunOu)
Agora, algo que me fez colocar essa série dentre as melhores que já vi: UPGRADES, só o protagonista ganha novas formas oito vezes, contando com uma nos últimos cinco episódios, os outros guerreiros ganham outras duas evoluções cada. Cada evolução vem acompanhada de summons (explicando porcamente, cada summon equivale a um zord). Sinceramente? Isso não acontece em nenhuma outra série, e pra mim, esses upgrades são essenciais. Minha reação ao ryukendo foi quase a mesma com Tengen Toppa Gurren-Lagann.

Outro ponto positivo da série é sua trilha sonora, composta por uma abertura cantada por ninguém menos que Hiroshi Kitadani (JAM e cantor da We Go! do one piece) e outra pelo Kenji Ohtsuki. Os encerramentos são um tanto quanto excêntricos, são seis músicas diferentes, cada uma cantada por um cantor diferente, bem mais calmas que as aberturas. O que tem de excêntrico nisso? As duas diferentes cenas que passam durante o encerramento, na primeira aparece os guerreiros jogando futebol e na segunda brincando de “estátua” com o vilão.

Quando vi um dos episódios na rede tv eu achei a série estranha demais, mesmo já tendo assistido bastante coisa amarela, hoje retiro cada palavra, porquê boa série é boa série (tão boa que rendeu a produtora uma segunda criação chamada Tomica Hero).

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