Não pode ser! Mais um post! |
Ao longo da minha saga
através dos tokusatsus (séries “live-action” amarelas) eu vi muitas coisas,
vários kamen riders, vários super sentais, ultramans e até algo não tão popular
como Makai Senki Garo. A última série que vi, Madan Senki Ryukendo (sim, aquela
que passava na rede tv como "Crônicas Mágicas Ryukendo", em 2008, me
provou de uma vez por todas que não é preciso grandes produções para fazer algo
de qualidade.
A série que
foi ao ar em 2006 na amarelândia conta a história de um jovem espadachim que
chega a uma cidade fictícia chamada Akebono e logo de cara é surpreendido por
demônios roxos (JA! JA!) e demônios mais fortes. Um guerreiro em uma
armadura chega numa moto e atira em todos, salvando o dia.
O jovem
posteriormente é escolhido pelo “Madan Core” que dá os poderes/permite que os
guerreiros se transformem e ganhem uma armadura pra lá de legal. Ao longo da
série diversos demônios, comandantes, upgrades (muitos upgrades) e até um
terceiro guerreiro aparecem, adicionando cada vez mais a essa incrível série
escrita por Takara Tomy, em parceria com a We’Ve Inc.
O heroico protagonista |
O que me surpreendeu nessa série é que o
escritor não teve sua criatividade barrada enquanto escrevia, coisa que
percebemos com grandes produções (TOEI? TOEI!) como Kamen Rider e Super Sentai.
Os monstros mais bizarros são criados, os protagonistas não são estereotipados
e diversas situações inusitadas, como um guarda-chuva gigante como um dos
inimigos mais fortes. O que Takara quis escrever, ele escreveu.
As piadas
introduzidas sempre que possível ao longo do enredo tornaram a atração
agradável e prazerosa de assistir, tornando impossível assistir sem dar ao
menos uma risada. As intrigas podem não ser dignas de um filme de drama mas
certamente fazem seu papel e a eterna história de amor que acontece em segundo
plano que nunca dá certa, típica de toda série japonesa, foi muito bem
colocada, de forma a adicionar a parte comédia da série.
Kenji (RyuKenDo), Amachi e Fudou (RyuGunOu) |
Agora, algo
que me fez colocar essa série dentre as melhores que já vi: UPGRADES, só o
protagonista ganha novas formas oito vezes, contando com uma nos últimos cinco
episódios, os outros guerreiros ganham outras duas evoluções cada. Cada
evolução vem acompanhada de summons (explicando porcamente, cada summon
equivale a um zord). Sinceramente? Isso não acontece em nenhuma outra série, e
pra mim, esses upgrades são essenciais. Minha reação ao ryukendo foi quase a
mesma com Tengen Toppa Gurren-Lagann.
Outro ponto
positivo da série é sua trilha sonora, composta por uma abertura cantada por
ninguém menos que Hiroshi Kitadani (JAM e cantor da We Go! do one piece) e
outra pelo Kenji Ohtsuki. Os encerramentos são um tanto quanto excêntricos, são
seis músicas diferentes, cada uma cantada por um cantor diferente, bem mais
calmas que as aberturas. O que tem de excêntrico nisso? As duas diferentes
cenas que passam durante o encerramento, na primeira aparece os guerreiros
jogando futebol e na segunda brincando de “estátua” com o vilão.
Quando vi
um dos episódios na rede tv eu achei a série estranha demais, mesmo já tendo
assistido bastante coisa amarela, hoje retiro cada palavra, porquê boa série é
boa série (tão boa que rendeu a produtora uma segunda criação chamada Tomica
Hero).
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